Negócios

Portugal consulta interessados na TAP antes de seguir com a privatização

Lufthansa é uma das empresas que já manifestou interesse em participar da privatização da aérea portuguesa

Publicado

em

Tempo médio de leitura: 2 min

Avião da TAP Créditos: Bloomberg

O governo de Portugal está finalizando consultas com as empresas interessadas na companhia aérea TAP para estabelecer seus objetivos antes de apresentar um plano de privatização, disse o primeiro-ministro, Luis Montenegro.

O premiê português disse à emissora SIC na noite de terça-feira (8) que o governo “não quer realizar uma privatização sem saber o que os participantes do mercado também têm como objetivos”, para garantir que o plano de privatização esteja alinhado com o sentimento do mercado.

LEIA MAIS: Azul diz que mantém conversas com portuguesa TAP sobre dívida

“Há muitas empresas interessadas… estamos neste momento concluindo as consultas com todas as partes interessadas que, ao longo do tempo, manifestaram interesse na aquisição do capital da TAP”, disse.

Pelo menos três grandes companhias aéreas — Lufthansa, IAG, controladora da British Airways; e Air France-KLM — afirmaram estar interessadas na TAP.

Há um mês, fontes disseram à Reuters que o presidente-executivo da Lufthansa, Carsten Spohr, se reuniu com o governo português para sinalizar formalmente o interesse da empresa na privatização da TAP.

Uma das fontes disse que a Lufthansa está de olho em uma participação de 19,9% na TAP, abaixo do limite de 20% que exigiria a aprovação da Comissão Europeia.

LEIA MAIS: Arábia Saudita vai investir US$ 10 bilhões em nova empresa de hidrogênio verde

“Estamos estudando o melhor modelo para sermos bem-sucedidos e valorizarmos a empresa o máximo possível”, disse Montenegro, ressaltando que os contribuintes portugueses pagaram 3,2 bilhões de euros para resgatar a TAP durante a pandemia.

“Sempre defendi que, idealmente, poderíamos alcançar uma privatização total, desde que assegurássemos as rotas que são estratégicas para nós e o hub de Lisboa… (mas) não estou dizendo que o modelo deveria ser passar de 0% (participação privada) para 100%.”

Mais Vistos