Negócios
O Brasil é um polo mundial do fitness – e isto é uma baita oportunidade
Seja para ganhar saúde ou dinheiro, a resposta pode estar nas academias
O mercado de fitness e bem-estar cresce rapidamente, impulsionado por uma maior conscientização sobre saúde e o retorno às academias. O Brasil se destaca como um dos maiores polos fitness do mundo, com uma Taxa de Crescimento Anual Composta (CAGR) projetada de 7,21% entre 2021 e 2026.
Marcel Gandra, diretor do Grupo Ultra Franquias, explora o cenário e as operações da rede Ultra, além de todo mercado de wellness, neste novo episódio do Talk InvestNews, apresentado por Dony De Nuccio.
O Grupo Ultra, especializado em franquias de academias, aposta na expansão para cidades menores, com até 100 mil habitantes. Esse modelo atrai empreendedores que enfrentam barreiras de entrada em grandes centros urbanos. O Grupo já conta com mais de 100 contratos de franquia, com 40 unidades em operação em 12 estados. “Para uma cidade menor, conseguimos abrir uma unidade com aporte entre R$ 1,5 e R$ 2 milhões”, comenta.
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Mas, visto que o Brasil é o segundo maior mercado de academias do mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, todo setor acaba sendo muito atrativo. E, neste cenário, o rebranding da Gympass para WellHub acaba sendo um destaque.
Em detalhes, o executivo elogia a transição, alegando que a startup acertou o timing do mercado ao ampliar seu conceito de “passe para academias” para uma plataforma completa de bem-estar. Junto a isso, ele complementa analisando a crescente presença das big techs no setor.
“Amazon, Google e Microsoft estão investindo cada vez mais em inteligência artificial e computação em nuvem para desenvolver novas soluções e produtos de saúde e bem-estar. A entrada dessas empresas representa tanto uma oportunidade quanto um desafio para o setor tradicional de fitness”.
Outro ponto abordado durante a conversa foi – ou é — o colapso da Peloton. A Peloton, empresa americana de equipamentos de ginástica, vive em uma fase ainda mais complicada. Suas ações, que já chegaram a valer US$ 150, hoje são negociadas na casa dos US$ 4.O ponto é: por quê?
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Segundo Gandra, a pandemia de Covid-19 impulsionou a demanda por equipamentos de ginástica domésticos, no entanto, as restrições diminuíram e a vida começou a voltar ao normal. “Houve uma mudança no comportamento do consumidor”, explica, “as pessoas voltaram a valorizar mais o convívio social presencial. O desejo e a busca por experiências compartilhadas também influenciaram essa mudança”.
A entrevista também aborda quanto custa abrir uma academia, qual perfil ideal dos franqueados do Grupo Ultra, as estratégias para competir com redes consolidadas como Smart Fit e Bluefit, e outros.
O Talk InvestNews é apresentado por Dony De Nuccio e conta com a participação de Leandro Guissoni. Todo episódio um convidado conta a sua trajetória no mundo dos negócios.
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