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Moody’s rebaixa notas da Light para ‘alto risco’ de calote
Além disso, agência apontou ‘perspectiva negativa’ para a companhia, que tem R$ 7 bilhões em dívidas.
A agência de classificação de risco Moody´s rebaixou todas as notas atribuídas à concessionária de energia elétrica Light (LIGT3) para “grau especulativo e com alto risco de crédito”. Além disso, apontou “perspectiva negativa” para a companhia, que tem R$ 7 bilhões em dívidas.
As notas caíram de B3 para Caa3, indicando risco de a empresa dar algum tipo calote. A dívida da Light passa de R$7 bilhões. A companhia vem negociando com credores para evitar a antecipação do vencimento de seus débitos.
“O rebaixamento dos ratings da Light para Caa3 se segue ao anúncio feito pela gestão de que eles estão tentando negociar com os credores para que concordem em estender suas dívidas a fim de manter caixa às necessidades operacionais da companhia, fazendo a manutenção da qualidade da concessão e os serviços um alta prioridade”, diz a nota da Moody’s.
O mercado já olhava para a concessionária carioca com especial atenção desde que a Light contratou, no fim de janeiro, uma consultoria para melhorar a sua estrutura de capital, em meio ao nervosismo desencadeado pela crise da Americanas. Mas a situação de liquidez da companhia piorou com os juros altos e condições desafiadoras para o lançamento, apontou a agência.
“Este anúncio vem com os resultados do ano fiscal de 2022, mostrando ainda mais deterioração na posição de liquidez da companhia em meio a taxas de juros altas e condições de refinanciamento desafiadoras”, disse a agência.
“A nota Caa3 implica altas chances de default com uma taxa de recuperação média para credores, entre 65% e 80%.”
Outros rebaixamentos
No final de março, a Fitch Ratings cortou novamente as classificações de risco de crédito da Light e suas subsidiárias. Em escala nacional, o rating foi rebaixado de CCC para CC e, na internacional, de CCC+ para CC.
Em fevereiro, a Fitch e outras agências haviam cortado as notas de crédito da elétrica diante da falta de visibilidade da estratégia da empresa para lidar com os próximos vencimentos da dívida em meio a condições mais restritas do mercado de crédito e custos de financiamento mais altos.
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