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‘O plano tático teve que ser totalmente revisto’, diz Renner sobre a pandemia

Segundo a varejista, foi preciso acelerar muitas questões, principalmente a digitalização da empresa.

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Fora da lista dos serviços essenciais e com a  mudança do estilo de vida das pessoas, o varejo de vestuário foi fortemente atingido pela pandemia. Além das roupas ficarem em segundo plano para os consumidores, a moda passo a ser outra: vestir quem estava em casa.

Para o diretor-presidente da Lojas Renner (LREN3), Fabio Faccio, a chegada da pandemia trouxe muita dificuldade, desafios e melhorias. Segundo ele, os desafios foram vários. “Foi um período que impactou muito em todos os aspectos. Trouxe uma necessidade de mudanças bastante importantes, principalmente operacionais, realocação de recursos e necessidade de alguma aceleração tática. Nosso plano tático teve que ser totalmente revisto”, disse.

A pandemia acelerou o comércio digital, colocado cada vez mais o ato da compra na palma da mão do consumidor. Junto disso, veio o fechamento das lojas físicas. A Lojas Renner não ficou de fora desse cenário. As vendas através dos canais digitais da Lojas Renner tiveram um crescimento de mais de 200% no 3º trimestre de 2020.

“Tivemos uma aceleração muito grande, tanto das ferramentas que colocamos disponíveis aos clientes como da pandemia empurrado um número maior de clientes para usar este tipo de serviço. Muitos deles que já usam o digital, usaram ainda mais, aliado à incorporação de várias novas ferramentas que colocamos, como algumas previstas para os próximos anos. Ganhamos escala e velocidade com uso de tecnologia”, explicou o executivo.

Ele avalia, no entanto, que as lojas físicas são importantes para reforçar as vendas online, e vice-versa. A expectativa da companhia é a de abrir de 30 a 45 lojas por ano, somando todas as bandeiras, que incluem a marca de vestuário Renner, Youcom e ASHUA Curve & Plus Size, além da Camicado, empresa do segmento de casa e decoração.

 Segundo Faccio, quando a empresa abre lojas em locais que não estão presentes, as vendas online aumentam. “É importante e conveniente para clientes e faz sentido para nós”, destacou.

Tendências de consumo

A adoção do isolamento social fez com que muitos profissionais passassem a trabalhar de casa, o que acarretou na substituição dos trajes geralmente usados. Por um lado, roupas mais confortáveis. De outro, um uso maior de roupas da parte superior, já que as vídeoconferências passaram a fazer parte das rotinas de muitos trabalhos. A moda, no pior momento da pandemia, passou a ser vestir quem estava em casa.

Faaccio avalia que algumas tendências mudaram ao longo pandemia. Segundo ele, itens da parte de cima do vestuário tiveram uma participação mais relevante nas vendas. Outra tendência que o executivo aponta é a procura por peças mais confortáveis. “Teve uma demanda maior por peças da parte superior do vestuário, como camisas, camisetas e blusas. Outras tendências são a procura por peças mais confortáveis, além de peças um pouco mais jovens e casuais em relação às formais”, explicou o executivo.

Futuro da empresa

Após um ano desafiador para o setor, a Lojas Renner, que está com as unidades 100% operando, apesar das restrições, avalia que o pior já passou e que está mais preparada.

“Descobrimos um potencial maior do que a gente imaginava. Isso fica. É um legado. A pandemia nos forçou a ser melhores. Continuamos investindo, pois temos boas perspectivas de crescimento nos anos futuros. Devemos continuar com um bom ritmo de investimentos, tanto na expansão física da empresa como na digitalização dela,  o que tende a nos tornar ainda mais competitivo”, concluiu.

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