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Suzano vê benefício em alta do dólar mesmo após prejuízo recorde

Maior produtora de celulose do mundo espera aumentar as vendas no segundo trimestre

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A Suzano, maior fornecedora mundial de celulose, espera se beneficiar de um câmbio mais fraco no Bras, mesmo depois que a alta do dólar levou a um prejuízo recorde devido ao impacto negativo sobre sua dívida externa e derivativos.

“Quanto mais depreciado o câmbio, mais caixa a Suzano gera”, disse o diretor financeiro Marcelo Bacci, em entrevista. A alta do dólar frente ao real elevou a receita das exportações de celulose, acrescentou Bacci, enquanto a maioria das perdas divulgadas foram devidas a efeitos contábeis no balanço da companhia. 

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Desembolsos relacionados a perdas com derivativos, como opções, ocorrerão apenas no vencimento, disse Bacci, com impactos compensados pelo fluxo de caixa proveniente das vendas externas.

A empresa também espera maiores volumes de vendas nos próximos trimestres devido à maior capacidade de produção após o início das operações de uma nova planta. Isso deve ajudar nos resultados, mesmo com a recente queda de preços da celulose na China, disse o CEO Beto Abreu.

Marcelo Bacci, CFO da Suzano (Bloomberg)

A empresa divulgou prejuízo de R$ 3,77 bilhões no segundo trimestre, comparado a um lucro de R$ 5,1 bilhões no mesmo período do ano passado. A estimativa média entre analistas sondados pela Bloomberg era de um lucro de R$ 2,13 bilhões. Foi o maior prejuízo registrado pela empresa para o segundo trimestre, de acordo com dados que remontam a 1998.

Os resultados operacionais da Suzano foram fortes, pois a empresa se beneficiou de preços de celulose mais altos e maiores volumes de vendas. O Ebitda saltou 60% em relação ao ano anterior, para R$ 6,29 bilhões.

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