Negócios
Vale e Porto do Açu assinam acordo para desenvolver hub para produção de HBI
Segundo a mineradora, o acordo é mais um passo para desenvolver no Brasil complexos industriais voltados à fabricação de produtos siderúrgicos de baixo carbono.
A Vale (VALE3) informou em comunicado ao mercado nesta terça-feira (26) que assinou um memorando de entendimento com o Porto do Açu para estudar o desenvolvimento de um hub no Porto, localizado em São João da Barra (RJ), para produção de HBI (“hot briquetted iron” ou ferro-esponja) via a rota de redução direta.
De acordo com a mineradora, o mega hub deverá receber em um primeiro momento pelotas da Vale e poderá futuramente contar com uma planta de briquete de minério de ferro para atendimento da planta de redução direta do local.
“Com esse compromisso firmado, as empresas buscarão atrair investidores e clientes que construam e operem a planta de redução direta, com uso de gás natural, que já estará disponível no Porto do Açu, e a possibilidade de convertê-la no futuro para hidrogênio verde, produzindo HBI com emissão de carbono próxima a zero”, disse a Vale no documento.
HBI
A Vale informou que, hoje, o HBI é mais comumente utilizado em fornos elétricos a arco e que o uso do HBI nesse tipo de forno permitirá ao parque siderúrgico brasileiro uma transição mais suave no processo de descarbonização.
Ainda de acordo com a mineradora, o acordo com o Porto do Açu é mais um passo da Vale para desenvolver no Brasil o modelo dos Mega Hubs, complexos industriais voltados à fabricação de produtos siderúrgicos de baixo carbono, que está sendo implantado pela empresa em três países do Oriente Médio (Arábia Saudita, Emirados Árabes e Omã).
“Acreditamos que o Brasil tem um grande potencial para ser um polo da siderurgia de baixo carbono. Temos minério de ferro de alta qualidade, reservas de gás natural abundantes e potencial para desenvolver o hidrogênio verde. Como uma empresa brasileira, a Vale busca se associar a empreendimentos que contribuam nessa direção. Queremos ser indutores da “neo-industrialização” do Brasil, que será baseada na indústria verde”, afirma no comunicado o vice-presidente executivo de Soluções de Minério de Ferro, Marcello Spinelli.
Veja também
- Sucessão na Vale expõe ‘cabo de guerra’ entre governo e mineradora
- Reféns de commodities, Petrobras e Vale iniciam 2024 mirando transição verde
- Vale se junta a Petrobras e promove corte de 40% em dividendos no 3º tri
- Na máxima em 2 anos, minério de ferro reanima Vale e desbanca petróleo
- Ficou sabendo? Vale prevê menor exposição à China; vendas da Suzano