Nike corre para a China: gigante aposta nos esportes ao ar livre para crescer

Nike quer se posicionar como um forte concorrente no segmento de corrida de trilha

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A entrada da Nike no mercado em expansão das atividades recreativas ao ar livre — que terá início na segunda-feira (25) com o lançamento de um novo tênis para corrida em trilha — testará se a empresa é capaz de transformar uma submarca pouco conhecida em um importante motor de crescimento.

A gigante do vestuário esportivo planeja anunciar uma versão de seu tênis de corrida Ultrafly – com sua submarca para atividades ao ar livre, ACG – na Ultra-Trail du Mont-Blanc, uma ultramaratona na França que começa na segunda-feira, disse o porta-voz da Nike, Jay Paavonpera.

Nike na trilha

A medida faz parte da estratégia da Nike para reposicionar a ACG como um forte concorrente no segmento de corrida de trilha de alta performance. De modo mais amplo, a medida está alinhada com a estratégia do presidente-executivo Elliott Hill de reorientar a marca Nike em torno de esportes essenciais, como a corrida, em um momento em que seu domínio está sendo desafiado por rivais menores.

A Nike está tentando recuperar o atraso tanto na recreação ao ar livre, que aumentou desde a pandemia, quanto na China, onde a população adotou em grande escala atividades ao ar livre, como a corrida em trilhas. O desempenho defasado da empresa em ambos os mercados explica, de certa forma, por que sua participação no mercado global de roupas esportivas diminuiu nos últimos anos, segundo analistas. 

Corredores patrocinados pela Nike, como Anthony Costales, correrão com o tênis, batizado de ACG Ultrafly, que deve chegar às prateleiras na primavera de 2026, informou a Nike.

Uma versão similarmente reiniciada, com a marca ACG, do tênis de corrida para trilhas Zegama será lançada no final de 2025.

As vendas de roupas para atividades ao ar livre quase dobraram na China entre 2019 e 2025, e as de calçados para atividades ao ar livre aumentaram 65% no mesmo período, de acordo com dados da Euromonitor International.

A Nike, no entanto, registrou quedas de dois dígitos nas vendas na China em cada um dos últimos três trimestres.

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