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Suzano corta preço de celulose na China em US$ 40

A empresa informou que para outras regiões os preços da celulose foram mantidos.

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A Suzano (SUZB3) reduziu o preço da tonelada de celulose na China em dezembro, afirmou a companhia nesta terça-feira, após informações do mercado citarem um corte de US$ 40 dólares na commodity da empresa.

A companhia cortou o preço da celulose de eucalipto para US$ 820 na China, segundo relatório do Itaú BBA que cita informações da provedora de dados Risi. A empresa recusou-se a confirmar o valor final ou dar mais detalhes, informando apenas que para outras regiões os preços da celulose foram mantidos.

“A Suzano confirma a informação de redução de preços na China em dezembro, em linha com o cenário do mercado local neste momento”, afirmou a companhia em breve comunicado ao ser questionada sobre o corte.

A redução marca um sinal “negativo” depois que os preços se mantiveram na região em US$ 860 desde julho, afirmaram analistas do Itaú BBA em relatório.

“O mercado já estava esperando uma correção (nos preços) entre o final deste ano e início de 2023”, segundo os analistas liderados por Daniel Sasson. “Estimamos uma adição de oferta de cerca de 2,3 milhões de toneladas na indústria em 2023”, acrescentaram. “Isso se compara com uma expectativa de aumento na oferta da ordem de 1,5 milhão de toneladas, portanto, se traduz em um excesso de oferta no curto prazo”, afirmaram eles, citando novas capacidades dos rivais Arauco, no Chile; e UPM, no Uruguai.

Para a equipe do Itaú BBA, a ação da Suzano está precificando um valor da celulose vendida pela empresa “ainda menor que nossas estimativas, a 604 dólares a tonelada”.

Os analistas disseram que continuam dando preferência às ações do setor de papel e celulose por “questões de valuation”, uma vez que os papéis de Suzano e Klabin são negociados a 5,3 e 6,6 vezes o múltiplo “enterprise value” sobre Ebitda projetado para 2023, respectivamente, “já considerando preços de celulose de eucalipto a 650 dólares a tonelada”.

No final de outubro, durante divulgação de resultado recorde do terceiro trimestre, executivos da Suzano disseram que a relação de oferta e demanda por celulose estava justa nos mercados internacionais e que estavam otimistas sobre os patamares de preços da commodity para o quarto trimestre.

Maior fabricante de celulose de eucalipto do mundo, a Suzano anunciou no início do mês estimativa de investimento de R$ 18,5 bilhões para o próximo ano, acima dos R$ 16,1 bilhões previstos para 2022.

Do total previsto para 2023, R$ 8,9 bilhões serão voltados ao Projeto Cerrado, a nova fábrica de celulose que a empresa está construindo no Mato Grosso do Sul e que terá capacidade para 2,55 milhões de toneladas por ano, um incremento de 20% na produção da empresa.

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