Criptomoedas – InvestNews https://investnews.com.br Sua dose diária de inteligência financeira Fri, 22 Nov 2024 17:13:28 +0000 pt-BR hourly 1 https://investnews.com.br/wp-content/uploads/2024/03/favicon-96x96.ico Criptomoedas – InvestNews https://investnews.com.br 32 32 Mastercard e JP Morgan se unem para facilitar pagamento internacional entre empresas usando blockchain https://investnews.com.br/negocios/mastercard-e-jp-morgan-se-unem-para-facilitar-pagamento-internacional-entre-empresas-usando-blockchain/ Fri, 22 Nov 2024 16:28:50 +0000 https://investnews.com.br/?p=632538 A gigante de cartões Mastercard e o banco JP Morgan anunciaram na quinta-feira (21) uma parceria para facilitar pagamentos internacionais entre empresas, com um modelo que utiliza blockchain para reduzir os custos das operações e torná-las mais rápidas.

A operação vai unir soluções individuais que cada empresa já desenvolveu: a Mastercard vai conectar seu sistema baseado em blockchain para transferência de ativos, o Multi-Token Network (MTN), ao negócio de ativos digitais do JP chamado de Kinexys.

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Em nota, as duas empresas explicaram que a parceria visa aprimorar os pagamentos internacionais B2B, ou seja, entre empresas, “fornecendo maior transparência e liquidação mais rápida, bem como redução do atrito do fuso horário”.

Segundo as companhias, tanto o MTN quanto o Kinexys já fornecem soluções projetadas para melhorar a eficiência de transações comerciais. Elas têm o intuito de melhorar as experiências de pagamento transfronteiriços, fornecendo maior transparência e liquidação mais rápida.

Blockchain é uma tecnologia de registro distribuído que funciona como um livro-razão público, compartilhado e imutável. Surgiu junto com o Bitcoin, mas não precisa de criptomoedas para funcionar. Como principais vantagens, a tecnologia dá mais segurança e transparência para operações registradas nela.

Atualmente, o principal modelo usado para esse tipo de transferência é o SWIFT (sigla para Society for Worldwide Interbank Financial Telecommunication, ou Sociedade de Telecomunicações Financeiras Interbancárias Mundiais, em tradução livre), uma cooperativa que reúne mais de 11 mil instituições financeiras em cerca de 200 países para facilitar operações que ocorram entre fronteiras.

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Apesar de ter agilizado as transferências após sua criação, em 1973, o SWIFT ainda é um modelo que depende de várias etapas e agentes. Em resumo, quando uma empresa precisa transferir dinheiro para uma companhia em outro país, ela precisa passar ao banco o código SWIFT, que tem entre oito e onze caracteres, e o número da conta internacional, com 34 dígitos.

O banco de onde partirá o pagamento envia uma mensagem para a instituição que irá receber o pagamento com todas essas informações. O banco receptor então autoriza a transferência e uma terceira entidade (normalmente um banco ou corretora) realiza o pagamento. O SWIFT, portanto, transfere apenas dados, e não valores.

Agora, com a parceria entre Mastercard e JPMorgan, os clientes poderão liquidar transações comerciais por meio de uma única integração de sistema, reduzindo riscos de erros nas operações, além de torná-las ainda mais rápidas.

“Ao unir o poder e a conectividade da MTN da Mastercard com os Pagamentos Digitais da Kinexys, estamos desbloqueando maior velocidade e capacidades de liquidação para toda a cadeia de valor. Estamos entusiasmados com essa integração e os novos casos de uso que ela dará vida”, disse Raj Dhamodharan, vice-presidente executivo de Blockchain e Ativos Digitais da Mastercard.

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Passou raspando: Bitcoin chega muito perto dos US$ 100 mil, mas alta perde força https://investnews.com.br/financas/passou-raspando-bitcoin-chega-muito-perto-dos-us-100-mil-mas-alta-perde-forca/ Fri, 22 Nov 2024 13:06:53 +0000 https://investnews.com.br/?p=632463 Ilustração Colagem Bitcoin
Ilustração: João Brito

O Bitcoin (BTC) manteve os ganhos nas últimas horas e chegou a superar a marca de US$ 99 mil. O impulso veio após a notícia de que Gary Gensler, atual presidente da Securities and Exchange Commission (SEC), a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos, deixará o cargo em janeiro.

Apesar de atingir uma nova máxima histórica de US$ 99.486,10, a maior criptomoeda do mundo não conseguiu sustentar o patamar. O rompimento do tão aguardado nível de US$ 100 mil ainda não veio, mas pode ocorrer em breve.

Por volta das 9h30 (horário de Brasília) desta sexta-feira (22), o Bitcoin tinha valorização de 1,0%, cotado a US$ 98.799,90, segundo dados do site CoinGecko.

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Gensler é tido como um adversário do setor cripto. Ele processou diversas empresas e defende que praticamente todas as criptomoedas, com exceção do Bitcoin, são valores mobiliários não registrados.

Além disso, o presidente da SEC atrasou o máximo possível a aprovação dos fundos negociados em bolsa (ETFs) de Bitcoin e Ethereum. E, mesmo após a liberação, fez questão de deixar claro que ele era contra o lançamento desses produtos.

Durante sua campanha presidencial, Donald Trump afirmou que trabalharia para que Gensler deixasse o comando do órgão regulador. Ontem, o executivo anunciou que deixará a SEC no em 20 de janeiro de 2025, dia da posse de Trump como presidente dos EUA.

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Agora a expectativa é que o republicano escolha alguém favorável à indústria de criptomoedas para comandar a SEC, o que traz ânimo aos investidores diante da possibilidade de que a atuação de empresas do setor seja facilitada e produtos voltados para moedas digitais tenham mais chances de aprovação.

Apesar disso, segue uma apreensão no mercado sobre quando o Bitcoin conseguirá quebrar a marca dos US$ 100 mil. “Continuamos a ver uma forte demanda por BTC juntamente com mais flexibilização da política monetária pelos bancos centrais globais, o que nos diz que os preços do Bitcoin provavelmente seguirão sustentados à medida que nos aproximamos do fim do ano”, disse a empresa cripto QCP Capital em relatório nesta sexta.

Altcoins em forte alta

Enquanto isso, as altcoins (criptomoedas que não são o Bitcoin) começaram a ganhar força na tarde de quinta, com diversas delas atingindo marcos importantes.

O destaque fica para a Solana (SOL), terceira maior criptomoeda em valor de mercado, que sobe 7,8% nesta manhã e atinge o patamar de US$ 259,34, após chegar a US$ 263,70 mais cedo, marcando sua máxima histórica.

Já o Ethereum (ETH) tem alta de 5,2%, cotado a US$ 3.341,53, próximo de seu maior nível desde julho deste ano. Com a valorização, o mercado total de criptomoedas atinge o valor de US$ 3,44 trilhões.

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Bitcoin mantém ‘rali Trump’ e pode alcançar os US$ 100 mil em breve https://investnews.com.br/financas/bitcoin-mantem-rali-trump-e-pode-alcancar-os-us-100-mil-em-breve/ Thu, 21 Nov 2024 12:52:08 +0000 https://investnews.com.br/?p=631922 Ilustração Colagem Bitcoin
Ilustração Colagem Bitcoin

O rali do Bitcoin (BTC) tem continuidade nesta quinta-feira (21) sem dar sinais de perda de força. A maior criptomoeda do mundo chegou ao nível de US$ 98 mil e marcou mais uma máxima histórica, agora a apenas 2% do nível simbólico dos US$ 100 mil.

Por volta das 9h (horário de Brasília), o Bitcoin registrava valorização de 4,8% no acumulado de 24 horas, cotado a US$ 98.182,80, segundo dados do site CoinGecko. Com isso, a moeda digital agora chega a um valor de mercado total de US$ 1,935 trilhão.

Nos últimos 14 dias, os ganhos da criptomoeda chegam a 30%, impulsionados pela eleição de Donald Trump para presidente dos Estados Unidos. Durante a campanha, o republicano se declarou apoiador do Bitcoin e fez diversas promessas que podem favorecer a indústria cripto, o que tem levado otimismo para o setor.

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Este movimento de alta com a eleição tem sido chamado no mercado de “Trump Trade”, em que traders estão antecipando as compras de Bitcoin no aguardo pela posse do republicano em janeiro e os anúncios de suas primeiras medidas.

Segundo informações da Bloomberg, a equipe de transição de Trump começou discussões sobre a criação de um posto na Casa Branca dedicado à política de ativos digitais. O setor promove a ideia de que a posição — a primeira do tipo nos EUA — teria acesso direto ao presidente eleito.

Além disso, ontem, o portal CoinDesk, citando fontes, relatou que a equipe de transição de Trump está considerando Teresa Goody Guillén, sócia e chefe da equipe de blockchain do escritório de advocacia BakerHostetler, para assumir a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC).

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Atual comandante da SEC, Gary Gensler é considerado um dos maiores entraves para o crescimento das criptomoedas nos EUA. Além de dificultar a atuação de empresas do setor com processos e regulações prejudiciais, Gensler travou uma batalha de anos para evitar que fossem lançados fundos negociados em bolsa (ETFs) de Bitcoin no país. Guillén, por outro lado, é tida como favorável ao setor.

Outro fator que tem animado os investidores cripto é o ciclo de corte de juros nos EUA iniciado pelo Federal Reserve em setembro. Taxas mais baixas reduzem a rentabilidade dos títulos do Tesouro americano, favorecendo ativos de maior risco, como ações e criptomoedas.

Além disso, nos últimos dois dias em particular, o Bitcoin ganhou um novo ímpeto com o lançamento das opções do ETF de Bitcoin da BlackRock, o iShares Bitcoin Trust ETF (IBIT), que registraram um volume de US$ 1,9 bilhão em seu dia de estreia, na terça-feira (19), segundo dados da Bloomberg Intelligence.

Entre as outras criptomoedas, o dia é de maior otimismo, acompanhando a alta do Bitcoin. Nesta manhã, o Ethereum (ETH), segunda maior criptomoeda do mundo, registra valorização de 3,3%, cotada a US$ 3.201,68, enquanto a Solana (SOL) sobe 2,0%, ao preço de US$ 241,93.

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ETF de Bitcoin da BlackRock já supera em US$ 10 bilhões o ETF de ouro https://investnews.com.br/financas/etf-de-bitcoin-da-blackrock-ja-supera-em-us-10-bilhoes-o-etf-de-ouro/ Thu, 21 Nov 2024 10:00:00 +0000 https://investnews.com.br/?p=631539 Com apenas dez meses de existência, o ETF de Bitcoin à vista da BlackRock, o iShares Bitcoin Trust (IBIT), já atingiu a marca de US$ 40 bilhões em ativos sob gestão (AUM na sigla em inglês). Assim, tornou-se o maior que o ETF de ouro da gestora, o iShares Gold Trust (IAU).

A virada aconteceu no dia 8 de novembro. Desde então, o ETF de Bitcoin seguiu com forte captação e alcanço US$ 43,03 bilhões sob gestão. na última terça-feira (19) sob gestão, mais de US$ 10 bilhões acima do ETF de ouro, com US$ 32,67 bilhões de AUM.

Sob o efeito da onda de otimismo que tomou conta do mercado de criptomoedas após a eleição de Donald Trump para presidente dos Estados Unidos, o IBIT registrou uma grande entrada de recursos ao longo de novembro. Foi nesse período que o Bitcoin (BTC) atingiu sua máxima histórica de mais de US$ 93.000,00.

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É comum no mercado que o Bitcoin seja comparado com o ouro – tanto é que ele é chamado por muitos de “ouro digital”. Isso tem a ver, principalmente, com a ideia de escassez que existe por trás dos dois ativos: enquanto o ouro teria uma quantidade finita a ser extraída no mundo, o Bitcoin tem um limite de 21 milhões de unidades que serão emitidas.

Essa tese tem sido defendida por Larry Fink, CEO da BlackRock. Ele afirmou em entrevista ao canal americano CNBC em julho deste ano que tinha uma “opinião errada” sobre o Bitcoin. E reconhecey que a criptomoeda é um “instrumento financeiro legítimo” e seria como um “ouro digital”.

Ainda em 2023, Fink já havia dito que o Bitcoin tem o papel de “digitalizar o ouro”, sendo uma alternativa de investimento de proteção contra a inflação e desvalorização de moedas.

Bitcoin entre os ativos mais valiosos do mundo

O recente rali fez o Bitcoin subir para o grupo dos dez maiores ativos mais valiosos do mundo, acima de outro metal: a prata, segundo o site CompaniesMarketCap.

Até terça-feira, o Bitcoin tinha um valor de mercado de US$ 1,85 trilhão, ficando em sétimo lugar, enquanto a prata possuía uma capitalização de US$ 1,76 trilhão, na nona colocação, ambas à frente da Meta, empresa dona do Facebook, Instagram e WhatsApp, quando comparadas com as maiores empresas do mundo.

A capitalização atual do Bitcoin o coloca par a par com a Saudi Aramco, a maior petroleira do mundo, que agora está na oitava posição entre os ativos mais valiosos. Atualmente a empresa vale US$ 1,80 trilhão.

Lideram o ranking de ativos mais valiosos do mundo o ouro (US$ 17,69 trilhões), Nvidia (US$ 3,64 tri), Apple (US$ 3,46 tri), Microsoft (US$ 3,09 tri) e Amazon (US$ 2,15 tri).

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Bitcoin sobe e atinge nova máxima histórica de US$ 94 mil após estreia de opções do ETF da BlackRock https://investnews.com.br/financas/bitcoin-sobe-e-atinge-nova-maxima-historica-de-us-94-mil-apos-estreia-de-opcoes-do-etf-da-blackrock/ Wed, 20 Nov 2024 12:30:52 +0000 https://investnews.com.br/?p=631750 O Bitcoin (BTC) segue sua trajetória de alta nesta quarta-feira (20) e opera acima do patamar de US$ 93.000,00, após chegar a atingir uma nova máxima histórica na tarde de terça (19), puxado pela estreia das opções do fundo negociado em bolsa (ETF) de Bitcoin à vista da BlackRock.

Por volta das 9h (horário de Brasília), a maior criptomoeda do mundo registrava valorização de 1,7% no acumulado de 24 horas, cotada a US$ 93.577,33, segundo dados do site CoinGecko. Ontem, o Bitcoin chegou a valer US$ 94.040,99, marcando assim seu novo maior preço da história.

O mercado tem registrado grande euforia desde a eleição de Donald Trump para presidente dos Estados Unidos em 5 de novembro, já que durante toda sua campanha ele se mostrou apoiador das criptomoedas e fez diversas promessas que podem ajudar a tornar a maior economia do mundo mais favorável à indústria cripto.

Desde a eleição, o Bitcoin já subiu mais de 26%, enquanto no acumulado de 2024 os ganhos estão na casa de 150%. Investidores agora estão atentos ao rompimento do patamar simbólico dos US$ 100.000,00, que tem sido um alvo para o mercado há anos.

Parte da nova alta registrada pelo Bitcoin se dá pelo lançamento das opções do ETF de Bitcoin da BlackRock, o iShares Bitcoin Trust ETF (IBIT), que estrearam ontem e já tiveram um volume de US$ 1,9 bilhão, segundo dados da Bloomberg Intelligence.

Foram negociados 354 mil contratos, sendo 289 mil opções de compra (calls), quando se aposta na alta do ativo, e 65 mil opções de venda (puts), quando se aposta na queda.

Opções são derivativos que permitem que investidores comprem ou vendam um determinado ativo — o IBIT neste caso — a um preço predeterminado dentro de um período especificado, seja para apostar na alta ou na baixa desse ativo.

Seguindo o sucesso das opções do IBIT, a gestora Grayscale Investments anunciou que a partir desta quarta-feira também terá opções dos seus dois ETFs de Bitcoin, o Grayscale Bitcoin Trust (GBTC) e Bitcoin Mini Trust (BTC).

Apesar da nova alta do Bitcoin, o resto do mercado de criptomoedas não acompanha o movimento. Nesta manhã, o Ethereum (ETH), segunda maior criptomoeda do mundo, registra queda de 1,1%, cotada a US$ 3.101,56, enquanto a Solana (SOL) recua 3,8%, ao preço de US$ 237,54.

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Opções do ETF de Bitcoin da BlackRock começam a ser negociadas na Nasdaq https://investnews.com.br/financas/opcoes-do-etf-de-bitcoin-da-blackrock-comecam-a-ser-negociadas-na-nasdaq/ Tue, 19 Nov 2024 20:29:31 +0000 https://investnews.com.br/?p=631434 Começaram a ser negociadas na Nasdaq nesta terça-feira (19) as opções do fundo ETF de Bitcoin à vista da BlackRock, o iShares Bitcoin Trust ETF (IBIT). Com isso, investidores poderão usar derivativos para apostar a favor ou contra a maior criptomoeda do mundo.

A Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) já havia aprovado a listagem de opções para ETFs de Bitcoin à vista no mês passado. Mas ainda faltava a liberação da Options Clearing Corporation (OCC) para que o produto pudesse ser disponibilizado para negociação. O sinal verde veio na última segunda-feira (18).

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Opções são derivativos que permitem que investidores comprem ou vendam um determinado ativo — o IBIT neste caso — a um preço predeterminado dentro de um período especificado, seja para apostar na alta ou na baixa desse ativo. Funciona mais ou menos assim: o investidor compra a opção de comprar ou vender um ativo no futuro, a um determinado preço. E ele poderá exercer essa opção – ou não – lá na frente, a depender da evolução do preço.

Na prática, a opção aumenta o potencial de ganho e, portanto, também eleva o risco. Por isso, a estratégia é bastante usada por traders, pois permite que eles façam apostas alavancadas, mas também protejam outras posições em carteira ao se posicionarem de formas diferentes sobre cada ativo.

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“Colocar essas opções de IBIT no mercado será muito empolgante para os investidores, porque é isso que realmente ouvimos eles pedirem”, disse Alison Hennessy, chefe de listagens de ETP na Nasdaq para a Bloomberg TV.

Hennessy diz que a Nasdaq e a BlackRock têm trabalhado com reguladores há mais de 10 meses para fazer isso acontecer.

O iShares Bitcoin Trust ETF (IBIT) já acumulou mais de US$ 43 bilhões em ativos sob gestão desde seu lançamento, em janeiro deste ano, superando inclusive o ETF de ouro da gestora, que possui US$ 32,6 bilhões.

Ter opções de um ETF expande as possibilidades de negociação do fundo, direcionando volumes e mais ativos para o produto, disse Eric Balchunas, analista de ETFs da Bloomberg Intelligence.

“Esse grupo de ETFs não precisava disso. Eles são bem-sucedidos por mérito próprio. Mas isso é um grande vento favorável para uma situação já gigante”, afirmou ele.

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Bitcoin se mantém acima de US$ 91 mil, mas há risco de correção à frente https://investnews.com.br/financas/bitcoin-tem-alta-e-se-mantem-acima-de-us-91-mil-com-atencao-ao-cenario-macroeconomico/ Tue, 19 Nov 2024 13:06:04 +0000 https://investnews.com.br/?p=631270 O Bitcoin (BTC) opera em torno de US$ 91.000,00 nesta terça-feira (19). O ativo reduziu a volatilidade nos últimos dias, depois da euforia que tomou conta do mercado de criptomoedas com a eleição de Donald Trump para presidente dos Estados Unidos em 5 de novembro. Agora, investidores ficam atentos aos próximos sinais que podem destravar os preços das moedas digitais.

Depois de chegar a US$ 93.434,00 – sua atual máxima histórica – no dia 13 de novembro, o Bitcoin chegou a cair até os US$ 87.000,00 antes de ganhar certa estabilidade. Desde a última sexta-feira, a maior criptomoeda do mundo tem oscilado entre US$ 89.000,00 e US$ 92.000,00.

Por volta das 9h (horário de Brasília), o Bitcoin registrava alta de 1,7% no acumulado de 24 horas, cotado a US$ 91.735,00.

Apesar de muitos defensores apontarem o Bitcoin como um ativo descorrelacionado com a economia tradicional, ou seja, com uma dinâmica descolada dos fatores que impactam os ativos financeiros, o que se tem visto é o exato oposto. E, neste momento, investidores estão atentos aos próximos passos do Federal Reserve, o Banco Central dos EUA.

Após dois cortes de juros, em setembro e novembro, diretores do BC americano começaram a sinalizar que não têm pressa para continuar a redução das taxas no país. Juros mais baixos reduzem o retorno de títulos do Tesouro, tornando assim ativos de maior risco, como criptomoedas, mais atrativos para os investidores, por isso taxas mais baixas costumam ser positivas para o setor cripto.

Segundo Ana de Mattos, analista da Ripio, após atingir sua máxima, o Bitcoin iniciou um movimento de lateralização de topo e vê um risco de que a criptomoeda passe por uma correção e recue para níveis abaixo de US$ 86.720,00 que caso se concretize pode levar a moeda digital para menos de US$ 82.000,00.

Por outro lado, se entrar um fluxo comprador que sustente os preços acima da atual máxima histórica, o preço do Bitcoin poderá atingir patamares ainda maiores, buscando as faixas de US$ 100.000,00 a US$ 105.000,00.

Nesta terça também tem início, na Nasdaq, das negociações de opções do fundo negociado em bolsa (ETF) de Bitcoin da BlackRock. Esse novo produto permite que investidores façam operações com derivativos para apostar a favor ou contra a criptomoeda. Segundo Eric Balchunas, analista de ETF da Bloomberg Intelligence, isso tende a trazer mais volume para o mercado, o que pode dar um novo empurrão nos preços.

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Bitcoin se recupera da maior ressaca de tokens desde as eleições nos EUA https://investnews.com.br/financas/bitcoin-se-recupera-do-maior-ressaca-de-tokens-desde-as-eleicoes-nos-eua/ Mon, 18 Nov 2024 11:39:21 +0000 https://investnews.com.br/?p=630927 Moedas Bitcoin
Crédito: Adobe Stock Photo

O Bitcoin se recuperou de seu maior recuo em dois dias desde a eleição nos EUA, em uma negociação instável que reflete as reavaliações do impacto da agenda política do presidente eleito Donald Trump.

O ativo digital caiu quase 3% no sábado e no domingo, antes de voltar a subir para US$ 92.215 por volta de 10h30 desta segunda-feira (18). Trump fez várias promessas pró-criptoativos, mas há questões em aberto sobre o cronograma de implementação e se todas são viáveis – como a criação de um estoque de Bitcoin nos EUA.

O Bitcoin ficou “superaquecido” após um avanço recorde registrado desde o dia da eleição em 5 de novembro, e “muitas boas notícias foram incorporadas ao preço”, escreveu o analista de mercado da IG Australia Pty, Tony Sycamore, em uma nota.

Riscos de inflação

Embora a postura favorável aos negócios de Trump tenha animado os investidores em ações e criptomoedas dos EUA, parte do otimismo está sendo atenuada pelos riscos de inflação decorrentes da perspectiva de tarifas comerciais e gastos para financiar cortes de impostos.

Os investidores estão reduzindo as expectativas de cortes nas taxas de juros do Federal Reserve em uma economia sólida dos EUA, um possível obstáculo para as criptomoedas, já que as condições de liquidez podem influenciar a demanda especulativa por tokens digitais.

Trump prometeu criar uma estrutura regulatória amigável para ativos digitais, estabelecer um estoque estratégico de Bitcoin e tornar os EUA o centro global do setor. Antes cético em relação às criptomoedas, o presidente eleito mudou de rumo depois que as empresas de ativos digitais gastaram muito durante a campanha eleitoral para promover seus interesses.

Mudança na regulamentação

“A legislação de criptografia pode ser aprovada em breve sob o governo Trump, estimulando uma mudança da regulamentação por aplicação para uma abordagem mais colaborativa”, escreveram os estrategistas do JPMorgan Chase & Co. liderados por Nikolaos Panigirtzoglou em nota.

Os bancos poderiam ter um escopo maior para se envolver com ativos digitais, disse a equipe, e os mercados estão mais esperançosos quanto à aprovação de fundos negociados em bolsa de criptomoedas que investem em tokens que não sejam apenas os dois principais, Bitcoin e Ether.

A clareza regulatória seria um vento favorável para investimentos de capital de risco, fusões e aquisições e ofertas públicas iniciais, de acordo com os estrategistas. Mas o estabelecimento de uma reserva de Bitcoin nos EUA é um “evento de baixa probabilidade”, acrescentaram.

Os ETFs de Bitcoin à vista dos EUA atraíram uma entrada líquida de US$ 4,7 bilhões de 6 a 13 de novembro, o dia em que a criptomoeda original atingiu o pico histórico de US$ 93.462, segundo dados compilados pela Bloomberg. Cerca de US$ 771 milhões saíram dos produtos na quinta e sexta-feira, deixando o grupo com ativos totais de US$ 95 bilhões.

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Criptomoedas: o que são e como investir? https://investnews.com.br/guias/criptomoedas/ Mon, 18 Nov 2024 10:38:08 +0000 https://investnews.com.br/?post_type=guias&p=266645 As criptomoedas surgiram no início do século 21 em meio às incertezas econômicas desencadeadas pela crise financeira de 2008. No começo, enfrentaram ceticismo e fortes críticas. O Bitcoin (BTC), pioneiro e mais famoso entre elas, foi por anos taxado como “coisa de nerd“, esquema de pirâmide e até como ferramenta para lavagem de dinheiro.

Com o tempo, no entanto, essas percepções começaram a mudar. As criptomoedas deixaram para trás a imagem de tecnologia duvidosa e conquistaram espaço nos portfólios de investidores e nas mesas de reguladores e governantes. Tem até país que adotou um criptoativo como moeda oficial.

Neste guia, o InvestNews explica o que são as criptomoedas, como funcionam, quais as principais do mercado, como investir nelas com segurança e por que elas vêm ganhando tanta popularidade.

O que são criptomoedas?

As criptomoedas são uma espécie de dinheiro virtual que permite transferir valores sem a necessidade de intermediários, como bancos ou empresas de remessas internacionais, por exemplo. Essa definição foi dada por Satoshi Nakamoto, pseudônimo do criador do Bitcoin, no whitepaper (manual) do projeto, publicado em 31 de outubro de 2008.

Diferente das moedas fiduciárias, que são emitidas por um banco central, as criptomoedas são descentralizadas — ou seja, não são controladas por governos. Elas funcionam dentro de um sistema chamado blockchain e são protegidas por criptografia, um método de segurança. “Existem diversos mecanismos que asseguram uma série de fatores para prevenir fraudes e outras atividades maliciosas”, explica Sebastián Serrano, CEO e cofundador da Ripio, uma das maiores plataformas de criptoativos da América Latina.

O que é Blockchain?

A blockchain é uma espécie de banco de dados gigante semelhante a um livro contábil virtual. Ela registra a movimentação de criptomoedas dos usuários. Se a Maria, que mora no Brasil, envia um Bitcoin para João, no Canadá, essa transação fica registrada nesse sistema. As blockchains do Bitcoin e das principais criptomoedas do mercado são públicas — ou seja, qualquer um pode ver as transações, mas sem alterar. 

Para visualizar esse sistema, imagine uma sala cheia de cofres transparentes, organizados lado a lado e ligados entre si. Todo mundo pode dar uma olhada no conteúdo de cada cofre, mas apenas o dono da chave tem acesso. O Bitcoin que a Maria enviou para o João fica em um desses cofres, chamados de blocos. Como não há governo ou empresa por trás, quem cuida das transferências são os “mineradores” — pense neles como supercomputadores trabalhando dia e noite sem parar. Existem milhares deles espalhados pelo mundo.

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Como as criptomoedas são criadas?

Sabe os mineradores do tópico acima? Como recompensa pelo trabalho, eles ganham novos bitcoins. O processo todo recebe o nome de mineração. Atualmente, por cada bloco com finalizado, eles recebem 3,125 unidades de Bitcoin (esse valor é reduzido a cada quatro anos, o que torna a cripto escassa). É esse pagamento que mantém a emissão de novas moedas digitais. Conforme as regras de Nakamoto, apenas 21 milhões unidades podem ser mineradas, algo que deve ocorrer lá por volta do ano 2.140.

Mas não pense que a mineração é algo simples. Os mineradores competem entre si, resolvendo cálculos matemáticos, para confirmar as transações no bloco. Quanto maior poder computacional, mais chances de acertar o resultado e levar as criptos. No início da história do Bitcoin, era possível participar da competição com um PC comum em casa. Hoje, no entanto, os mineradores têm fazendas maiores do que campos de futebol lotadas de equipamentos.

Com o surgimento de novas blockchains e criptomoedas, outras maneiras de criar ativos digitais também foram desenvolvidas — algumas extremamente simples. Há, por exemplo, sites que dão aos usuários a possibilidade de gerar novos tokens a partir de formulários que pedem nome da nova criptomoeda, ticker (como o de uma ação), suprimento e em qual blockchain vai rodar. Algumas das redes que permitem isso são Ethereum (ETH), Avalanche (AVAX), BNB Chain (BNB), Polygon (MATIC), entre outras.

Para que servem as criptomoedas

As criptomoedas servem para transferir valores diretamente para uma pessoa, assim como idealizou Nakamoto. No entanto, mais do que uma moeda de troca, os criptoativos também se transformaram em ativos de risco, presentes tanto na carteira de investidores institucionais como de varejo.

A EY-Parthenon, braço de consultoria global da Ernst & Young, realizou em 2023 uma pesquisa com mais de 250 instituições sobre ativos digitais. Do total, 93% disseram acreditar no valor de longo prazo das moedas virtuais e 35% afirmaram alocar entre 1% e 5% em criptomoedas ou em produtos relacionados ao setor.

O cenário entre os investidores de varejo é semelhante. Divulgada em abril de 2024, a 7ª edição do Raio X do Investidor Brasileiro, da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), mostrou que 4% dos brasileiros investiram em criptomoedas em 2023, ante 3% no ano anterior. “É possível notar uma mudança de comportamento da população em relação às moedas digitais, que avançaram pelo segundo ano seguido”, diz a pesquisa, que ouviu 5.814 pessoas, a partir de 16 anos.

Tipos de Criptomoedas

No geral, as criptomoedas podem ser enquadradas em três categorias, segundo órgãos regulatórios, consultorias globais e players do setor. Essa divisão, no entanto, não está escrita em pedra. É possível, ainda, que o mesmo ativo digital seja classificado em mais de um tipo.

Criptomoedas ou payment tokens: O principal objetivo delas é replicar as “funções de moeda, notadamente de unidade de conta, meio de troca e reserva de valor”, de acordo com o parecer de orientação nº 40 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). O Bitcoin se enquadra nesta categoria.

Utility tokens ou ou tokens de utilidade: São criptoativos que fornecem aos usuários acesso a determinados produtos ou serviços. Os fan tokens (criptomoedas emitidas por times de futebol) são exemplos desta categoria. Eles funcionam como programas de sócio-torcedor e dão aos detentores uma espécie de cartão fidelidade virtual para participar de decisões dos clubes, promoções e outras ações.

Tokens referenciados em ativos ou security tokens: Representam um ou mais ativos. As stablecoins, que são criptomoedas pareadas em outros ativos, como dólar e ouro, são um exemplo. Aqui também entram os “security tokens” (criptoativos que podem ser considerados valores mobiliários) e também os tokens não fungíveis (NFTs).

Quais as principais criptomoedas?

Representação ilustrativa de criptomoedas. Foto: Dado Ruvic/Reuters

O Bitcoin é a principal criptomoeda no mercado, mas não é a única. Outras altcoins (termo usado para identificar qualquer criptoativo diferente do Bitcoin) foram criadas nos últimos anos e também conquistaram espaço. Veja quais são as moedas digitais mais importantes.

Bitcoin: Criada em 2008 por Satoshi Nakamoto, cuja identidade permanece um mistério, o Bitcoin é a criptomoeda com maior valor de mercado. Apesar de ter sido concebido como uma forma de dinheiro digital que permitiria transações diretas entre pessoas, sem intermediários, evoluiu ao longo do tempo também para um ativo de risco.

Ethereum: É a segunda criptomoeda mais valiosa do mundo, atrás apenas do Bitcoin. Foi idealizada pelo programador russo-canadense Vitalik Buterin, em 2013, mas só foi lançada em 2015. Sua blockchain foi pioneira ao permitir que outros desenvolvedores pudessem criar aplicações — como plataformas de empréstimos, sites de compras online e outras criptomoedas — por meio de smart contracts (espécie de contrato programável com códigos).

Tether: Lançada em 2014, o Tether é a primeira stablecoin do mercado. Cada cripto é projetada para manter paridade com a moeda dos Estados Unidos, sugerindo que existe um dólar em reserva para cada token emitido. Nos últimos anos, o projeto foi alvo de críticas por causa da falta de transparência sobre a quantidade real de reservas em dólares. A stablecoin foi criada pelo empreendedor americano e ex-ator mirim Brock Pierce.

BNB Chain: É o token da Binance, a maior exchange de criptomoedas do mercado. Foi lançado em 2017 e passou por reformulações em 2019, ganhando uma roupagem semelhante a do Ethereum. Sua blockchain também permite que desenvolvedores criem aplicativos em cima dela, como plataformas de empréstimos e novos ativos digitais.

Solana: Foi projetada pelo cientista da computação Anatoly Yakovenko em 2017, mas sua entrada no mercado aconteceu apenas em 2020. A plataforma inclui funcionalidades compatíveis com o Ethereum, permitindo o desenvolvimento de contratos inteligentes e aplicativos. Por ter uma infraestrutura que possibilita grande volume de transações por segundo, atraiu muitos desenvolvedores.

Dogecoin: É a primeira memecoin (criptomoeda inspirada em memes ou piadas) do mercado. Foi criada como um brincadeira no final de 2013, pelos programadores Billy Markus e Jackson Palmer, para criticar o frenesi em torno das moedas digitais. No entanto, a Dogecoin atraiu uma enorme base de fãs — incluindo o CEO da Tesla e SpaceX Elon Musk — e se tornou uma das maiores criptomoedas do mercado.

Como investir em criptomoedas?

Há três principais maneiras de comprar em criptomoedas. Via exchanges (semelhantes a corretoras de valores); na bolsa de valores, por meio de ETFs (fundos de índice) com exposição ao Bitcoin e outras criptos; e diretamente de outros usuários, em negociações peer-to-peer (P2P), ou ponto a ponto, na tradução para o português.

Exchanges: Nas corretoras, basta fazer um cadastro e abrir uma conta. Elas normalmente pedem alguns dados, como CPF, data de nascimento e e-mail. Na sequência, basta transferir dinheiro do banco e escolher as criptos. Normalmente, as contas nas exchanges não têm custos de manutenção e custódia. No entanto, elas cobram taxas para negociações. É a maneira mais popular para investir em criptomoedas.

ETFs: São fundos de investimento negociados na bolsa de valores. Na B3, há tanto ETFs locais com exposição ao Bitcoin e outras criptomoedas como BDRs (títulos emitidos no Brasil, mas com lastro em papéis de empresas negociadas no exterior) de ETFs dos EUA. Esses produtos normalmente cobram taxas de administração. Além disso, como são negociados em bolsa, há taxas de corretagem e de custódia.

P2P: É uma forma de negociar criptomoedas diretamente entre duas pessoas, sem intermediários, como bancos ou exchanges. Os termos da negociação e os preços são decididos pelos interessados. Por isso, a transação pode ser mais barata quando comparada a exchanges. Nos primeiros anos do mercado, compradores e vendedores de criptomoedas se conheciam em redes sociais ou grupos, o que deixava esse tipo de negociação arriscada, visto que não havia garantia de transferência. Mais recentemente, no entanto, plataformas que conectam interessados em compras e vendas foram criadas. Algumas oferecem retenção das criptos negociadas até a finalização da transação.

É seguro investir em criptomoedas?

Um estudo publicado no início de 2024 pelo CoinGecko, um dos principais agregadores de dados sobre criptos do mundo, revelou que 50% dos cerca de 24 mil tokens listados em sua plataforma desapareceram, seja porque eram golpes disfarçados de ativos digitais ou porque não conseguiram prosperar diante da concorrência.

Por causa da facilidade na criação de criptomoedas e do número de criptos que não conseguem se firmar, especialistas recomendam que, antes de investir em qualquer ativo, a pessoa conheça bem a moeda digital, como ela funciona, qual seu propósito, por qual motivo tem seu valor e qual a idoneidade das empresas e pessoas por trás do projeto. “É preciso fazer um filtro da criptomoeda. Não garante sucesso, mas elimina chances de riscos e golpes”, diz Felippe Percigo, professor de MBA em Finanças Digitais e cofundador da Liqi Digital Assets.

Além da pesquisa, os investidores também devem levar em consideração outros riscos, a começar pela volatilidade, segundo especialistas. Estudo publicado pela Fidelity Digital Assets mostra que, entre o início de 2020 e o começo de 2024, o Bitcoin foi de três a quase quatro vezes mais volátil do que vários índices de ações, como S&P 500, índice de small caps dos EUA, entre outros. Para não ser injusto, a mesma pesquisa mostrou que a volatilidade da cripto se assemelha a algumas big techs, como Tesla e Nvidia — em alguns casos, é até menor.

“As criptomoedas são conhecidas por sua alta volatilidade. Por isso, é importante investir apenas o que está disposto a perder e diversificar suas opções em diferentes moedas e projetos. Vale considerar também investir de forma gradual para mitigar riscos de preço”, disse Fernando Pereira, analista da exchange de criptomoedas Bitget.

O que impacta o preço das criptomoedas?

Existem diversos fatores que podem influenciar a variação de preços das criptomoedas, segundo Serrano, da Ripio. “Assim como em outros mercados, a balança entre oferta e demanda é sempre muito relevante para determinação do preço de um ativo. Por exemplo, no caso do Bitcoin, existe um mecanismo chamado halving”.

O halving é um evento programado na rede do Bitcoin que, a cada quatro anos, diminui pela metade a quantidade de novas moedas emitidas como recompensa para os mineradores. “A cada halving, a oferta de novos bitcoins é reduzida, o que invariavelmente torna o ativo mais escasso e, por tanto, mais valorizado. Quando há muitos investidores buscando por um ativo e pouca oferta de venda, naturalmente o preço tende a subir”, fala Serrano.

Assim como no mercado tradicional de capitais, novas tecnologias e desenvolvimentos também podem influenciar o preço de uma criptomoeda, segundo Serrano. “Notícias sobre novos acontecimentos, sejam elas positivas ou negativas, também podem impactar diretamente na precificação de um ativo. Novas regulamentações governamentais, alteração da taxa de juros de um determinado país, crescimento da adoção cripto pelo consumidor final, toda e qualquer nova informação é relevante para indicar o crescimento ou a redução do preço de um ativo”.

Por que as criptomoedas são tão populares?

As criptomoedas ficaram populares porque saíram do mundo digital para o real, inclusive na mesa de governantes. Em 2021, El Salvador transformou o Bitcoin em moeda oficial, ao lado do dólar. A medida não foi muito bem vista por órgãos internacionais nem pela população, mas a moeda mantém o posto de oficial até hoje.

Gigantes do mercado financeiro, que antes criticavam as criptomoedas, também se renderam à tecnologia. A BlackRock, maior gestora de ativos do mundo, lançou seu próprio ETF de Bitcoin no início de 2024, atraindo tanto investidores do varejo como institucionais. O IBIT, seu fundo de índice, é um dos maiores detentores de criptomoedas do planeta.

Além disso, nas eleições americanas de 2024 as criptomoedas também viraram tema de campanha política, o que as aproximou ainda mais do público. O republicano Donald Trump, também um antigo crítico do setor, abraçou definitivamente a indústria cripto e disse que gostaria de “transformar os Estados Unidos em uma superpotência de Bitcoin”.

As criptomoedas são reguladas?

Por causa da popularização das criptomoedas, diversos países criaram regulamentações próprias para o setor. No Brasil, a lei que regulamenta as moedas digitais é a 14.478/22, conhecida como o Marco Legal das Criptomoedas. Conforme essa legislação, o Banco Central é o regulador do segmento. A CVM também pode agir, mas só tem competência regulatória se o ativo digital for considerado um valor mobiliário, como um contrato de investimento coletivo ou um certificado de recebível tokenizado (um título de renda fixa transformado em token).

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MicroStrategy acumula US$ 26 bilhões em bitcoin no caixa – mais que o valor de mercado do Banco do Brasil  https://investnews.com.br/negocios/microstrategy-acumula-us-26-bilhoes-em-bitcoin-no-caixa-mais-que-o-valor-de-mercado-do-banco-do-brasil/ Sat, 16 Nov 2024 19:52:56 +0000 https://investnews.com.br/?p=630858
Michael Saylor, cofundador da MicroStrategy. Foto: Bloomberg

A decisão pouco ortodoxa de Michael Saylor de manter bitcoin em vez de dinheiro no caixa da MicroStrategy elevou a outrora obscura fabricante de software ao patamar das maiores corporações da Terra – em termos de dinheiro guardado na tesouraria.

A empresa com sede em Tysons Corner, Virgínia, possui aproximadamente US$ 26 bilhões em Bitcoin, valor superior ao caixa (em dólares) de líderes de mercado globais, como IBM, Nike e Johnson & Johnson, de acordo com dados compilados pela Bloomberg. Só 14 empresas, lideradas por Apple e Alphabet, têm mais do que isso. 

Em termos de valor de mercado, os US$ 26 bilhões equivalem a mais do que um Banco do Brasil (US$ 25 bi). E a um terço do market cap da própria MicroStrategy – US$ 72 bilhões, que mal a colocam entre as 200 maiores empresas dos EUA.

Michael Saylor, cofundador e presidente do conselho, decidiu investir em bitcoin no ano de 2020 para proteger o caixa contra a inflação enquanto o crescimento da receita da MicroStrategy estagnava. Com o tempo, tornou-se o maior detentor corporativo da cripto – inclusive emitindo ações e fazendo dívida para adquirir mais bitcoin. 

“O balanço deles é basicamente uma função do preço do Bitcoin”, disse Dave Zion, fundador do Zion Research Group, uma empresa baseada em Chadds Ford, Pensilvânia, que foca em questões contábeis e fiscais.

As ações da companhia mais cripto friendly do S&P 500 dispararam 2.500% com a valorização de 700% do Bitcoin desde meados de 2020. Isso fez da MicroStrategy a companhia de grande porte com melhor desempenho nos EUA durante o período. 

O Bitcoin opera em recorde histórico, acima dos US$ 90 mil. “Eles não controlam o preço do Bitcoin, então vão apenas surfar essa onda, e é uma onda que pode subir ou descer”, diz Zion. 

A maioria dos tesoureiros corporativos usa os ativos financeiros de uma empresa para apoiar os negócios ou gerar retornos, incluindo o pagamento de dividendos. Saylor, da MicroStrategy, argumenta que os acionistas se beneficiam da estratégia de buy & hold (comprar e manter), mesmo que a empresa não pague dividendos – vale notar que não existe pagamento de proventos em bitcoin, e a empresa não tem vendido criptoativos para remunerar os acionistas com dinheiro.

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A MicroStrategy criou seu próprio indicador de desempenho, chamado “rendimento de bitcoin”. Eles dividem suas reservas em cripto pelo número de ações em circulação. Por esse critério, o rendimento acumulado no ano está em 26,4%. É bem menos do que os 150% do bitcoin, porque a quantidade de papeis cresceu no período. 

Saylor duplicou a aposta na estratégia de vender ações e fazer dívida para comprar cripto, afirmando que a empresa pretende levantar US$ 42 bilhões nos próximos três anos. As reservas totais de Bitcoin da empresa foram adquiridas por um preço de compra agregado de US$ 11,9 bilhões — menos da metade do valor atual.

Essa estratégia de acumular e manter bitcoin não tem um fim previsto, de acordo com Mark Palmer, analista da Benchmark Co., que tem uma recomendação de “compra” para as ações.

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“Dado o movimento do Bitcoin em 2024, em particular, não há realmente motivo para a empresa desviar dessa abordagem”, disse ele.

O analista Lance Vitanza, da TD Cowen, também vê o mercado como receptivo à abordagem da MicroStrategy, já que a empresa continua com bom acesso ao mercado de capitais, escreveu ele em uma nota aos clientes na segunda-feira.

“O que começou como uma estratégia defensiva para proteger o caixa se tornou uma estratégia oportunista destinada a acelerar a geração de valor para os acionistas”, disse Vitanza, que também tem uma classificação de “compra” para as ações. “Essa criação de valor recorrente merece ser capitalizada.”

Por Monique Mulima, com informações de Alexandre Versignassi, do InvestNews

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