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Bancos privados têm lucro 15% maior em 2019

Resultado positivo foi puxado, principalmente, pelo crescimento do crédito para pessoas físicas e pequenas empresas

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Apesar dos três maiores bancos privados do país terem encerrado o último trimestre do ano com um ritmo de crescimento menor em comparação a outros períodos, eles apresentaram projeções otimistas para 2020. O resultado positivo foi puxado, principalmente, pelo crescimento do crédito para pessoas físicas e pequenas empresas, com margens melhores e maiores receitas com prestação de serviços e tarifas bancárias, mesmo com a concorrência das fintechs.

No total, o lucro líquido do Itaú Unibanco, Santander Brasil e Bradesco foi de mais de R$ 17 bilhões no quarto trimestre, alta de 12,44% em relação ao mesmo período de 2018. No ano, porém, os resultados apresentaram crescimento maior. A cifra foi de cerca de R$ 68 bilhões, expansão de 15,25% frente aos quase R$ 60 bilhões registrados em 2018.

Para analistas do mercado, 2019 pode marcar o último ano de crescimento anual de dois dígitos para os grandes bancos de capital aberto, que cada vez mais veem suas margens serem comprimidas e seus clientes serem abocanhados por players novos.

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A concorrência com fintechs, as startups do setor financeiro, e diversos outros players – como os varejistas, que a cada dia colocam mais os pés no setor financeiro – é crescente. Assim, repetir as projeções de anos anteriores já é sinal de otimismo em um cenário de maior competitividade e mudanças regulatórias por parte do Banco Central.

Expectativas dos bancos para 2020

Depois de ver seus empréstimos aumentarem 10,9% em 2019, o Itaú espera que sua carteira de crédito cresça de 8,5% a 11,5%. O impulso no ano passado veio da operação brasileira, com empurrão das famílias e pequenas empresas. Na operação da América Latina, o crescimento foi de apenas 1,9%, evidenciando o impacto da onda de manifestações no Chile e a queda dos empréstimos na Argentina, Paraguai e Colômbia.

O rival Bradesco é levemente mais otimista e projeta aumento de 9% a 13% na carteira de crédito neste ano. O Santander Brasil segue com a projeção de elevar sua carteira acima dos 10% até 2022. Do lado das receitas, os três bancos privados entregaram expansão de 5,47% em 2019, para menos de R$ 90 bilhões. Ampliar essa linha foi mais difícil no ano passado diante da crescente concorrência com as fintechs. O maior crescimento veio do Santander, com alta de mais de 8% no comparativo anual. No trimestre, porém, os concorrentes apresentaram melhor desempenho.

No ano passado, com a pressão da concorrência por mais eficiência, os bancos enxugaram suas redes físicas e promoveram programas de demissão voluntária. Assim, a meta para despesas operacionais em 2020 está mais otimista no caso do Itaú, enquanto o Bradesco reiterou suas projeções após ter estourado o intervalo prometido para 2019.

*Com Estadão Conteúdo

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