Negócios
Hapvida amplia receitas no 1º trimestre, mas lucro cai
Resultado foi impactado por maiores despesas por covid-19.
A empresa de saúde Hapvida (HAPV3) teve aumento das receitas no primeiro trimestre, diante de aquisições e aumento de preços, mas seu lucro caiu refletindo despesas maiores com internações pela covid-19.
A companhia, que em março selou a compra do Grupo Notre Dame Intermédica (GNDI3), anunciou nesta quarta-feira (12) que teve lucro líquido de R$ 151,8 milhões de janeiro a março, queda de 7,7% em relação à mesma etapa de 2020.
A receita líquida da Hapvida no período, de R$ 2,3 bilhões, cresceu 11,8% ano a ano, com adição de 477 mil beneficiários de saúde e odonto e aumento dos tickets médios.
Porém, os custos assistenciais (caixa) cresceram 22,4%, para R$ 1,42 bilhão. O chamado índice de sinistralidade caixa, que mede os custos operacionais em relação às receitas, atingiu 61,1%, aumento de 5,3 pontos percentuais, em virtude do maior patamar de sinistro das empresas adquiridas (Medical e Grup.o São José)e, atendimentos e internações causados pela covid-19.
A empresa fechou o trimestre com 3.876 leitos hospitalares em operação, sendo 1.567 leitos para tratamento da covid.
O resultado operacional medido pelo lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização (Ebitda), atingiu R$ 466,8 milhões, queda de 0,2%, com a margem caindo 2,4 pontos percentuais, para 20,1%.
A conclusão da compra da Notre Dame Intermédica aguarda aprovação regulatória. A Hapvida fez uma oferta subsequente de ações de R$ 2,7 bilhões em abril para ajudar a pagar a operação.