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Itaú coloca um pé no agro e amplia investimento em energia

Banco irá se tornar sócio do grupo Cocal para produção de energia por meio da queima do bagaço de cana e biomassa

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O Itaú Unibanco fechou acordo para se tornar sócio do grupo paulista Cocal em seu negócio de produção de energia elétrica a partir de biomassa e biogás. A instituição financeira irá comprar um percentual da Cocal Participações, o veículo de investimentos utilizado para o acordo.

A fatia e os valores não foram divulgados e a transação depende de aval do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Ao Cade, o Itaú afirmou que a compra de ações da Cocal Participações servirá para que o banco possa “diversificar a carteira de investimentos no setor elétrico”.

A nova investida do Itaú tem cinco usinas termelétricas e o grupo Cocal afirma que seu negócio de geração é capaz de produzir energia suficiente para abastecer uma cidade de 750 mil habitantes a partir da combustão do bagaço da cana-de-açúcar e de outros tipos de biomassa.

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O Itaú vem ampliando seu portfólio de investimentos em energia limpa. Em abril, o banco realizou um investimento de R$ 600 milhões para comprar uma participação em projetos da Casa dos Ventos para a construção de usinas eólicas no Nordeste. No ano passado, o Itaú já havia anunciado investimento de R$ 1 bilhão para deter 12,34% de um projeto de energia eólica na Bahia da Engie.

O grupo Cocal é um tradicional produtor de cana-de-açúcar com mais 140 mil hectares cultivados no interior de São Paulo. Por ano, a empresa produz cerca de 700 mil toneladas de açúcar e 400 milhões de litros de etanol. No primeiro trimestre do ano fiscal de 2025 da empresa, encerrado em 30 de junho, o Cocal registrou receita líquida de R$ 789,5 milhões, com lucro líquido de R$ 74,4 milhões. 

Procurado pelo InvestNews, o Itaú Unibanco não quis comentar. 

Detalhes do bagaço de cana de açúcar, a matéria-prima do etanol celulósico no campo. Foto: Getty Images/NancyAyumi

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