Natura vende operações da Avon na América Central para grupo da Guatemala

Empresa de cosméticos vendeu operações da marca na América Central ao Grupo PDC

A Natura celebrou um acordo vinculante com o Grupo PDC, da Guatemala, para vender as operações da Avon localizadas na Guatemala, Nicarágua, Panamá, Honduras, El Salvador e República Dominicana, conhecidas como Avon CARD.

A transação envolve a venda pelo valor nominal de US$ 1,00, além do pagamento de um recebível de US$ 22 milhões (R$ 117,7 milhões) pela Avon Guatemala à subsidiária integral da Natura no México.

Segundo a empresa de cosméticos, o fechamento da transação está condicionado à conclusão de uma reorganização societária das entidades jurídicas da região e deve ocorrer até 30 de outubro de 2025.

Além disso, a Natura continua fornecendo produtos acabados para a Avon CARD e atuará como licenciadora da marca na região. A transação faz parte de seus esforços para otimizar operações e integrar suas marcas na América Latina, com foco na América do Sul e no México, país em que ainda tenta ganhar tração.

Como parte de seu plano para a alienação de operações internacionais, a Natura separou, em agosto, os ativos da Avon no exterior para facilitar a venda e incluiu o Caribe. A escolha da separação desses negócios tem a ver, também com o fato de a Natura não operar com sua marca principal nesses países.

A venda da Avon CARD para o grupo PDC é a primeiro acordo de venda após a implementação da estratégia de fatiamento.

“Estamos caminhando como planejado nesse processo de simplificação do grupo. Ao mesmo tempo, fortalecendo o coração do nosso negócio da América Latina”, afirmou João Paulo Ferreira, CEO da Natura, a jornalistas na divulgação do segundo trimestre, quando informou que havia separado os ativos da Avon América Central e Caribe.

O PDC é um grupo especializado em produtos para a casa e cosméticos fundado na Guatemala, em 1928. Tem filiais em El Salvador e Perú, além de distribuir os produtos da empresa em Honduras, Nicarágua, Costa Rica e Panamá.

A Natura iniciou o processo de venda de ativos internacionais em 2023, com a venda da Aesop, adquirida em 2013, e, depois, com a The Body Shop, comprada em 2017. Mas ficou com as negociações da Avon Internacional, incorporada em 2020, sem avanços nos últimos anos.

A mudança de rumo na ambição de se tornar uma potencia global dos cosméticos aconteceu depois da constatação de que, na realidade, uma estrutura tão grande além de complexa e desafiadora para administrar se tornou um grande sorvedouro de recursos. Com atuação em mais de 100 países no auge após as aquisições da Aesop, The Body Shop e Avon, o custo começou a ficar insustentável.

A Natura abandonou seus planos de ser global para conseguir contornar a crise

No segundo trimestre, a Natura reportou um lucro líquido consolidado de R$ 195 milhões, revertendo o prejuízo do mesmo período de 2024, com a Avon International colocados como ativo à venda. A receita líquida totalizou R$ 5,7 bilhões, queda de 1,7% em relação ao ano anterior. Entre as marcas e canais, a Natura seguiu sustentando mix e margem, enquanto a Avon Latam ainda mostrou ritmo lento.

Disclaimer: Este texto foi escrito por um agente de inteligência artificial a partir de informações oficiais e de bases de dados confiáveis selecionadas pelo InvestNews. O trabalho foi revisado pela equipe de jornalistas do IN antes de sua publicação.

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