O Google enfrenta um julgamento histórico nesta segunda-feira (21), quando as autoridades antitruste dos Estados Unidos em Washington tentam forçar o gigante da tecnologia a vender seu navegador Chrome como parte de uma tentativa de restaurar a concorrência no mercado de mecanismos de busca online.
O julgamento ocorrerá após duas grandes vitórias legais contra o Google, sendo que uma delas — de agosto de 2024 — apontou que a companhia monopolizava a pesquisa na internet.
A mais recente partiu de um juiz da Virgínia que afirmou que o Google mantém um monopólio ilegal na tecnologia de publicidade.
LEIA MAIS: Google expande esforços na batalha da IA
O que pode acontecer?
O resultado do julgamento pode remodelar fundamentalmente a Internet, destituindo o Google do pedestal de portal de informações online.
Em comunicado à imprensa, o Google afirmou que planeja recorrer da decisão final do caso. “Quando se trata de remédios antitruste, a Suprema Corte dos EUA disse que ‘cautela é fundamental’ A proposta do DOJ joga essa cautela ao vento”, disse a executiva do Google, Lee-Anne Mulholland, em um comunicado no domingo (20).
O juiz distrital dos EUA, Amit Mehta, está programado para supervisionar o julgamento de três semanas no mesmo tribunal em que a Meta está enfrentando seu próprio julgamento antitruste sobre as aquisições do Instagram e do WhatsApp.
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos e uma coalizão de 38 procuradores-gerais estaduais propuseram medidas de longo alcance destinadas a abrir rapidamente o mercado de busca e dar aos novos concorrentes uma vantagem.
Suas propostas incluem o fim dos acordos exclusivos nos quais o Google paga bilhões de dólares anualmente à Apple e a outros fornecedores de dispositivos para tornar o Google o mecanismo de busca padrão em seus tablets e smartphones.
O Google também teria que licenciar os resultados de pesquisa para seus concorrentes e seria obrigado a vender seu sistema operacional móvel Android se outras medidas não conseguirem restaurar a concorrência.