Apesar do recuo na comparação anual, o número mostra, por outro lado, que a quantidade de transações foi historicamente alta. Isso porque os 1.117 negócios representam o segundo maior número de transações do gênero em 20 anos.
Segundo nota da KPMG, um dos fatores que contribuiu para os resultados serem menores do que em 2019 está relacionado à queda de 28,7% das aquisições envolvendo empresas estrangeiras, que totalizaram 320 em 2020. Por outro lado, houve aumento de 2% nas operações domésticas, que somaram 797 – o quarto recorde consecutivo de negócios deste tipo.
“Devido à pandemia, as empresas estrangeiras reduziram seu volume de aquisições no Brasil uma vez que estas passaram a se focar em seus principais mercados e em estratégias de curto e médio prazo para superar este momento desafiador”, disse em nota o sócio-líder da área de assessoria em fusões e aquisições da KPMG no Brasil, Luis Motta.
“Seguindo a mesma lógica, as empresas e investidores brasileiros direcionaram seus esforços para as oportunidades locais, principalmente, àquelas com componente tecnológico e de inovação para atuar dentro da nova realidade imposta pela pandemia”, acrescenta.
Segundo o levantamento, o setor de internet manteve a liderança na quantidade de negócios, somando 314 em 2020 – o que representa uma alta de 7%. Em seguida ficaram as áreas de tecnologia da informação (168), companhias de energia (56), hospitais e laboratórios de análises clínicas (55), empresas de serviços (54) e mercado imobiliário (54).
Motta diz que os números de 2020 mostram “um resultado bastante relevante quando consideramos todo o contexto econômico mundial, fortemente impactado pela pandemia que afetou significativamente grande parte dos setores que normalmente protagonizam este tipo de transação”.
