Negócios
Vale e Caterpillar assinam acordo para testar caminhões elétricos e estudar etanol
A parceria visa ainda estudos conjuntos para o desenvolvimento de um motor bicombustível para caminhões fora de estrada, que funcione com etanol e diesel
A Vale assinou com a fabricante de equipamentos Caterpillar um acordo para testar caminhões de grande porte movidos a bateria elétrica e com sistemas de transferência de energia, como parte de suas iniciativas para descarbonizar operações de mina, informou a mineradora nesta terça-feira.
A parceria visa ainda estudos conjuntos para o desenvolvimento de um motor bicombustível para caminhões fora de estrada, que funcione com etanol e diesel.
Atualmente, segundo a Vale, a Caterpillar está em fase de desenvolvimento de caminhões fora de estrada movidos a bateria, e uma unidade com capacidade de 240 toneladas será testada pela Vale em suas operações em Minas Gerais.
Já um sistema de transferência de energia para caminhões será testado nas operações da mineradora no Pará nos próximos anos, disse a companhia.
“Estamos oferecendo como campo de testes as nossas minas no Brasil, com suas características bem específicas, de forma a contribuir para o atingimento das nossas metas e para a construção de uma indústria de mineração mais limpa”, disse o diretor de Engenharia para Operações de Mina e Usina da Vale, José Baltazar.
As emissões de diesel das operações de mina respondem por 15% das emissões diretas de CO2eq da Vale, sendo que o caminhão fora de estrada é o maior consumidor de diesel e, portanto, o maior emissor.
“Por isso, investir em iniciativas para descarbonização das minas, estabelecendo parcerias estratégicas, é fundamental para atingir as metas da empresa”, disse a Vale, que tem como objetivo reduzir as emissões de carbono de escopos 1 e 2 (diretas e indiretas) em 33% até 2030 e zerar suas emissões líquidas até 2050.
Em nota, a diretora de Energia e Descarbonização da Vale, Ludmila Nascimento, adicionou que a companhia acredita que o etanol tem um grande potencial de contribuir para a meta de 2030 por ser um combustível já adotado em larga escala no Brasil, com uma rede estabelecida de fornecimento, e que requer uma parceria ativa com fabricantes.
(Por Marta Nogueira)
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