A dívida líquida recuou para US$ 24,6 bilhões no final de setembro, ante US$ 26 bilhões no final de junho, informou a gigante francesa de energia. A empresa também divulgou resultados trimestrais que atenderam às estimativas dos analistas.
As ações da TotalEnergies ficaram atrás das de seus pares americanos e britânicos durante grande parte do ano, devido ao aumento da dívida.
Preocupação dos investidores da TotalEnergies
As preocupações dos investidores com os empréstimos levaram a empresa a reduzir suas recompras trimestrais de ações no mês passado, e ela sinalizou que as recompras podem cair ainda mais no próximo ano, caso os preços do petróleo continuem a se desvalorizar.
A Câmara dos Deputados aprovou uma emenda proposta pelo partido de extrema-direita, que elevaria a taxa sobre as recompras para 33%. “Isso tem alguma relação com o desempenho abaixo do esperado” da TotalEnergies”, disse Ahmed Ben Salem, analista da Oddo BHF. Não está claro se a emenda permanecerá a mesma na versão final do projeto de lei orçamentária, acrescentou.
A TotalEnergies registrou uma queda de 2,3% no lucro líquido ajustado do trimestre, atribuindo o resultado à redução dos preços do petróleo e do gás, embora a produção de hidrocarbonetos tenha aumentado. O índice de endividamento — uma medida de endividamento — era de 17,3% no final do período e a previsão é de que caia para 15% no final do ano.
Essa queda ocorre após recentes desinvestimentos, incluindo ativos de xisto na Argentina e projetos de energia eólica e solar na França. A Total espera concluir mais US$ 2 bilhões em desinvestimentos no quarto trimestre, inclusive nos EUA, Grécia e Noruega. A empresa também prevê um aumento de mais de 4% na produção do quarto trimestre em comparação com o mesmo período do ano anterior.
A empresa informou que seus American Depositary Receipts (ADRs) serão convertidos em ações ordinárias e listados na Bolsa de Valores de Nova York a partir de 8 de dezembro. A TotalEnergies buscou essa mudança em um esforço para reduzir o desconto de suas ações em relação aos concorrentes americanos.
