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Hapvida perto de mínimas históricas com onda de rebaixamentos

Resultado abaixo do esperado desencadeou onda de rebaixamentos por analistas de bancos que acompanham a empresa

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As ações da Hapvida estão próximas das mínimas históricas após um resultado abaixo do esperado na semana passada ter desencadeado uma onda de rebaixamentos para a operadora de saúde.

O UBS BB foi o banco mais recente a rebaixar a recomendação da ação esta semana, reduzindo-a de compra para neutra e cortando o preço-alvo de R$ 55 para R$ 21. O resultado abaixo do esperado desencadeou um mergulho de 42% nas ações. Os papéis da empresa registraram a pior sessão da história em 13 de novembro, com a empresa perdendo mais de R$ 7,7 bilhões em valor de mercado desde então.

Analistas de bancos como JPMorgan, Citi, Banco Safra e Banco do Brasil rebaixaram a Hapvida na última semana, após os resultados trimestrais ficarem amplamente abaixo das estimativas, com custos médicos mais altos, maior concorrência e dinâmica de preços pressionando ainda mais as margens. A empresa agora tem sete recomendações de compra e sete de manutenção, com o número de analistas otimistas no nível mais baixo desde que a empresa abriu capital há sete anos, de acordo com dados compilados pela Bloomberg. E a perspectiva continua desafiadora.

“A Hapvida apresentou um conjunto muito fraco de resultados no 3T25, ficando bem abaixo do consenso e desencadeando uma forte venda das ações”, afirmou o analista Ricardo Boiati, do Banco Safra, em nota: “A ausência de metas de margem, seja de curto ou longo prazo, deixa o mercado praticamente no escuro quanto ao caminho da recuperação e ao equilíbrio de longo prazo.”

O analista do UBS BB André Salles afirmou que as margens da Hapvida devem permanecer sob pressão nos próximos dois anos devido ao crescimento da base de beneficiários abaixo do esperado e aos modestos aumentos de preços.

O Citi também revisou as estimativas para os próximos dois anos, reduzindo as previsões de lucros em 46% e 40% para 2026 e 2027, respectivamente, ao mesmo tempo em que cortou drasticamente o preço-alvo das ação de R$ 57 para R$ 23.

“A combinação de uma piora na receita líquida no curto prazo e a contínua recuperação de custos e despesas aumentou o risco para nossa tese de margem, que deve levar muito mais tempo para se materializar”, afirmou o analista Leandro Bastos, do Citi, em uma nota aos clientes. O banco rebaixou a recomendação da ação para neutra. “A visibilidade dos resultados permanece próxima de zero neste momento.”

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