Negócios
Iguatemi poderá despejar TokStok por inadimplência
O grupo Iguatemi obteve liminar que autoriza o despejo de uma unidade da rede de móveis e decoração em um shopping em Ribeirão Preto.
Com uma crise financeira que vem se arrastando desde a pandemia por covid-19, A TokStok sofreu um novo revés. O grupo Iguatemi (IGTI3) obteve liminar que autoriza o despejo de uma unidade da rede de móveis e decoração em Ribeirão Preto, no interior paulista. A loja fica dentro do shopping administrado pelo Iguatemi, que detém 88% de participação nos mais de 43 mil metros quadrados de área bruta locável (ABL).
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O contrato de locação entre as partes tem vencimento em março de 2029; a TokStok está três meses inadimplente com o shopping, totalizando um montante de R$ 212,7 mil. A juíza do caso concedeu um mês para que a empresa desocupe o imóvel, segundo noticiou o jornal “Valor Econômico”.
O InvestNews pediu a confirmação e comentários do Iguatemi sobre o caso; o grupo disse que “não comenta relações comerciais com seus lojistas”. Já a TokStok não retornou até a atualização desta matéria.
TokStok e FII VILG11
Em maio, a TokStok teve de depositar em juízo o montante de R$ 2 milhões referente ao aluguel atrasado do galpão logístico Extrema Business Park I, de propriedade do Vinci Logística FII (VILG11). Sendo assim, a Justiça eliminou a ação de despejo que havia sido iniciada pela gestora do fundo imobiliário.
Em fevereiro, a varejista também tinha recebido uma ordem de despejo em virtude de dívida do aluguel do seu principal centro de distribuição, o mesmo locado pelo VILG11. Mas a empresa conseguiu evitar o despejo e, com isso, o fundo decidiu retirar a ação movida contra a companhia.
Até o momento, a TokStok não divulgou o montante de seu endividamento. Em abril, a companhia fez reformulações em sua administração ao demitir alguns diretores e trazendo de volta sua fundadora, Ghislaine Dubrule, à direção executiva da companhia, segundo apurou na época o “Infomoney”.
A companhia de móveis e decoração tem como principais acionistas os fundos internacionais geridos pela Carlyle via SPX Capital e a família Dubrule. A empresa não possui ações listadas em bolsa.
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