“A Nissan continua enfrentando desafios por ventos contrários externos”, disse o diretor financeiro Jeremie Papin.
A montadora enfrenta sua pior crise financeira em mais de duas décadas, desde que foi resgatada da quase falência pela francesa Renault.
Em dificuldades, a empresa tem enfrentado lucros em queda livre e uma montanha de dívidas, depois que uma liderança instável e uma linha de produtos fraca foram agravadas por vendas em queda nos EUA e na China.
O CEO Ivan Espinosa prometeu, no início deste ano, cortar 20.000 empregos e reduzir as operações de produção globais da Nissan de 17 para 10 unidades.
Bóia de salvação para Nissan
Uma parte importante do plano de Espinosa é controlar o excesso de capacidade. Isso inclui transferir a produção no México da fábrica de Civac para o complexo de Aguascalientes até o final do ano fiscal e encerrar a produção na principal fábrica da empresa no país, em Oppama, até março de 2028.
O prejuízo do segundo trimestre foi menor do que o previsto anteriormente devido a custos extraordinários e outros fatores, e não a melhorias significativas na Nissan, afirmou Tatsuo Yoshida, analista da Bloomberg Intelligence. “Não está claro se o progresso ocorrerá conforme o planejado.”
Papin atribuiu o prejuízo menor às regulamentações de emissões dos EUA, a passivos anteriores e a outros “fatores extraordinários e custos diferidos”.
A empresa se recusou a divulgar seus custos de reestruturação ou as projeções para o ano todo, tanto em termos de lucro quanto de prejuízo líquido. Os detalhes serão anunciados em 6 de novembro, juntamente com o balanço financeiro.
