Negócios
Ação da C&A dispara 11% e Renner cai 2% após notícia sobre possível compra
Segundo o colunista Lauro Jardim, varejista estaria em negociações preliminares para a aquisição a C&A.
As ações de C&A (CEAB3) subiram 11,52% nesta segunda-feira, repercutindo a notícia de que a varejista de moda Lojas Renner (LREN3) está em negociações preliminares para a compra da empresa no Brasil. O papel LREN3 fechou em queda de 2,04%.
A informação foi publicada neste domingo (15) a coluna de Lauro Jardim no jornal “O Globo”, sem dar maiores detalhes. Nenhuma das duas companhias haviam se manifestado até a última atualização desta notícia.
A C&A é uma das maiores redes de varejo de roupas no mundo, com ações negociadas na B3 desde 2019. É a única empresa de capital aberto do grupo no mundo. Foi fundada na Holanda em 1841 pelos irmãos Clemens e August Brenninkmeijer como uma empresa têxtil.
Rumores sobre venda
Em outubro de 2020, foi anunciado pelo jornal “Valor Econômico” que a família Brenninkmeijer, que ainda controla a marca, pretendia vender os 65,3% das ações que possuía na subsidiária no Brasil para investir em negócios na Europa.
Na ocasião, os controladores estariam sondando o mercado em busca de compradores, repetindo a saída do México e da China, já finalizada.
O valor de mercado da Renner na manhã desta segunda-feira (16) era de quase R$ 20 bilhões, enquanto a C&A valia R$ 749 milhões.
Lucro da Renner e prejuízo da C&A
No terceiro trimestre de 2022, a Lojas Renner divulgou um lucro líquido de R$ 257,9 milhões, alta de 50% em comparação ao mesmo período do ano anterior, ajudada por efeitos tributários e fiscais, enquanto o clima mais frio impactou negativamente as vendas.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado foi de R$ 459,5 milhões, crescimento de 5% ante um ano antes. O crescimento de vendas em mesmas lojas desacelerou para 7,9%, contra 39,5% no ano anterior.
Já a C&A apresentou prejuízo líquido de R$ 61,4 milhões no terceiro trimestre. O resultado reverteu um lucro líquido de R$ 243,9 milhões no mesmo período de 2021.
A companhia lembrou que, um ano antes, houve o reconhecimento de um crédito fiscal relevante (no valor de R$ 298 milhões) que resultou no lucro reportado. Se fosse excluído o efeito não recorrente, o resultado do terceiro trimestre teria sido um prejuízo de R$ 54,2 milhões. A receita líquida foi de R$ 1,4 bilhão, alta de 5,1%.
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