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Marca Daslu é vendida em leilão por R$ 10 milhões
Disputa recebeu 32 lances pelo nome da varejista de luxo que faliu há 6 anos; identidade do comprador não foi divulgada.
Os direitos de titularidade da marca de luxo Daslu, além de seu domínio na internet, foram arrematados por R$ 10 milhões em um leilão que promovido nesta terça-feira (7). Cinco participantes entraram na disputa e fizeram, ao todo 32 lances, seis anos após a falência da marca.
Segundo o leiloeiro oficial Luiz Fernando Sodré Santoro, responsável pelo certame, a disputa partiu de uma lance inicial de R$ 1.411.022,00, que correspondia ao valor atualizado da avaliação da marca.
“Foi um processo bem disputado e que mostrou como a força de uma marca tradicional ainda pode ser grande. Esse leilão provou que a marca Daslu teve e ainda tem seu valor para o mercado”, informou em comunicado à imprensa Sodré Santoro.
Ele afirmou não ter se surpreendido com o resultado. “A Daslu não era sinônimo de uma loja, simplesmente, mas de um conceito de vendas”, declarou por nota. O pregão foi promovido pela Sodré Santoro, maior organização de leilões da América Latina.
O leilão foi autorizado pela Justiça nos autos do processo de falência da Daslu, que corre em uma das varas especializadas da Capital de São Paulo. O nome do comprador não pode ser divulgado imediatamente, somente depois da tramitação de todo o processo, segundo a casa de leilões.
Este não é o primeiro leilão do tipo (de titularidade de uma marca) organizado pela Sodré Santoro. Em 2010, em processo idêntico, a organização foi responsável pelo pregão da marca Mappin à rede Marabraz.
Marca icônica dos anos 90
A marca Daslu, varejista de grifes internacionais, ganhou os holofotes na década de 1990 sob o comando de Eliana Tranchesi. Outras submarcas da varejista também devem ser vendidas para quitar as dívidas da empresa, que já foi considerada a principal referência do luxo brasileiro.
A Daslu foi a primeira varejista a trazer grandes marcas internacionais para o mercado brasileiro em um período em que as importações de luxo ainda eram de difícil acesso aos consumidores. A empresa foi criada por Lucia Piva de Albuquerque e Lourdes Aranha na década de 1960.
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