Enquanto o mercado aguarda uma definição sobre a venda da InterCement, outros negócios no setor começam a ser destravados. A organização Polimix, uma das maiores empresas de concreto do país e dona também da Cimento Mizu, encaminhou a compra de duas pedreiras do grupo Queiroz Galvão, localizadas nos Estados do Ceará e Rio de Janeiro. Os valores não foram informados e a transação ainda depende de aval do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
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Os ativos em questão são a Pedreira Ponta da Serra, localizada em Caucaia, e que já atende a região metropolitana de Fortaleza, e a Pedreira Itaboray, na cidade de Itaboraí (RJ), que ainda não está operação e, segundo previsão da Polimix, deverá iniciar as atividades em até 18 meses. As duas plantas são controladas hoje pela Áyla Construtora, uma das subsidiárias da Queiroz Galvão.
As pedreiras deverão aumentar a capacidade da Polimix de produzir os chamados “agregados” para a concretagem: basicamente brita e areia industrial para diversos usos na construção civil. Atualmente, a Polimix possui 18 pedreiras no país, com capacidade de entregar até 20 milhões de toneladas de agregados por ano.
O InvestNews tenta contato com a Polimix,. O grupo Queiroz Galvão disse que não vai comentar.
Nos últimos anos a empresa tem intensificado a compra de pedreira de concorrentes. Em 2022, a Polimix já havia comprado a Pedreira Campo Grande, em Mato Grosso do Sul, da Votorantim Cimentos. A Polimix chegou a ser uma das interessadas na compra da InterCement, fortalecendo a produção da Mizu – no entanto, hoje a favorita para levar a cimenteira dos Camargo Corrêa é a CSN, de Benjamin Steinbruch.
Criada no fim da década de 1970 no Espírito Santo com o nome de Concaprex, a organização Polimix opera negócios na área de concreto, cimento, energia e logística, com o Porto Central, um terminal portuário localizado no sul do Estado. O grupo opera em mais de 20 Estados e em mais cinco países (Estados Unidos, Argentina, Bolívia, Colômbia e Peru).
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