Notícias C&A – InvestNews https://investnews.com.br Sua dose diária de inteligência financeira Tue, 02 Jul 2024 13:14:33 +0000 pt-BR hourly 1 https://investnews.com.br/wp-content/uploads/2024/03/favicon-96x96.ico Notícias C&A – InvestNews https://investnews.com.br 32 32 Quem mais perde, e quem mais ganha, com a alta do dólar https://investnews.com.br/economia/quem-mais-perde-e-quem-mais-ganha-com-a-alta-do-dolar/ Mon, 01 Jul 2024 21:41:19 +0000 https://investnews.com.br/?p=596692 Os números assustam: ao chegar a R$ 5,65, o dólar passou a acumular uma alta de 16,5% no ano, sendo 12,7% no segundo trimestre. Uma desvalorização do real nessa intensidade e de forma tão veloz é uma má notícia para a economia como um todo. Mas, claro, há setores que perdem mais do que os outros.

Empresas que têm custo ou dívida em dólar, mas contabilizam sua receita em reais, são imediatamente afetadas. Esse é o caso de  companhias aéreas e algumas varejistas e indústrias.

O BTG Pactual analisou a situação das principais empresas que compõem o Ibovespa. E mostrou que Gol e Azul estão entre as mais atingidas pela desvalorização do real: enquanto essas empresas recebem de seus clientes pagamentos na moeda local, mais da metade de seus custos é definida em dólar, com grande peso dos combustíveis. Situação semelhante é a da indústria de alimentos M.Dias Branco, que vende praticamente toda a sua produção no Brasil, mas tem cerca de 60% de seus custos em dólar, com grande peso do trigo.

Renner, C&A e Hering também estão na lista das empresas que são mais atingidas. Cerca de 30% dos custos dessas varejistas de moda são definidos pelo dólar (por conta da importação de peças), mas toda a venda é feita no Brasil, em reais. Um descasamento que deve levar a uma piora da margem das companhias, que já vinham enfrentando problemas por causa dos juros altos e concorrência de sites asiáticos.

Não é difícil de entender que o  outro lado da moeda são as companhias que exportam e, portanto, recebem de seus clientes pagamentos em dólar. Segundo o BTG, Suzano e Vale são destaques nessa modalidade: elas têm praticamente 100% de suas receitas em moeda americana, e custos atrelados ao dólar bem menores, entre 35% e 60%, respectivamente.

Petrobras tem 80% de suas vendas em dólares (poderia ter 100% se os preços seguissem o mercado internacional, o que não tem acontecido nos últimos meses). Quando se olha para os custos da petroleira, 50% está atrelado ao dólar – uma proporção alta, mas largamente compensada pela receita em moeda forte.

A alta do dólar também poderia beneficiar a Embraer, que tem 93% das vendas em dólares – e 83% dos custos.

Os balanços relativos ao segundo trimestre vão mostrar esse impacto. Mas o efeito do câmbio extrapola a questão contábil. O movimento abrupto de desvalorização cambial desorganiza a vida das empresas, já que elas precisam trabalhar com planejamentos de longo prazo. 

Isso leva muita gente a adiar projetos de investimento em expansão, por exemplo. E quando esse movimento é causado pela perda da confiança dos agentes no cenário fiscal, como está acontecendo neste momento, pior ainda.

A desvalorização do real também torna as empresas brasileiras menores diante do  investidor estrangeiro que faz as contas em dólar – mesmo que o faturamento em reais aumente, a desvalorização da moeda, por si só, faz a receita cair aos olhos gringos. E como analisar e estudar empresas é algo que custa dinheiro e energia, muitas empresas simplesmente saem do radar desses agentes. E isso pode adiar ainda mais a perspectiva da volta dos IPOs na bolsa brasileira.  

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Fitch revisa perspectiva do rating da C&A de negativa para estável https://investnews.com.br/negocios/fitch-revisa-perspectiva-do-rating-da-ca-de-negativa-para-estavel/ Mon, 11 Mar 2024 20:54:19 +0000 https://investnews.com.br/?p=562288 A agência de classificação de riscos Fitch Ratings revisou nesta segunda-feira (11) a perspectiva do rating corporativo da C&A (CEAB3) de negativa para estável.

A Fitch destacou que a revisão da perspectiva reflete a trajetória de desalavancagem financeira, “decorrente do fortalecimento da geração operacional de caixa e da rentabilidade da C&A”. Na visão da agência, a desalavancagem foi mais rápida do que o esperado.

A redução nos investimentos também contribui para a expectativa de fluxos de caixa livre (FCFs) positivos e recuperação dos indicadores financeiros.

Fachada da C&A no Shopping Catuai Palladium. Crédito: Divulgação.

Rating x concorrência

A agência também afirmou o Rating Nacional de Longo Prazo ‘AA-(bra)’ da varejista e de suas primeira e segunda emissões de debêntures sem garantia real.

A Fitch reiterou em relatório que o rating ‘AA-(bra)’ da C&A está dois grau acima do da Guararapes Confecções, dona da Riachuelo (GUAR3). A nota reflete, de acordo com a agência, uma estrutura de capital menos alavancada após a desconsolidação do serviço financeiro, com expectativa de dívida líquida ajustada de 2,2 vezes para 2024, frente a 4,0 vezes da Guararapes.

“Ambas as empresas possuem perfil de negócios similar, concorrem na mesma faixa de renda e estão igualmente expostas ao desafiador ambiente de negócios”.

Em contrapartida, a Guararapes é mais verticalizada, destacou a Fitch, já que atua também nos ramos de confecção e distribuição. Ao mesmo tempo tem uma ooperação de financiamento ao consumidor mais madura, o que também a expõe a maiores riscos de inadimplência.

“As duas empresas mantêm adequado perfil de liquidez e gerenciável necessidade de refinanciamento em 2024”, destacou a agência.

Em relação à Zamp, dona do Burger King, o rating da C&A está um grau abaixo, “devido às características mais anticíclicas do segmento de quick service restaurants em relação ao de varejo de vestuário, que permite menor volatilidade nos fluxos de caixa ao longo dos ciclos econômicos”, destacou a Fitch.

O baixo tíquete médio, o histórico de disciplinado gerenciamento do capital de giro, característico da indústria, assim como a menor exposição competitiva da Zamp com empresas de porte similar são outros fatores que diferenciam os ratings.

Já a perspectiva negativa da Zamp reflete “as frustrações quanto ao fortalecimento em sua geração de caixa e trajetória de desalavancagem financeira, com projeção de dívida líquida ajustada/Ebitdar de 3,6 vezes em 2024”.

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C&A aprova 3ª emissão de notas comerciais escriturais em R$ 200 milhões https://investnews.com.br/negocios/ca-aprova-3-emissao-de-notas-comerciais-escriturais-em-r-200-milhoes/ Wed, 17 May 2023 11:56:24 +0000 https://investnews.com.br/?p=480768 A C&A (CEAB3) aprovou a 3ª emissão de notas comerciais escriturais, em série única, para distribuição pública, no montante de R$ 200 milhões.

As notas comerciais, com valor nominal unitário de R$ 1.000, terão vencimento em 730 dias contados da data de emissão.

“Sobre o valor nominal unitário ou o saldo do valor nominal unitário incidirão juros remuneratórios correspondentes à 100% das taxas médias diárias do DI, acrescida de sobretaxa de 2,70% ao ano”, diz o comunicado.

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C&A anuncia troca no comando do conselho de administração https://investnews.com.br/negocios/ca-anuncia-troca-no-comando-do-conselho-de-administracao/ Tue, 28 Mar 2023 23:02:48 +0000 https://investnews.com.br/?p=456886 A C&A Modas (CEAB3) informou na noite desta terça-feira (28) que Luiz Antonio de Moraes Carvalho deixará o cargo de presidente do conselho de administração da empresa, função que ocupava desde a abertura de capital da companhia em outubro de 2019.

A empresa informou que foi proposto para a pauta da próxima Assembleia Geral Ordinária e Extraordinária, que será realizada no dia 28 de abril de 2023, a nomeação de Marcos Guimarães Grasso para o cargo – nome indicado pelo acionista controlador da empresa.

Sobre Marcos Grasso

Marcos tem mais de 35 anos de experiência em empresas de consumo no Brasil, América Latina, Asia, Europa e Estados Unidos, e vivência em conselhos de empresas. Ele é Administrador de Empresas formado pela EAESP/Fundação Getúlio Vargas, com formação executiva em governança, gestão e liderança em Columbia, Harvard, IBGC e Oxford.

É mentor e coach de CEOs e de Programas de Diversidade em Conselhos.

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BTG corta recomendação da C&A e ação tomba mais de 7% https://investnews.com.br/negocios/btg-corta-recomendacao-da-ca-e-ve-cenario-desigual-no-varejo-de-moda/ Mon, 30 Jan 2023 21:34:22 +0000 https://investnews.com.br/?p=428230 Analistas do BTG Pactual reiteraram recomendação de “compra” para as ações de Arezzo (ARZZ3), Grupo Soma (SOMA3), Vulcabrás (VULC3), Track&Field (TFCO4) e Lojas Renner (LREN3), enquanto cortaram C&A (CEAB3) para “neutra”, mesmo visão já adotada para Marisa.

O papel da C&A terminou o pregão desta segunda-feira (30) em queda de 7,07%, negociado a R$ 2,89.

“A indústria global da moda se recuperou acentuadamente em 2021 e em grande parte de 2022. Mas, no mercado frágil de hoje, as expectativas de uma recuperação contínua podem desaparecer rapidamente”, afirmaram em amplo relatório sobre o setor de varejo de vestuário e calçados.

Em média, afirmaram, as estimativas de faturamento e Ebitda para os próximos 4 anos foram reduzidas em 3,5% e 10%, enquanto as projeções de resultado final foram diminuídas em 17%.

“Continuamos vendo uma recuperação desigual para os varejistas de vestuário no Brasil, impulsionados pelo ainda alto endividamento das famílias e inflação persistente”, acrescentaram no documento com data de domingo.

Recomendações para varejistas de moda

As principais recomendações estruturais do BTG no segmento são Arezzo, Grupo Soma e Track&Field, todas com forte impulso de curto ptazo, exposição à recuperação mais rápida doprazoumo por famílias de alta renda, propostas omnicanal e sólidas perspectivas de crescimento de longo prazo, segundo o relatório.

Ainda assim, o BTG cortou os preços-alvo das três para R$ 109, R$ 16 e R$ 15, respectivamente, de R$ 125, R$ 19 e R$ 17 anteriormente. Vulcabrás teve o preço-alvo reduzido de 18 para 17 reis; Lojas Renner, de 39 para 27 reais; e Marisa, de 6 para 2 reais.

No caso de C&A, que teve a recomendação reduzida, os analistas do banco citaram um cenário ainda incerto para seu plano de recuperação, pressões inflacionárias, demanda prejudicada e o custo de financiamento ainda alto. O preço-alvo caiu de R$ 7 para R$ 3.

*Com informações da Reuters

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Ação da C&A dispara 11% e Renner cai 2% após notícia sobre possível compra https://investnews.com.br/negocios/lojas-renner-negocia-compra-da-ca-diz-colunista/ Mon, 16 Jan 2023 12:57:42 +0000 https://investnews.com.br/?p=419827 As ações de C&A (CEAB3) subiram 11,52% nesta segunda-feira, repercutindo a notícia de que a varejista de moda Lojas Renner (LREN3) está em negociações preliminares para a compra da empresa no Brasil. O papel LREN3 fechou em queda de 2,04%.

A informação foi publicada neste domingo (15) a coluna de Lauro Jardim no jornal “O Globo”, sem dar maiores detalhes. Nenhuma das duas companhias haviam se manifestado até a última atualização desta notícia.

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Divulgação/ site C&A

A C&A é uma das maiores redes de varejo de roupas no mundo, com ações negociadas na B3 desde 2019. É a única empresa de capital aberto do grupo no mundo. Foi fundada na Holanda em 1841 pelos irmãos Clemens e August Brenninkmeijer como uma empresa têxtil.

Rumores sobre venda

Em outubro de 2020, foi anunciado pelo jornal “Valor Econômico” que a família Brenninkmeijer, que ainda controla a marca, pretendia vender os 65,3% das ações que possuía na subsidiária no Brasil para investir em negócios na Europa.

Na ocasião, os controladores estariam sondando o mercado em busca de compradores, repetindo a saída do México e da China, já finalizada.

O valor de mercado da Renner na manhã desta segunda-feira (16) era de quase R$ 20 bilhões, enquanto a C&A valia R$ 749 milhões.

Lucro da Renner e prejuízo da C&A

No terceiro trimestre de 2022, a Lojas Renner divulgou um lucro líquido de R$ 257,9 milhões, alta de 50% em comparação ao mesmo período do ano anterior, ajudada por efeitos tributários e fiscais, enquanto o clima mais frio impactou negativamente as vendas.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado foi de R$ 459,5 milhões, crescimento de 5% ante um ano antes. O crescimento de vendas em mesmas lojas desacelerou para 7,9%, contra 39,5% no ano anterior.

Já a C&A apresentou prejuízo líquido de R$ 61,4 milhões no terceiro trimestre. O resultado reverteu um lucro líquido de R$ 243,9 milhões no mesmo período de 2021.

A companhia lembrou que, um ano antes, houve o reconhecimento de um crédito fiscal relevante (no valor de R$ 298 milhões) que resultou no lucro reportado. Se fosse excluído o efeito não recorrente, o resultado do terceiro trimestre teria sido um prejuízo de R$ 54,2 milhões. A receita líquida foi de R$ 1,4 bilhão, alta de 5,1%.

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C&A reverte lucro e tem prejuízo líquido de R$ 61,4 mi no 3º trimestre https://investnews.com.br/negocios/ca-reverte-lucro-e-tem-prejuizo-liquido-de-r-614-mi-no-3o-trimestre/ Wed, 09 Nov 2022 11:04:35 +0000 https://investnews.com.br/?p=381664 A C&A (CEAB3) apresentou prejuízo líquido de R$ 61,4 milhões no terceiro trimestre de 2022, o resultado reverteu o lucro líquido de R$ 243,9 milhões no mesmo período de 2021.

A companhia lembra, porém, que um ano atrás houve o reconhecimento de um crédito fiscal relevante (no valor de R$ 298 milhões) que resultou no lucro reportado. Se fosse excluído o efeito não recorrente, o resultado do terceiro trimestre do ano passado teria sido um prejuízo de R$ 54,2 milhões.

O Ebitda Ajustado foi de R$ 139 milhões, 61% maior do que um ano atrás. Enquanto a receita líquida foi de R$ 1,4 bilhão, com alta de 5,1%.

“Os resultados da C&A no terceiro trimestre continuam a mostrar o progresso da companhia em suas operações e sua competitividade em um ambiente macroeconômico incerto, com inflação pressionando despesas e poder de compra do consumidor”, avalia a gestão da companhia.

A receita líquida de serviços financeiros foi de R$ 73,4 milhões, aumento de 48% em relação mesmo período do ano passado.

Já o resultado financeiro foi uma despesa de R$ 101,5 milhões, 143% maior do que um ano antes, principalmente em função do aumento da despesa financeira com juros sobre empréstimos – consequência do aumento da dívida e do aumento da taxa CDI.

“Além dos juros com empréstimos, houve aumento em outras despesas financeiras refletindo o ajuste a valor presente das compras de fornecedores dado aumento na taxa Selic e a contabilização da correção monetária do valor devido ao Bradesco pela recompra do direito de ofertar crédito, que não existia no terceiro trimestre de 2021 e representou R$ 16,3 milhões”, afirma a companhia.

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Divulgação/ site C&A
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5 fatos para hoje: balanço de C&A e Aliansce; laboratório do real digital https://investnews.com.br/economia/5-fatos-para-hoje-balanco-de-c-laboratorio-do-real-digital/ Thu, 11 Aug 2022 11:01:44 +0000 https://investnews.com.br/?p=354223 1 – C&A: lucro líquido é de R$ 2,1 mi no 2º trimestre, queda de 97%

A C&A (CEAB3) reportou há pouco lucro líquido de R$ 2,1 milhões no segundo trimestre de 2022, com queda de 97% em relação ao mesmo período de 2021. O Ebitda ajustado, por sua vez foi de R$ 245,8 milhões, o que representa alta de 145,2% versus o apresentado um ano antes.

A receita líquida de mercadorias atingiu R$ 1,57 bilhão, uma alta de 38,5% em relação ao período de abril a março do ano passado e a margem bruta de mercadorias foi de 50,6%, aumento de 4,5 ponto porcentuais.

A companhia explica que a performance das vendas com margens altas fez com que o resultado operacional apresentasse recuperação. Daí a alta no Ebitda Ajustado, que teve margem de 15,1%, alta de 0,6 p.p. que levou a empresa a um patamar próximo ao pré-pandemia.

Quanto à queda do lucro líquido no período, a empresa pontua que, no consolidado do primeiro semestre, houve prejuízo de R$ 150,6 milhões, “principalmente em função de um resultado financeiro bem mais negativo do que o apresentado no mesmo período do ano anterior em função do aumento da dívida e da taxa de juros”.

2 – Aliansce Sonae tem lucro líquido de R$ 23,564 mi no 2º trimestre, recuo de 60,2%

A Aliansce Sonae (ALSO3), dona de participação em 26 shopping centers, teve lucro líquido de R$ 23,564 milhões no segundo trimestre de 2022, montante 60,2% menor que em relação ao mesmo período de 2021.

O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado somou R$ 176,278 milhões, avanço de 19,6% na mesma base de comparação anual. A margem Ebitda subiu 0,9 ponto porcentual, para 71,9%.

O FFO (lucro líquido excluindo depreciação, amortização e efeitos não caixa) ajustado atingiu R$ 107,749 milhões, crescimento de 24,7%. A margem FFO encolheu 3,7 pontos porcentuais, para 42,5%

A receita líquida totalizou R$ 245,050 milhões, alta de 18%.

A melhora nos resultados da Aliansce Sonae foi explicada pelo crescimento das vendas nos shoppings, que levaram à remoção de descontos nos aluguéis dos pontos aos lojistas, melhora na ocupação dos empreendimentos e níveis de inadimplência em baixa.

Esses fatores sustentaram a melhora no lucro apurado pelo Ebitda e pelo FFO. Já o lucro líquido encolheu influenciado pelo resultado financeiro.

O resultado financeiro (saldo entre receitas e despesas financeiras) ficou negativo em R$ 51,8 milhões, como reflexo do aumento da custo da dívida em função dos juros mais altos. Também houve queda na receita após a destinação de R$ 624 milhões para compra de ações da BRMalls, empresa com a qual a Aliansce Sonae está em processo de fusão.

As vendas nos shoppings chegaram a R$ 2,9 bilhões, alta de 46% na comparação anual e crescimento de 21% em relação ao período pré-pandemia (segundo trimestre de 2019).

As vendas nas mesmas lojas (abertas há mais de um ano) aumentaram 39,9%. Os aluguéis nas mesmas lojas subiram 38%.

A ocupação dos shoppings aumentou de 95,4% no segundo trimestre de 2021 para 96,7% no mesmo período de 2022. O custo de ocupação (medido como um porcentual das vendas dos lojistas) baixou de 11,6% para 10,5%. E a inadimplência líquida encolheu de 7,8% para 4,5%.

“Essa melhora nos resultados representa a confirmação da retomada do varejo físico. As vendas voltaram com muita relevância, com muita força”, comentou o presidente da Aliansce Sonae, Rafael Sales. “Estamos bem felizes com nosso resultado”.

Sales disse que a expectativa é positiva para o segundo semestre do varejo, de forma geral. Ele citou a revisão para cima nas previsões de crescimento da economia brasileira, o que deve se traduzir em uma performance saudável do setor.

O executivo comentou ainda que 173 novos contratos de locações foram assinados no segundo trimestre, mostrando uma boa demanda de lojistas por espaços nos shoppings. Boa parte desses contratos é de operadoras de restaurantes e praças de alimentação.

Fusão

Os acionistas da Aliansce e da BrMalls aprovaram, em junho, a combinação de negócios entre as duas empresas. A transação está em análise no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). A Bain foi contratada para atuar no processo e dar apoio ao cleam team (comitê de executivos que cuida da integração), além de realizar o cálculo de estimativa das sinergias.

3 – Disney supera Netflix em assinantes, corta previsão de clientes até 2024

netflix
Smartphone com o logotipo da Netflix é visto em um teclado na frente das palavras “Serviço de streaming” 24/03/2020 REUTERS/Dado Ruvic/

A Walt Disney (DISB34) superou o Netflix (NFLX34) com um total de 221 milhões de assinantes de streaming no final do segundo trimestre deste ano e anunciou que lançará uma opção Disney+ com publicidade em dezembro.

No trimestre recém-encerrado, a Disney adicionou 14,4 milhões de clientes ao Disney+, superando os 10 milhões esperados pelos analistas consultados pela FactSet.

Combinado com Hulu e ESPN +, a Disney disse que tinha 221,1 milhões de assinantes de streaming no trimestre encerrado em junho. A Netflix divulgou que tinha 220,7 milhões de assinantes de streaming.

A companhia, porém, reduziu sua previsão de assinantes e agora projeta entre 215 milhões e 245 milhões de clientes totais do Disney+ até o final de setembro de 2024 – de 230 milhões para 260 milhões previstos anteriormente.

O ajuste veio de expectativas reduzidas para a Índia, onde a empresa está perdendo os direitos de transmissão das partidas de críquete da Premier League indiana.

Para proteger as margens de streaming, a gigante da mídia anunciou que aumentará o preço da versão sem anúncios do Disney+ em quase 38% quando lançar uma opção com publicidade em dezembro.

O Disney+ com anúncios custará 7,99 dólares por mês, o mesmo preço que a empresa agora cobra pela versão sem anúncios, disse a Disney em comunicado nesta quarta-feira. O custo do Disney+ sem anúncios aumentará em 3 dólares por mês, para 10,99 dólares a partir de 8 de dezembro.

Os preços do Hulu, também de propriedade da Disney, aumentarão de 1 a 2 dólares por mês, dependendo do plano.

As ações da Disney, que caíram 28% este ano, subiam 4% no after-market, para 116,85 dólar.

A Disney reportou lucro por ação ajustado de 1,09 dólar, um aumento de 36% em relação ao ano anterior, com visitantes lotando seus parques temáticos. O lucro operacional mais que dobrou na divisão de parques, experiências e produtos, para 3,6 bilhões de dólares.

O esforço de streaming da Disney, porém, ainda está perdendo dinheiro, com um prejuízo de 1,1 bilhão no trimestre. Isso prejudicou a unidade de mídia e entretenimento, cujo lucro caiu 32%, para quase 1,4 bilhão de dólares.

A receita como um todo aumentou 26% ano a ano, para 21,5 bilhões de dólares. Previsões de analistas compiladas pela Refinitiv projetavam receita de 20,96 bilhões de dólares.

4 – Laboratório do Real Digital vai ser iniciado em setembro, diz BC

O coordenador do projeto do Real Digital do Banco Central, Fabio Araujo, afirmou nesta quarta-feira (10) que o laboratório do Real Digital vai ser iniciado em setembro, com previsão de duração de quatro meses. Ao final do processo, o BC espera ter produtos maduros e poder iniciar os testes com a sua CBDC (sigla em inglês para moeda digital do banco central), possivelmente com valores, grupos e regiões limitadas.

Originalmente, o laboratório do real digital estava previsto para começar no fim de março e acabar no final de julho, mas o BC decidiu suspender o cronograma devido à greve dos servidores, que começou dia 1º de abril e terminou dia 5 de julho.

Em participação no Lift Day em 22 de março, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, destacou que o laboratório do Lift Challenge, lançado em novembro do ano passado, envolve nove projetos focados em inovações relacionadas aos estudos do BC para o lançamento do Real Digital.

O presidente do BC citou ainda projetos focados em soluções de inclusão e de educação financeira por meio do Open Finance, além da proposição de novos modelos de crédito utilizando tecnologias como Machine Learning e Inteligência Artificial.

O Lift conta com projetos inovadores também em crédito rural, compra e venda de ativos utilizando a tecnologia DLT, e uso de Inteligência Artificial para prevenção a fraudes dentro do Pix.

5 – Ucrânia diz que responderá a bombardeio e promete causar mais danos à Rússia

A Ucrânia responderá ao bombardeio de uma cidade pelos russos e precisa avaliar como infligir o máximo dano possível à Rússia para encerrar a guerra rapidamente, disse o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, nesta quarta-feira (10).

A Ucrânia disse que 13 pessoas morreram e 10 ficaram feridas após a Rússia disparar foguetes contra Marhanets a partir do território de uma usina nuclear que foi capturada na região de Dnipropetrovsk.

“As forças armadas da Ucrânia, nossa inteligência e nossas agências de aplicação da lei não deixarão sem resposta o bombardeio russo de hoje na região de Dnipropetrovsk”, disse Zelenskiy em um discurso em vídeo.

O ataque, segundo ele, ressaltou a necessidade de os aliados fornecerem armas mais poderosas aos militares ucranianos.

“Quanto mais perdas os ocupantes sofrerem, mais cedo poderemos liberar nossa terra e garantir a segurança da Ucrânia”, disse.

“Isto é o que todos que defendem nosso Estado e ajudam a Ucrânia devem pensar – como infligir as maiores perdas possíveis aos ocupantes para encurtar a guerra.”

*Com informações da Reuters e Estadão Conteúdo

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Novos hábitos de consumo impulsionam corrida de varejistas por moda sustentável https://investnews.com.br/negocios/novos-habitos-de-consumo-impulsionam-varejistas-pela-moda-sustentavel/ Tue, 21 Jun 2022 08:00:00 +0000 https://investnews.com.br/?p=337770 Empresas do varejo de moda listadas na bolsa brasileira estão indo além das tendências de vestuário do momento e buscando iniciativas com foco em sustentabilidade. Para especialistas consultados pelo InvestNews, a nova geração de consumidores, mais conscientes e exigentes com seus hábitos, está por trás da motivação que levou a uma corrida de varejistas por práticas mais sustentáveis em seus negócios.

A confecção de roupas que levam em consideração os critérios ESG (ambiental, social e de governança corporativa, em português) está pautando mais as decisões de compra de consumidores preocupados com os impactos para o meio ambiente. De acordo com o levantamento “O Futuro do Comércio”, feito pela Shopify, 53% dos entrevistados preferem comprar itens que respeitem critérios de sustentabilidade e 75% estão dispostos a pagar a mais, caso as mercadorias sejam ecológicas.

Em meio a este cenário, em um país que ocupa o quinto lugar entre os maiores produtores têxteis do mundo, segundo a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção, companhias brasileiras do varejo de moda, incluindo as listadas na B3 (B3SA3), estão intensificando suas iniciativas voltadas à sustentabilidade.

Celso Funcia Lemme, professor de finanças e sustentabilidade do Coppead/UFRJ, explica que o movimento dessas empresas é relacionado ao efeito geracional. Segundo Lemme, a nova geração de consumidores pensa muito diferente nas escolhas de consumo e enxerga esta agenda como forte e que vai se fortalecer nos próximos anos.

“Moda é extremamente pessoal, ligada a valores, convicções e visões de mundo que as pessoas têm. A nova geração é importante, pois vai mandar no futuro. Quem é que quer investir em líderes do passado? Querem investir em líderes do futuro”, avalia Lemme.

Daniela Garcia, CEO do Instituto Capitalismo Consciente Brasil, cita outro fator que está impulsionado as iniciativas de varejistas de moda: grandes marcas são exemplos para outras. 

“Líderes mais conscientes do momento e das urgências atuais geram negócios com mais impacto positivo. A moda está muito aparente na mídia e isso gera também muitos comentários sobre a reputação dessas marcas”, destaca Garcia. 

O que as varejistas de moda estão fazendo?

Lojas Renner

Em sua ação mais recente, a Lojas Renner (LREN3) lançou as primeiras peças em jeans do país 100% rastreadas usando blockchain. A tecnologia permite que o consumidor faça, por meio de um QR Code impresso nas etiquetas, o acompanhamento de todo o ciclo produtivo da peça, desde o cultivo do algodão à fabricação das roupas.

As peças estão disponíveis em 12 lojas físicas em São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Bahia, Distrito federal e Pernambuco.

Até o ano de 2021, a empresa tinha o compromisso de ter 80% de produtos menos impactantes, 75% do consumo de energia de fontes de energia renovável de baixo impacto, 20% de redução das emissões absolutas de CO2 e 100% da cadeia global de revenda com certificação socioambiental.

C&A

A companhia tem uma agenda de metas a serem colocadas em prática até 2030 para intensificar suas práticas sustentáveis, como 80% das matérias-primas principais virem de origem sustentável, incluir princípio de circularidade em 50% dos produtos e substituir 50% do plástico de uso único por alternativa sustentável.

Atualmente, a C&A (CEAB3) conta com mais de 60% das suas lojas com iniciativa para o descarte adequado nas lojas de roupas que o cliente não quer mais; 90% do algodão é adquirido de fontes mais sustentáveis e está eliminando mais de 90% de substâncias nocivas não biodegradáveis da lista Detox Zero, do Greenpeace.

A varejista, que desde 2015 tem atuado no combate às mudanças climáticas, também implementou recentemente o uso da tecnologia blockchain, permitindo a integração dos seus sistemas e de seus fornecedores, fazendo com que os consumidores possam acompanhar a produção de cada peça.

Guararapes

A Guararapes (GUAR3), dona da Riachuelo, implementou o programa de monitoramento das emissões de gases do efeito estufa, com o objetivo de mapear e quantificar as emissões para reduzi-las, já que provocam o aquecimento global e, consequentemente, mudanças climáticas.

Segundo a empresa, comparando-se os anos de 2019 e 2021, as emissões totais de gases do efeito estufa de 2021 foram significativamente maiores em relação a 2019, um aumento de cerca de 20%.  Para este ano, a meta é reduzir a emissão em 30%.

Em relação ao consumo de água, em números absolutos, em 2021, houve um aumento de 28% em comparação a 2020, devido à retomada das atividades após o período crítico de pandemia. A meta da empresa é realizar, até 2025, estudos para reaproveitamento da água nas fábricas, que deverá ser implementado até 2030.

Sobre resíduos sólidos, cerca dos 58% gerados em 2021 foram encaminhados para reciclagem, reutilização ou reaproveitamento – um aumento de 8% em relação a 2020. Em números absolutos, a geração de resíduos sólidos em 2021 aumentou em 39% em comparação a 2020. 

Em 2021, as fábricas da empresa aumentaram em 408% o uso de matérias-primas mais sustentáveis em relação a 2020. Atualmente, 70% das matérias-primas são mais sustentáveis, superando a meta para 2021, que era ter 25% de matérias-primas mais sustentáveis na cadeia. 

Marisa 

A rede de moda feminina Marisa (AMAR3) lançou uma coleção de jeans sustentável, com o objetivo de reduzir o desperdício de água na indústria. Foram selecionadas peças que reduzem de 75% até 95% o consumo de água dentro dos processos de tingimento e acabamento dos tecidos, além de diminuir a utilização de matéria-prima virgem, com o uso de fibras recicladas.

Até então, por ano, a fabricante captava e aproveitava 140 milhões de litros de água da chuva, além de economizar 83 milhões de litros deste recurso nos processos de recuperação de soda e reuso da água.

A empresa também ingressou no Pacto Global da ONU Brasil, que visa mobilizar a comunidade empresarial na adoção e promoção, em suas práticas de negócios de princípios nas áreas de direitos humanos, trabalho, meio ambiente e combate à corrupção. 

Grupo Soma

A empresa, que fez fez adoção da política de sustentabialiade no ano de 2021, lançou meta de zerar até 2050 todas as emissões de gases do efeito estufa.

O Grupo Soma (SOMA3) fez o desvio de aterro sanitário de 14.800 quilos de recicláveis por mês desde a implementação da coleta seletiva e, por meio de iniciativas de circularidade, a empresa fez mais de 70 mil peças terem seu ciclo prolongado.

Impactos da indústria têxtil no meio ambiente

O planeta passa por emergências relacionadas ao clima, e a indústria da moda recebe críticas por contribuir com impactos negativos no planeta. Dentro de toda a cadeia de fornecimento deste segmento, há extração de recursos naturais, emissões tóxicas, poluição de água a água e despejo de resíduos, além dos descartes das próprias peças em si no meio ambiente.

De acordo com a Organização das Nações Unidas Meio Ambiente, a indústria da moda é o segundo que mais consome água, produz cerca de 20% das águas residuais e responde por algo entre 8 e 10% das emissões de gases de efeito estufa.

Ainda de acordo com a ONU, são perdidos cerca de US$ 500 bilhões ao ano em descarte de roupas que vão para aterros e lixões e libera 500 mil toneladas de microfibras sintéticas nos oceanos por ano.

Segundo a edição de 2021 do Índice de Transparência da Moda Brasil, que faz uma análise de 50 grandes marcas e varejistas do mercado brasileiro, se nenhuma ação adicional for tomada na próxima década, além das medidas já em vigor, as emissões de gases do efeito estufa do setor, provavelmente, aumentarão para cerca de 2,7 bilhões de toneladas por ano até 2030.

O Índice revela ainda que os avanços na transparência de questões relacionadas ao meio ambiente, por exemplo, estão aquém do necessário. Considerando as 50 companhias avaliadas no ano passado, a pontuação média geral atingiu 18%, o que representa um recuo de 3 pontos percentuais em relação ao levantamento feito em 2020. 

Roberta Negrini, CEO do Movimento Eu Visto o Bem, explica que a moda tem um cenário triste quando se fala de sustentabilidade, já que se baseia em muitos componentes naturais. 

“Espaços para agricultura, custos com cultivo do solo, consumo de água no processo produtivo. Ou seja, gastamos muito para produzir. Mesmo os tecidos mais inovadores, mais tecnológicos, também promovem danos, pois sua produção pressupõe gastos altos e sua reciclagem ainda é muito complexa”, aponta Negrini.

Daniela Garcia, CEO do Instituto Capitalismo Consciente Brasil, considera que uma marca de varejo do vestuário pode ser mais sustentável realizando o desafio do ESG em toda a sua cadeia: trazendo mais transparência aos seus processos e parâmetros, equilibrando seus custos investindo em processos mais sustentáveis e de economia circular, e trazendo mais equilíbrio no pagamento da mão de obra de forma justa.

Para Garcia, desafios como custos e rentabilidade sempre serão a base do questionamento pela mudança.

“Desafios como utilizar matéria-prima certificada, pagar de forma justa a mão-de-obra, criar projetos de reciclagem, economia circular com as peças e fazer gestão de resíduos custam mais no curto prazo, mas trarão mais valor no longo prazo. E não falamos apenas de valor financeiro, e, sim, de reputação de marca e de preservação dos recursos naturais do planeta. É fundamental que o varejo de moda pense nos parâmetros ESG e na sustentabilidade da cadeia muito urgentemente”, destaca a CEO do Instituto Capitalismo Consciente Brasil.

Empresas engajadas?

Lemme avalia que há grandes avanços feitos pelo setor nos últimos anos, mas que ainda há muitos desafios pela frente.

“O descarte da moda é um problema ambiental seríssimo, e um desafio enorme. É um setor de muita concorrência. Quando alguém dá um passo para frente, se a outra empresa demorar para dar, perde de vista. O ESG é uma tendência muito forte e o que precisa ter em mente é uma regra de transição, coordenada, regulada e incentivada. É o melhor caminho”, defende o professor.

Lemme considera ainda que a comunicação de empresas é falha em muitos aspectos e que o greewashing (anúncios sobre práticas de defesa do meio ambiente, mas que, na verdade, não são realizadas) é um problema importante que tem que ser reduzido. 

“Essas deficiências em um país que tem muitas outras como temos podem ser pontos de atenção e não de exclusão. Vamos subindo a régua gradativamente, exigindo cada vez mais, reforçando isso, combatendo comunicação distorcida e dando sinais positivos”, acredita Carlos Lemme.

Para Roberta Souza Pião, professora associada do Departamento de Engenharia de Produção da Poli-USP, já são vistas iniciativas por parte de empresas com foco na sustentabilidade, mas que ainda são ações paliativas, compensatórias de todas as penalidades geradas pela produção de roupas.

“É importante levar em conta engajamento com comunidade e mudar a lógica do fast fashion, fazer o consumidor entender que é importante consumir produtos mais duráveis. É preciso adotar  modelos de negócio que possam capturar valor, mas com noção diferente de como otimizar o uso dessas roupas, permitindo que elas tenham ciclo de vida mais longo. Isso precisa ser trabalhado com o consumidor. O varejo tem grande importância e pode ser o grande driver dessa mudança”, afirma a professora.

Negrini defende que é preciso que empresas abracem grandes desafios, mas que também gerem transformação.

“Se antigamente a grande dificuldade era construir essa cadeia de economia circular, hoje, ela já existe e pode ser usada. O que precisamos é de líderes engajados pela causa e por esse processo de transformação do setor”, diz Roberta Negrini.

Ela acredita ainda que, para um universo mais alinhado a consumo consciente e sustentabilidade, cabe a todos estimularem os consumidores a questionar preços e marcas. 

“Quando compro algo muito barato, não devia questionar onde estão os custos com impostos? Será que a mão-de-obra foi paga de forma justa, a logística de produto está inclusa nesta conta? Se esta conta não fechar, vale a pena pensar novamente, não?”, questiona a CEO do Movimento Eu Visto o Bem.

Impacto para o futuro das empresas na bolsa

Para o professor de finanças e sustentabilidade Carlos Lemme, dois fatores podem contribuir para que empresas do varejo de moda sejam notadas com outros olhos pelos investidores: cadeias de valores e benchmarking (análise da concorrência).

Lemme explica que cada uma das gigantes do varejo de moda da bolsa tem diversos outros pequenos agentes em suas cadeias produtivas. Dessa forma, avalia o professor, se boas práticas forem propagadas com inteligência e vigor, as iniciativas vão se espalhar, causando um efeito forte em cadeia.

Já no caso de benchmarking, Lemme diz que com empresas mostrando que adotar certas práticas trazem determinadas facilidades, serve como referência para outras companhias.

“Esses dois efeitos são os grandes papéis que as empresas listadas na bolsa brasileira têm. O que grandes gestores enxergam cada vez mais são companhias que têm modelos de negócios sustentáveis, de se manterem sustentáveis no futuro”, afirma o professor de finanças e sustentabilidade.

Lemme lembra que, no mercado financeiro, existe a questão de risco e retorno. Segundo ele, se a empresa não está adequada às demandas da sociedade, passa a ser vista como investimento de risco, que não recebe capital, já que, pelo dever fiduciário que o mercado financeiro tem, ele deve olhar para questões sociais e ambientais.

De acordo com o professor, ao ignorar estas questões, as empresas acabam se colocam em risco perante consumidor, reguladores, na aceitação internacional de produtos e serviço, se colocando em risco como negócio e em receber investimentos.

“O mercado de capitais é muito mais ágil que o mercado de produtos e serviços e, por isso, mais volátil. Grandes instituições, as líderes, já estão incorporando isso na agenda até mais rápido que a indústria. A mudança de portfólio financeiro é um pouco mais rápida que a mudança de um portfólio industrial. Grandes investidores estão servindo de mola, de estímulo, de incentivo para os setores produtivos. E não o contrário”, conclui Lemme.

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Balanços do 1° trimestre de 2022: veja o calendário completo https://investnews.com.br/negocios/balancos-do-1-trimestre-de-2022-veja-o-calendario-completo/ Mon, 16 May 2022 15:34:00 +0000 https://investnews.com.br/?p=321403 Confira abaixo a temporada de balanços das companhias de capital aberto referentes ao primeiro trimestre de 2021. Os números correspondem aos resultados financeiros e operacionais obtidos entre janeiro e março pelas companhias listadas na bolsa brasileira, a B3.

A divulgação dos balanços ao mercado é obrigatória a cada três meses e inclui, além de dados como resultado líquido (lucro ou prejuízo), indicadores de receita, endividamento, despesas e pagamento de dividendos ou Juros sobre Capital Próprio (quando a companhia opta por distribuir seu lucro entre os acionistas).

Estes dados são um termômetro importante para nortear o investidor sobre perspectivas futuras da empresa. Portanto, quando o resultado de uma companhia surpreende de forma positiva ou negativa, é comum ver oscilações de curto prazo nas ações destas empresas. Acompanhe abaixo o calendário de divulgação:

Abril     

Dia 20

Veja o balanço da Usiminas (USIM3, USIM5)

Dia 26

Veja o balanço do Santander Brasil (SANB11)

Romi (ROMI3)  

Neoenergia (NEOE3)   

TIM (TIMS3)     

Dia 27

Odontoprev (ODPV3)   

Veja o balanço da Vale (VALE3)    

Dexco (DXCO3)

WEG (WEGE3)

Dia 28

Log (LOGG3)

Multiplan (MULT3)

Veja o balanço da Gol (GOLL4)

Hypera HYPE3)

Veja o balanço da Isa CTEEP (TRPL3; TRPL4)              

Grendene (GRND3)                     

Veja o balanço da Embraer (EMBR3)         

Dia 29

Irani (RANI3)

Maio

Dia 02

Lojas Quero-Quero (LJQQ3)      

Neogrid (NGRD3)          

Veja o balanço da Petro Rio (PRIO3)                          

Movida (MOVI3)           

Veja o balanço da Localiza (RENT3)            

Intelbras (INTB3)                         

Grupo SBF (SBFG3)       

Marcopolo (POMO3; POMO4)  

Pague Menos (PGMN3)

Dia 03  

Veja o balanço da Copasa (CSMG3)

Veja balanço da JSL (JSLG3)        

Veja balanço da Cielo (CIEL3)                    

Vulcabrás (VULC3)                      

Veja o balanço da Klabin (KLBN11/KLBN3/KLBN4)

Tegma (TGMA3)            

3R Petroleum (RRRP3)  

Veja o balanço de Raia Drogasil (RADL3)              

Cesp (CESP3 CESP5 CESP6)

Veja o balanço de Iguatemi (IGTA3)           

Brasilagro (AGRO3)       

Veja balanço da Marfrig (MRFG3) 

Dia 04

Veja o balanço da Suzano (SUZB3)

Veja o balanço da CSN (CSNA3)

CSN Mineração (CMIN3)            

Veja o balanço da Totvs (TOTS3)                 

EDP Brasil (ENBR3)                      

Veja o balanço do Grupo Pão de Açúcar (PCAR3)   

Veja o balanço da BRF (BRFS3)       

Dia 05

Veja o balanço da Ambev (ABEV3)

Veja o balanço do Banco Pan (BPAN4)       

Veja o balanço de Bradesco (BBDC4; BBDC3)          

BR Properties (BRPR3)  

Alpargatas (ALPA3/ALPA4)                      

BR Partners (BRBI11)    

Tenda (TEND3)              

  Veja o balanço da C&A (CEAB3)    

Arezzo (ARZZ3)

Ecorodovias (ECOR3)    

Veja o balanço de Carrefour Brasil (CRFB3)             

JHSF (JHSF3)     

Rumo (RAIL3)   

Veja o balanço de Fleury (FLRY3)                 

Veja o balanço da Gerdau (GGBR3/GGBR4)                          

Gerdau Metalúrgica (GOAU3/GOAU4)  

Veja o balanço da Petrobras (PETR3; PETR4)          

Veja o balanço da AES Brasil (AESB3)          

Veja o balanço da Engie Brasil (EGIE3)

Sanepar (SAPR11 SAPR3 SAPR4)

Dia 06  

Veja o balanço da Natura (NTCO3)   

Porto Seguro (PSSA3)                 

Veja o balanço da Sabesp (SBSP3)   

Dia 07

Camil (CAML3) 

Dia 08

São Martinho (SMTO3)

Dia 09

Veja o balanço da Azul (AZUL4)    

BB Seguridade (BBSE3)              

Veja o balanço do Itaú Unibanco (ITUB3; ITUB4)        

Veja o balanço do BTG Pactual (BPAC11)              

Viveo (VVEO3) 

Direcional (DIRR3)         

Technos (TECN3)                         

Caixa Seguridade (CXSE3)          

Lojas Marisa (AMAR3)  

Blau Farmacêutica (BLAU3)                     

Mitre (MTRE3)

Veja balanço de Assaí (ASAI3)     

DIMED (PNVL3 PNVL4) 

3Tentos (TTEN3)            

CBA (CBAV3)                  

TERRASANTAPA (TESA3)

Dia 10                

CSU Cardsystem (CARD3)          

 Log-In (LOGN3)             

Intermedica (GNDI3)    

Valid (VLID3)    

Banco ABC Brasil (ABCB4)          

Veja balanço da CVC (CVCB3)                   

Vivara (VIVA3)               

Cury Construtora (CURY3)         

Eternit (ETER3)

Taurus Armas (TASA3 TASA4)   

Veja balanço da Telefônica Brasil (VIVT3)

PetroRecôncavo (RECV3)                         

São Carlos (SCAR3)                      

Veja balanço da Méliuz (CASH3)

Alupar (ALUP11/ALUP3/ALUP4)

Veja balanço da Qualicorp (QUAL3)         

Nutriplant (NUTR3)                     

Mobly (MBLY3)

Armac (ARML3)

Dia 11

Iochpe-Maxion (MYPK3)                          

Estapar (ALPK3)

Moura Dubeux (MDNE3)           

RNI (RDNI3)

Lavvi Empreendimentos (LAVV3)           

Sequóia Logística (SEQL3)                        

Kora Saúde (KRSA3)

Santos Brasil (STBP3)    

Veja balanço do Banco do Brasil (BBAS3)             

Mahle (LEVE3)               

SLC Agrícola (SLCE3)     

Mills (MILS3)    

Banco Pine (PINE3 PINE4)          

Aliansce Sonae (ALSO3)

d1000 (DMVF3)

MRV (MRVE3)  

Profarma (PFRM3)        

Rossi Residencial (RSID3)           

Alliar (AALR3)

Helbor (HBOR3)

Hospital Mater Dei (MATD3)    

Taesa (TAEE11 TAEE3 TAEE4)    

Veja balanço da Copel (CPLE3 e CPLE6)        

Positivo Tecnologia (POSI3)       

Veja balanço da Ultrapar (UGPA3)           

Veja balanço da Minerva (BEEF11; BEEF3)            

Veja balanço da SulAmérica (SULA3)                 

Fras-le (FRAS3)

Equatorial (EQTL3)        

Veja balanço da Locaweb (LWSA3)

Unifique (FIQE3)            

Veja balanço da Braskem (BRMK3; BRMK5)                        

Light (LIGT3)     

Veja balanço da JBS (JBSS3)         

Lopes (LPSB3)

TC Traders Club (TRAD3)            

Eletromidia (ELMD3)    

Agrogalaxy (AGXY3)      

Dexxos Participações (DEXP3)   

Vittia (VITT3)    

Veja balanço da Raizen (RAIZ4)

Jalles Machado (JALL3)

Dia 12  

Restoque (LLIS3)            

Veja balanço da Yduqs (YDUQ3)

Ferbasa (FESA3/FESA4)              

Grupo GPS (GGPS3)      

Hermes Pardini (PARD3)            

Veja balanço de Magazine Luiza (MGLU3)         

SmartFit (SMFT3)

Dasa (DASA3)   

Grupo Soma (SOMA3)  

Unicasa (UCAS3)            

Grupo Mateus (GMAT3)            

BBM Logística (BBML3)

Banco Banrisul (BRSR3 BRSR5 BRSR6)                 

Trisul (TRIS3)    

Brisanet (BRIT3)                          

Bemobi (BMOB3)                        

Veja balanço da Aeris (AERI3)     

Banco BMG (BMGB3)

Enauta (ENAT3)

Veja balanço da Sinqia (SQIA3)   

Veja balanço da B3 (B3SA3)        

BR Malls (BRML3)          

Veja balanço da Cyrela Realty (CYRE3)   

Veja balanço da Energisa (ENGI11 ENGI3 ENGI4)              

Veja balanço da Eztec (EZTC3)    

Veja o balanço de Lojas Renner (LREN3)   

Plano & Plano (PLPL3)  

Portobello (PTBL3)        

Enjoei (ENJU3)

Infracommerce (IFCM3)             

Balanço da CPFL (CPFE3)     

Eneva (ENEV3) 

Banco Modal (MODL11)            

Even (EVEN3)

Melnick (MELK3)                         

Track & Field (TFCO4)                 

Springs (SGPS3)

Dotz (DOTZ3)                 

Burger King Brasil (BKBR3)         

Veja balanço da Americanas (AMER3)   

Ouro Fino (OFSA3)        

Randon Part (RAPT3 RAPT4)      

Simpar (SIMH3)              

Veja balanço da CCR (CCRO3)    

Bradespar (BRAP3 BRAP4)                       

Alper (APER3)                

Focus Energia (POWE3)

Veja balanço da Multilaser (MLAS3)      

Tecnisa (TCSA3)             

Time For Fun (SHOW3)              

Triunfo (TPIS3)               

Veja balanço da Cogna (COGN3)

Anima (ANIM3)

Boa Vista (BOAS3)         

Mosaico (MOSI3)          

Tupy (TUPY3)                 

Alphaville (AVLL3)         

Oi (OIBR3/OIBR4)                       

Resultado da Rede D’or (RDOR3)           

VIVER Construtora (VIVR3)                      

Brasil Brokers (BBRK3) 

IMC (MEAL3)    

Priner (PRNR3) 

Quality Soft (QUSW3)   

Ambipar (AMBP3)         

Petz (PETZ3)                   

B2W (BTOW3 AMER3)               

Allied (ALLD3)                

CEEE-T (EEEL3)               

Padtec (PDTC3)

Stara (STTR3)                 

Syn Prop Tec (SYNE3)   

Veja balanço da VIA (VIIA3)   

Veja balanço da Vibra (VBBR3)  

Dia 13

Unidas (LCAM3)             

Celesc (CLSC3/CLSC4)   

Vamos (VAMO3)                         

BRQ Informática (BRQB3)          

Veja balanço da Cosan (CSAN3)                

Banco Mercantil (BMEB3 BMEB4)                        

M.Dias Branco (MDIA3)              

Lupatech (LUPA11 LUPA3)                       

Oceanpact (OPCT3)

Metalfrio (FRIO3)

BIOMM (BIOM3)           

Ser Educacional (SEER3)             

Heringer (FHER3)          

OSX Brasil (OSXB3)                      

Copasa (CSMG3)           

Inter Construtora (INNT3)         

Veja balanço da Cemig (CMIG3/CMIG4)              

PDG Realty (PDGR3)     

Pomifrutas (FRTA3)       

Eucatex (EUCA3 EUCA4)             

Igua Saneamento (IGSN3)          

Saraiva (SLED3/SLED4)               

Renova (RNEW11 RNEW3 RNEW4)        

Melhoramentos (MSPA3/MSPA4)          

          

Terra Santa (TESA3)      

Dia 14

Cinesystem (CNSY3)     

Dia 15

Veja balanço do Nubank (NUBR33)

Dia 16

Veja balanço de Hapvida (HAPV3)

Veja balanço de Itaúsa (ITSA3; ITSA4)      

Gafisa (GFSA3) 

Banco Inter (BIDI11 BIDI4 BIDI3)            

Veja balanço da Eletrobras (ELET3; ELET6)             

Hidrovias do Brasil (HBSA3)       

Veja balanço de IRB Brasil (IRBR3)  

Clearsale (CLSA3)          

Atma Participações (ATMP3)    

Espaçolaser (ESPA3)     

GetNinjas (NINJ3)                        

HBR Realty (HBRE3)      

Oncoclínicas (ONCO3)                

Boa Safra (SOJA3)         

Cruzeiro do Sul (CSED3)

Orizon (ORVR3)

 Bahema Educação (BAHI3)       

Banco de Brasília (BSLI3/BSLI4)

Desktop (DESK3)                         

Omega Energia (MEGA3)

Veja também

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