Negócios
Uber é ‘resistente à recessão’, não precisa de cortes, diz CEO
‘A sinalização que temos das ruas é que as coisas vão bem e os gastos com serviços continuam bastante robustos’, disse CEO da empresa.
O CEO da Uber (U1BE34), Dara Khosrowshahi, disse que a empresa é “resistente à recessão” e não vê necessidade de cortes de empregos, mesmo com a volatilidade do mercado e a perspectiva de uma recessão global pairando sobre as empresas de tecnologia.
“A sinalização que temos das ruas é que as coisas vão bem e os gastos com serviços continuam bastante robustos”, disse Khosrowshahi em entrevista na quarta-feira (8) durante o Bloomberg Technology Summit.
Em maio, Khosrowshahi disse aos funcionários que “trataremos contratações como um privilégio e seremos cuidadosos sobre quando e onde aumentar a equipe”. A rival Lyft também disse que planeja reduzir significativamente as contratações e cortar custos.
A incerteza econômica global trouxe mais um desafio para o negócio de mobilidade urbana da Uber, que desmoronou durante a pandemia. Ao contrário da Lyft, a Uber pôde contar com sua plataforma de entrega de comida, que triplicou à medida que os clientes presos em casa faziam mais pedidos.
A entrega de comida tem sido resiliente, mesmo à medida que idas a restaurantes são retomadas. Uma estratégia importante tem sido aproveitar o boom das entregas de comida para expandir para outras categorias, como artigos de conveniência, álcool e supermercado.
No mês passado, a Uber apresentou o Uber Charter, um serviço de reserva de ônibus para grandes grupos diretamente no aplicativo. A empresa com sede em São Francisco também lançou o Uber Travel, que compila reservas de voos, hotéis e restaurantes e permite que pessoas nos EUA e no Canadá reservem viagens para cada etapa de seu itinerário. No Reino Unido, a Uber testa um serviço para permitir que os clientes reservem viagens de longa distância no aplicativo.
Mesmo que a demanda por corridas tenha se recuperado lentamente, a Uber e a Lyft têm lutado para atrair motoristas suficientes para suas plataformas. Isso levou a tarifas altas e tempos de espera mais longos para os clientes.
Depois de gastar centenas de milhões de dólares no ano passado para atrair motoristas de volta, o aumento nos preços da gasolina com a guerra na Ucrânia atrapalhou esses esforços no momento em que as empresas reduziam bônus.
Veja também
- Patrick Gorman, o headhunter gringo que recruta brasileiros para cargos C-Level em startups
- Cruise oferecerá veículos autônomos pela Uber nos EUA a partir de 2025
- O marketing de massa da BYD para avançar também no mercado de híbridos
- Uber fecha acordo com BYD para adicionar 100 mil veículos elétricos em sua frota
- Uber vai investir R$ 1 bilhão em 5 anos para expansão de centro de tecnologia no Brasil