A Marfrig informou nesta sexta-feira (1) que a tarifa de 50% confirmada pela governo dos Estados Unidos sobre importações brasileiras — cujo decreto excluiu diversos itens, mas manteve carne bovina e café na lista — deve ter impacto limitado para a empresa
De acordo com a companhia, as exportações de carne bovina e processados a partir das unidades brasileiras para os EUA somaram 7 mil toneladas em 2025, cerca de 1,4% da operação América do Sul e apenas 0,18% do total da companhia — um volume considerado marginal diante da nova tarifa.
A Marfrig diz ainda que suas fábricas no Brasil continuam operando a plena capacidade, sem impactos relevantes sobre receita ou rentabilidade em decorrência das medidas tarifárias.
A companhia reforça que atende o mercado norte-americano majoritariamente por meio de operações no Uruguai, na Argentina (com 27 mil toneladas exportadas em 2025) e pela presença direta via National Beef, uma das maiores processadoras de carne dos EUA.
O posicionamento vem no contexto das duras restrições comerciais impostas pelos EUA — que mantiveram a carne bovina e o café fora da lista de exceções — mesmo com quase 700 produtos brasileiros sendo excluídos das tarifas de 50%.
A Abiec, entidade que representa frigoríficos como JBS, Marfrig, Minerva e Frigol, já estimou prejuízos de até US$ 1 bilhão para o setor em caso de entrada em vigor das medidas sem alternativas de mercado viáveis.