Negócios
Produção têxtil cai de janeiro a outubro, mas ainda pode reverter resultado anual
Em coletiva de imprensa, Abit apresentou resultados e perspectivas do setor para este e para o próximo ano.
A Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) divulgou nesta terça-feira (13), em coletiva de imprensa, os resultados do setor em 2022, revelando que a produção têxtil teve queda de 12,7% de janeiro a outubro em relação ao mesmo período no ano anterior. Nos últimos 12 meses, a baixa foi de 14%.
Por outro lado, a estimativa do valor da produção do setor têxtil e confecção geral até o fim do ano é de crescimento. A projeção é que movimente R$ 193,6 bilhões, em comparação a R$ 190,3 bilhões do ano passado, de acordo com o IEMI.
Produção de vestuário recua, mas vendas avançam
Com dados ainda no negativo, a produção de vestuário também apresentou recuo de 7,4% no ano até outubro e de 9,4% nos últimos 12 meses, assim como os níveis de exportação de têxtil caíram em 2,37% no ano – no entanto, houve uma alta de 1,8% nos últimos 12 meses.
Mas nem todos os números do setor ficaram no vermelho: o varejo de vestuário, por exemplo, apresentou elevação de 4% no ano até outubro e de 2,4% nos últimos 12 meses. Além disso, houve alta de 25,4 mil contratações no setor neste ano até outubro e de 7,6 mil nos últimos 12 meses.
Quanto aos níveis de importação, para vestuário houve uma alta de 35,4% no ano e elevação de 36% nos últimos 12 meses. Para o têxtil, houve alta de 0,53% no ano e queda de 0,7% nos últimos 12 meses. Fernando Pimentel, presidente da entidade, ressaltou na coletiva que o Brasil é um país que tem uma cadeia de produção integrada, mas não é totalmente independente.
Perspectivas para 2023
Para 2023, o setor espera que para a indústria têxtil e de confecção cresça 0,9% na produção, 1,1% nas vendas internas, 4,5% na importação, 0,3% na exportação e 1,5 mil contratações a mais do que neste ano, de acordo com um levantamento RC Consutores.
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