Empreendedorismo – InvestNews https://investnews.com.br Sua dose diária de inteligência financeira Fri, 08 Nov 2024 23:34:31 +0000 pt-BR hourly 1 https://investnews.com.br/wp-content/uploads/2024/03/favicon-96x96.ico Empreendedorismo – InvestNews https://investnews.com.br 32 32 A empresa que se arriscou a vender coxinhas em Wall Street agora prepara expansão nacional nos EUA  https://investnews.com.br/off-work/lifestyle/a-empresa-que-se-arriscou-a-vender-coxinhas-em-wall-street-agora-prepara-expansao-nacional-nos-eua/ Fri, 08 Nov 2024 19:00:00 +0000 https://investnews.com.br/?p=627044 New York Loves Coxinha. A frase está no topo da caixa de delivery da Petisco Brazuca, marca nascida na cidade em 2013 e que, desde então, tornou-se referência da categoria de salgados brasileiros na cidade. Agora, a marca criada pelo casal Ricardo Rosa e Vanessa Oliveira se prepara para ganhar escala nacional nos Estados Unidos em meados de 2025, com a venda de produtos congelados.

A Petisco Brazuca tem produção mensal de 300 mil salgados, todos elaborados em uma cozinha industrial no bairro Bed-Stuy, no Brooklyn. Além das vendas online e da loja instalada em frente à sede, a marca opera em outros três pontos de vendas em pontos de alto tráfego de pedestres, como Wall Street e Times Square, em Manhattan, e no Dekalb Market, também no Brooklyn.

As vendas devem gerar um faturamento de US$ 2,5 milhões (R$ 14,2 milhões) em 2024.

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Entre os clientes, há uma diferença entre o público que compra os salgados na rua e aquele que faz encomendas online. “Na rua, cerca de 98% do nosso público é de americanos ou outras nacionalidades”, conta Ricardo ao InvestNews. Pelo site, a maior parte dos pedidos é para eventos de brasileiros – são caixas com 30, 60 ou 120 salgados. “Os brasileiros são os nossos maiores apoiadores, mas o negócio não se sustentaria apenas com o mercado da saudade”, explica Ricardo.

 “Os nuggets de frango são um dos itens mais consumidos pelos americanos. E isso faz com que eles se familiarizarem facilmente com esta novidade”, explica o paulistano, que chegou com Vanessa a Nova York em 2012 com o plano de fazer intercâmbio e estudar inglês. Ricardo, que em São Paulo atuava na área de publicidade e mídia, e Vanessa, que era bancária, tinham a ideia de ficar um ano na cidade. Apaixonaram-se por Nova York e decidiram ficar.

O início da empreitada

Para gerar renda, o pernambucano Ricardo e a paulista Vanessa começaram a vender coxinhas preparadas por eles na minúscula cozinha de casa. Além das horas dedicadas ao preparo do salgado, o casal passava horas no metrô fazendo entregas de porta em porta.

Ao notar que o negócio daria samba, Ricardo passou um ano trabalhando em restaurantes para entender os bastidores do setor de alimentação. O casal ainda se conectou a cozinhas incubadoras, onde se concentram empreendedores que trocam experiências, e contratou consultores para orientá-los sobre legislações do departamento sanitário e formas de construir uma cozinha industrial.

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Duas pessoas vestindo blusas de moletom pretas com o logotipo "Petisco Brazuca" segurando bandejas de salgados brasileiros, com representações gráficas de alimentos típicos ao redor.
Os empreendedores Ricardo Rosa e Vanessa Oliveira. Foto: Divulgação; Ilustração: João Brito

Em 2017, a produção deixou de ser manual: Ricardo e Vanessa investiram US$150 mil no negócio, incluindo o aluguel do primeiro ponto comercial e a importação de maquinário do Brasil. “De lá para cá, a popularidade destes equipamentos fez o preço cair de US$ 20 mil para US$ 4 mil”, conta Ricardo. As horas no metrô também são coisa do passado: hoje, as entregas de pedidos online são feitas com carros e vans da empresa.

Estratégia para ganhar os americanos

“A pronúncia de Petisco Brazuca não é fácil para estrangeiros”, admite Ricardo. “Mas se eles podem falar Le Pain Quotidien, em francês, eles podem arriscar o nosso nome”, diz, referindo-se à cadeia global do restaurante belga. 

Ricardo explica que o crescimento da marca foi dividido em duas etapas: o primeiro objetivo era tornar referência na categoria de coxinhas; o segundo, introduzir a novidade aos americanos, mas sem gastar rios de dinheiro para isso. Era preciso ir até o público, descobrir quais eram os eventos por onde circulavam aqueles abertos a novidades gastronômicas. 

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Para isso, o casal estudou os melhores pontos de Nova York para introduzir a “cosheenya”, grafia que eles usam para ensinar os locais. A estratégia deu certo: desde 2018, a marca está presente nas principais feiras de rua, como a Smorgasburg nos meses ensolarados e as feiras natalinas da Columbus Circle e Union Square, além do Winter Village do Bryant Park, que acaba de reabrir para a sua temporada de 2024.

“Para a seleção da Smorgasburg, o maior evento de comidas de rua do mundo, concorremos com mil candidatos. Ficamos entre seis finalistas. Apenas três foram aprovados: além de nós, a Viola Cucina, de irmãs venezuelanas, e a The Pizza Cupcake, marca que recebeu aporte de investidores do programa de TV Shark Tank”, diz Ricardo.

Ricardo, que criou a logomarca e toda a comunicação visual da empresa, comemora cada vez que é abordado na rua por americanos ao vestir o moletom estampado com a coxinha do Petisco Brazuca. Da rua, a marca vai agora para freezers de produtos congelados. Para isso, a Petisco Brazuca está em busca de uma cozinha industrial maior e já negocia com redes de supermercados nacionais. Por enquanto, Ricardo faz segredo sobre os nomes delas. 

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Pão de queijo: a Brazi Bites vai do Shark Tank americano para as prateleiras do Whole Foods https://investnews.com.br/negocios/pao-de-queijo-a-brazi-bites-vai-do-shark-tank-americano-para-as-prateleiras-do-whole-foods/ Sat, 19 Oct 2024 11:00:00 +0000 https://investnews.com.br/?p=623522 Montagem com duas imagens: do lado esquerdo, um retrato de Junea Rocha, uma mulher branca de cabelos e olhos castanhos, vestindo uma camisa branca e calça preto. Do lado direito, um zoom de um versão estilizada de uma embalagem de sua marca de comida, chamada Brazi Bites.
A mineira Junea Rocha, da Brazi Bites, montou empresa com o marido/ Montagem: João Brito sobre imagens de divulgação

Ao paquerar a ala dos congelados do Whole Foods, cadeia de supermercados nos Estados Unidos respeitada pela curadoria dos alimentos, saltam aos olhos as embalagens divertidas, nas cores roxa, amarelo e laranja. Ali estão os pães de queijo congelados Brazi Bites, 18 em cada pacote, com sabores de alho, queijo cheddar e parmesão e o “everything”, com pitadas de diversos temperos. 

Fundada em 2010 pela engenheira civil mineira Junea Rocha e o marido americano Cameron MacMullin, em Portland, no Oregon, a marca cresce de forma acelerada ao levar um item bem conhecido dos brasileiros para os cardápios de café da manhã e lanche dos norte-americanos. O marketing reforça um diferencial do pão de queijo: o produto é sem glúten.  

Segundo dados do Statista, o segmento “gluten-free” não para de crescer. Movimentava mundialmente US$ 6,7 bilhões em 2022 e deve chegar a US$ 14 bilhões em 2032. Surfando nessa onda, na última década, o pão de queijo tem ganho popularidade nos EUA. O Forno de Minas, nascido no Brasil, firmou parcerias com algumas lojas nos EUA e do Canadá e adaptou sua embalagem para o novo público. Há também marcas que nascem localmente em diferentes cidades. 

Em Nova York, há opções como a Padoca Bakery, que vende o produto em sua loja, além da versão congelada, e ainda a TAP NYC, que oferece pão de queijo e sanduíches de tapioca. Em alguns pontos de venda encontra-se ainda o pão de queijo congelado da Yu Bakery, famosa também pelos biscoitos de polvilho. Em Nova Jersey, nasceu a Yuyuca Cheese Bread, que oferece a versão waffle, além do sabor – e cor – de beterraba. 

Com um time enxuto, de 17 colaboradores, a Brazi Bites tem seus produtos distribuídos em 17 mil pontos de venda dos Estados Unidos, incluindo a nova linha de produtos congelados como waffles de pão de queijo, de blueberry, além de mini-pizza.

“Estamos sempre muito atentos ao feedback de nossos consumidores”, diz Junea ao InvestNews. O produto mais recente da empresa, por exemplo, nasceu a partir da ideia dos clientes de colocar a massa de pão de queijo para assar na forma de waffle. “A moda viralizou. Então, a partir desta demanda, passamos a explorar a categoria.” 

Junea conta que o marido Cameron supervisiona o desenvolvimento das receitas, um processo colaborativo entre o time interno e parceiros externos. Nos Estados Unidos, segundo ela, cerca de 87% da comida congelada é vendida via canais de comércio tradicionais, como supermercados e mercearias, enquanto 11% são vendidos via plataformas online, como Instacart, FreshDirect e AmazonFresh.

“Apenas 2% das vendas são feitas diretamente via website das empresas. Temos um time interno de vendas que trabalha com compradores de alimentos em diferentes mercados e redes do país”, conta. No FreshDirect, por exemplo, um pacote é vendido por US$ 7,79 e dois por US$ 12. 

Página do site da Brazi Bites ressalta a simplicidade do pão de queijo brasileiro

Nasce uma marca

Formada em engenharia civil no Brasil, Junea se mudou para Portland em 2005, logo depois de se formar.  Atuou em uma empresa de construção por quase uma década, mas acabou desanimada com a carreira. Naquele ponto, já tinha adquirido experiência sobre o ambiente corporativo americano, formas de conduta e, principalmente, o conhecimento sobre a matemática dos negócios, base para qualquer empreendimento, segundo ela. 

Como boa brasileira, Junea sentia falta do pão-de-queijo-nosso-de-cada dia. Era um produto então escasso no país, vendido em pequenos comércios de brasileiros, sem distribuição em redes de supermercado, muito menos online. 

Junea, então, pegou uma receita da família e arregaçou as mangas. Foi assim que começou a vender o produto de porta em porta em vendas e supermercados locais, levando 99 nãos a cada 100 tentativas. O primeiro a dizer sim foi um supermercado pequeno, famoso por vender variedades internacionais. 

Enquanto Cameron mantinha seu emprego fixo, Junea usou suas habilidades profissionais para entender um setor com uma diversidade colossal de alimentos internacionais que toma conta de prateleiras, freezers e supermercados online. 

A mineira começou na empreitada se matriculando em um curso chamado “Como levar a sua receita para o mercado”. Ainda se juntou a grupos de empreendedores e se conectou com profissionais mais experientes.  Nos dois primeiros anos, o casal batia ponto em mercearias e supermercados para demonstrar o produto. 

Estavam ali todos os finais de semana com o forno a tiracolo para assar seus pães de queijo e contar suas histórias: a textura, macia por dentro e crocante por fora, conta sobre o uso da tapioca na culinária em toda América Latina. Há ainda a memória afetiva, já que o produto está presente em qualquer celebração caseira do Brasil.

Interagir com os consumidores foi uma forma de mostrar aos donos dos estabelecimentos a capacidade que o produto tem de atrair e reter a clientela. E uma vez que o pão de queijo finalmente conquista um espaço fixo no freezer, a relação passa a ser do que Junea chama de “uma troca de espaço imobiliário”: a loja dá o espaço, e em retorno, o produto gera a venda e faz o consumidor voltar para mais. 

Shark tank

Em 2015, a Brazi Bites foi uma das 200 pequenas empresas selecionadas entre 40 mil candidatos para participar do Shark Tank, programa do canal ABC onde empreendedores apresentam seus projetos a investidores de venture capital. Na época, os pães de queijo Brazi Bites já eram vendidos em 700 pontos de venda, incluindo a rede nacional de supermercados Sprout Farmers Market e o Whole Foods, que tem como estratégia testar a venda do produto localmente antes de levá-lo às prateleiras de toda a rede nacional de supermercado. 

Nos cinco primeiros anos, a Brazi Bites não se pagava. No Shark Tank, Cameron contou que o faturamento de 2012 foi de US$ 60 mil, no ano seguinte escalou para US$ 200 mil, em 2014 chegou a US$ 600 mil e que em 2015 a estimativa era de mais de um milhão de dólares. A história que Junea contou aos investidores é a mesma escrita em cada embalagem da Brazi Bites: o produto leva apenas oito ingredientes, nenhum deles artificial, e a receita “secreta” vem da família de Junea. 

Com o programa, o casal conquistou um investimento de US$ 200 mil em troca de uma participação de 16,5% da investidora Lori Greiner, do Shark Tank. Mas a parceria não foi adiante por “falta de alinhamento de objetivos”.

O Shark Tank rendeu mesmo em visibilidade – e vendas. O programa teve audiência de nove milhões de pessoas. Nos dias seguintes, o estoque do produto evaporou das prateleiras. Dois anos mais tarde, em 2017, Junea figurou na lista das 25 mulheres mais influentes do Portland Business Journal. 

Ajuda para empreendedores imigrantes

O casal e o time da Brazi Bites divide todo o aprendizado de empreender nos EUA com os membros da “Latino Entrepreneur Accelerator,” uma iniciativa que criaram há dois anos para ajudar comunidades de imigrantes, principalmente a latina, que, segundo Junea, são sub-representadas nas rodas empresariais. 

A equipe ensina a importância de conhecer todos os aspectos de seu produto e dividir cada detalhe com os comerciantes dos pontos de venda. Isso inclui a localização ideal do produto num freezer ou prateleira, um preço realista e a estratégia para decolar as vendas.

Além de chegar aos brasileiros que vivem nos EUA, o time de marketing da Brazi Bites continua a missão de divulgar o cheese bread pela mídia americana, incluindo o programa de TV da atriz Drew Barrymore, que não escondeu o entusiasmo ao abocanhar a versão waffle, e ainda arriscar a pronúncia de pão de  queijo. Conseguiu.

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Como Adriana Auriemo construiu a Nutty Bavarian, das castanhas com aroma de caramelo e canela https://investnews.com.br/negocios/como-adriana-auriemo-construiu-a-nutty-bavarian-das-castanhas-com-aroma-de-caramelo-e-canela/ Thu, 03 Oct 2024 21:00:00 +0000 https://investnews.com.br/?p=619753 Quando você caminha por um shopping ou aeroporto, dificilmente passa despercebido o aroma doce e envolvente de caramelo e canela. É o cartão de visitas da Nutty Bavarian, a rede de franquias que se espalhou pelo país e hoje já alça voos internacionais.

A rede é fruto da estratégia de Adriana Auriemo, que, aos 22 anos, trouxe o conceito de castanhas glaciadas para o Brasil e apostou em quiosques como modelo de negócios.

O caminho até o sucesso não foi fácil, como é praxe na vida de empreendedores brasileiros. “O cheiro forte fez lojistas reclamarem. Foi aí que percebi que o aroma podia ser nossa maior arma de marketing”, conta Adriana, que começou seu primeiro quiosque em Campos do Jordão e hoje comanda a rede com 170 unidades e presença no exterior.

O crescimento rápido nunca foi prioridade. “Não queria abrir franquias só por abrir. Queria franqueados parceiros, locais estratégicos e um modelo que durasse”, diz Adriana, filha do médico Caio Auriemo, que fundou o laboratório de análises que leva seu nome. Ela conta que optou por consolidar cada passo, cada quiosque. Foi essa paciência estratégica, segundo Adriana, que rendeu à Nutty Bavarian 18 anos consecutivos de excelência no franchising.

Em meio a crises e pandemias, a fundadora teve que fazer dribles habilidosos e diversificar a operação: a venda em supermercados, empórios, parcerias e colaborações com outras marcas ampliaram o alcance da empresa.  

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De empreendedora novata a vice-presidente da Associação Brasileira de Franchising, Adriana mostra que seu jogo não é sobre vender castanhas, mas criar uma experiência de consumo. “Franquear não é multiplicar quiosques, é garantir que cada ponto seja uma fortaleza.”

Neste episódio do Talk InvestNews, Adriana compartilha como as decisões que tomou transformaram um pequeno quiosque em uma referência no setor de franquias. O Talk InvestNews, programa de entrevistas com executivos e empresários do mundo de negócios, é apresentado por Dony De Nuccio e vai ao ar no canal do InvestNews no YouTube.

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Sol de Janeiro, a empresa gringa que usa cores e praias brasileiras como estratégia de marketing https://investnews.com.br/negocios/sol-de-janeiro-a-empresa-gringa-que-usa-cores-e-praias-brasileiras-como-estrategia-de-marketing/ Mon, 16 Sep 2024 14:00:00 +0000 https://investnews.com.br/?p=615399 Brazilian Bum Bum Cream. Beija Flor Elasti-Cream. Bom dia Bright Cream. Delícia Drench Body Butter. Carioca Crush. 

Os nomes, as cores e os ingredientes brasileiros e sustentáveis são um convite quase irrecusável a espalhar alegria pelo corpo.  Esta é a alma da Sol de Janeiro, marca de cremes para pele e cabelo e de fragrâncias corporais lançada nos Estados Unidos em 2015 – e que teve um crescimento meteórico em 2023. No Brasil mesmo, a marca só desembarcou em 2021. De lá para cá, colocou em marcha um processo acelerado de internacionalização.

Montagem com fotos dos três fundadores da marca de cosméticos "Sol de Janeiro". Em primeiro plano (da esquerda para a direita): Camila Pierotti (mulher branca de cabelos castanhos); Heela Yang (mulher asiática de cabelo preto e pele clara) e Marc Capra (homem branco de cabelo e barba grisalhos); sobre um desenho manual da praia de ipanema (com o morro dos irmãos e prédios ao fundo)
Os fundadores da Sol de Janeiro: Camila Pierotti, Heela Yang e Marc Capra./ Ilustração: João Brito

“Desde sua criação, a Sol de Janeiro soube se posicionar com uma tremenda inteligência”, diz a americana Elizabeth Kopelman, dona da consultoria Frisson Beauty. “Eles ingressaram no mercado via Sephora e se conectaram inicialmente com a comunidade latina e os brasileiros que vivem nos EUA.”

Há mais de 25 anos no segmento, Elizabeth ajuda grandes empresas de beleza e bem-estar a criarem marcas competitivas no mercado global, ganhando escala de forma estratégica e avançando em mercados internacionais. 

 “A Sol de Janeiro é uma marca muito bem elaborada, que foca seu negócio em marketing e influenciadores. Usa cores vibrantes, letras garrafais, nomes criativos e a iconografia do Brasil, cuja imagem no exterior é de positividade e de personalidade solar: a praia, o biquíni, a sensualidade das brasileiras. É diversão embalada para presente”, diz Elizabeth, que já ajudou marcas como Colgate, J&J, Neutrogena e Debut Biotech, da família L’Oréal .

 De quem é a empresa?

A Sol de Janeiro foi fundada pela coreana-americana Heela Yang (que ocupa o cargo de CEO), a brasileira Camila Pierotti e o americano Marc Capra. Em novembro de 2021, os três venderam ao grupo L’Occitane 83% da empresa.  À época, a francesa reforçou que a presença digital da Sol de Janeiro e o nicho de cuidados corporais complementam a estratégia geográfica do grupo – e a Sol de Janeiro poderia se beneficiar da presença internacional da L’Occitane para expandir seus tentáculos.

O plano de internacionalização, um marketing focado em influenciadores no TikTok e a criação de novos produtos foram colocados em marcha. O resultado? Em maio, a Sol de Janeiro entrou para a lista da revista Time como uma das 100 empresas mais influentes de 2024. 

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Segundo a revista, as fragrâncias em spray, como Cheirosa 68 (jasmim brasileiro e fruta do dragão rosa) e Cheirosa 62 (baunilha e caramelo salgado) foram os produtos de beleza virais de 2023, gerando 850 milhões de visualizações no TikTok. Vídeos e memes de influenciadores ajudaram a triplicar as vendas da marca.  

“A criação das fragrâncias corporais está alinhada com tendência do setor, de uma forma positiva, ao usar ingredientes amigáveis ao meio-ambiente”, diz Elizabeth. “A marca tem ótimas margens, um potencial de crescimento incrível em termos de inovação de produto, escala e expansão geográfica”, analisa.

Influenciadores e a geração Z

Este ano, a Sol de Janeiro contratou seis mil influenciadores e colocou foco em um público da geração Z que paga mais por estes produtos do que as fragrâncias vendidas em farmácia, mas ainda não tem poder aquisitivo para marcas de luxo ou premium. 

Na Sephora, o preço de cada fragrância varia de US$ 25 a US$ 38. O Brazilian Bum Bum Cream e o Beija Flor Elasti são vendidos por US$ 48. “Em termos de qualidade, preço e público, o Sol de Janeiro alcança uma consumidora similar à linha Victoria’s Secret”, diz. “E há quem jure de pé junto que o Brazilian Bum Bum Cream funciona maravilhas.” 

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Em fevereiro, seguindo a estratégia de centrar foco na geração Z, o time de marketing deu mais um passo audacioso, criando uma experiência da Sol de Janeiro por apenas um mês na plataforma de videogames Roblox, a fim de se conectar com suas consumidoras mais jovens. Na experiência, uma menina asiática passa o dia se deliciando com os cuidados do corpo, num cenário tropical. 

A personagem é uma alusão à sul-coreana Heela Yang, a co-fundadora da marca. Heela cresceu imersa na tradição da k-beauty (korean beauty), que enfatiza os cuidados com a pele do rosto, um ritual que ela seguiu em casa, influenciada pela mãe e avó. A korean beauty é uma indústria que hoje desenvolve produtos de alta tecnologia e que influenciou mercados em todo o mundo. 

Como a marca surgiu

Em 2008, quando Heela estava grávida, vivenciou o “prazer de estar de biquíni nas areias do Brasil”, segundo palavras dela. A experiência foi libertadora, disse Heela em entrevistas, e dali surgiu a vontade de criar um produto de alma brasileira, com a mensagem de liberdade e aceitação do corpo. 

Heela juntou-se a Marc Capra, um americano que viveu por nove anos no Brasil, e à carioca Camila Pierotti, que na época já morava nos Estados Unidos. Juntos, eles trouxeram a essência das praias brasileiras para o centro dos negócios. 

Heela estudou em Harvard e fez mestrado em Yale. Chegou a trabalhar no Goldman Sachs, mas em seguida partiu para a indústria da beleza. Durante 12 anos ocupou cargos executivos na Lancôme e Clinique e na sequência abriu sua consultoria, a Perfect Fifth, que auxiliou grandes marcas em suas estratégias, marketing e investimento. 

Sua trajetória esbarrou com a de Camila, que estudou na Universidade George Washington e seguiu carreira na indústria da beleza, em empresas como Clinique e Nars Cosmetics. Para Camila, a criação da marca foi a oportunidade de manter uma conexão com o padrão de beleza brasileiro. Quando ela se mudou do país para os EUA, deu-se conta de que o padrão americano era muito diferente, com mulheres muito magras, mais altas e mais loiras. 

Criando a Sol de Janeiro ao lado de Heela e Marc, Camila levou para o mercado americano características como a autoconfiança para mulheres com mais curvas, celebrou a cultura dos toques e abraços e a democracia das praias brasileiras. O recado foi bem recebido. “O Brasil é sinônimo de sorrisos e de todas estas experiências sensoriais e aromáticas”, analisa Elizabeth.

Geração Z

“O Body Splash com cheiro de baunilha tornou-se o meu favorito”, diz a estudante brasileira Cecília  Siqueira, de 19 anos, que vive na Califórnia e conheceu a marca via plataforma Pinterest. “Um dos atrativos para minha geração é o preço: um pouco mais caro do que os produtos que usávamos na pré-adolescência, mas nada muito absurdo, como os produtos de grifes.” 

Cecília diz que adora os nomes em português e o fato de que cada um deles remete ao Brasil. “Nosso país tornou-se uma referência na indústria de beleza nos EUA, além de ter virado moda nas ruas”, conta. Ela ressalta a estética clean como um ponto relevante para os consumidores de hoje, e a aparência alegre da Sol de Janeiro.

“As cores vibrantes, como rosa e amarelo, são características que muitas marcas abandonaram. Além das embalagens se destacarem nas prateleiras das lojas, a Sol de Janeiro encontrou um ótimo equilíbrio entre estética e diversão, os dois aspectos que atraem a minha faixa etária”, diz Cecília. 

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Franchising: essa franquia educacional gera 45% de lucro aos franqueados https://investnews.com.br/negocios/franchising-essa-franquia-educacional-gera-45-de-lucro-aos-franqueados/ Tue, 20 Aug 2024 20:25:50 +0000 https://investnews.com.br/?p=609527

O futuro do ensino se desenha com contornos cada vez mais digitais e disruptivos. A pandemia acelerou a adoção de tecnologias na sala de aula, e o debate sobre o ensino presencial versus o ensino à distância (EAD) ganhou ainda mais relevância. Nesse contexto, o Talk InvestNews entrevista Rogério Gabriel, fundador e CEO do Grupo MoveEdu, o maior conglomerado de educação profissional do Brasil.

A trajetória do executivo no setor começou com uma decisão estratégica: empreender em um ramo diferente do que a família já empreendia. A visão de que a transformação digital seria um caminho inevitável o impulsionou a criar um negócio disruptivo em meio ao caos da Bolha das Pontocom. Hoje, o Grupo MoveEdu é referência em inovação e excelência no ensino.

Para Rogério, não existe mais ensino de qualidade sem transformação digital. Contudo, a educação 100% presencial ainda predomina no Brasil. “85% dos alunos das nossas franquias estão estudando de forma presencial”, aponta. “Isso acontece por alguns motivos. Há uma dificuldade de implementar processos. Os alunos também têm vontade de interação social e conseguem gerar mais ideias presencialmente”.

Em relação ao desempenho financeiro dos franqueados da MoveEdu, Gabriel compartilha que o faturamento pode variar, mas a média é altíssima: a média de ganhos dos franqueados é entre 20% e 30%, mas há aqueles que chegam ao patamar de 45%.

Por fim, o mercado de trabalho para os alunos da MoveEdu foi abordado com otimismo. Rogério destaca que as parcerias com empresas e a formação prática oferecida pelos cursos aumentam significativamente as chances de empregabilidade dos alunos. “Os alunos da MoveEdu saem preparados para enfrentar os desafios do mundo profissional, com habilidades técnicas e comportamentais”.

Autor de quatro livros, Rogério Gabriel também é diretor da Comissão de Educação da ABF e parte do time de empreendedores Endeavor.

O Talk InvestNews é apresentado por Dony De Nuccio e conta com a participação de Leandro Guissoni. Todo episódio um convidado conta a sua trajetória no mundo dos negócios.

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A brasileira que levou US$ 1 bi da Visa e está colocando bancos mundo afora na nuvem https://investnews.com.br/negocios/a-brasileira-que-levou-us-1-bi-da-visa-e-esta-colocando-bancos-mundo-afora-na-nuvem/ Mon, 19 Aug 2024 10:00:00 +0000 https://investnews.com.br/?p=609000 Daniela Binatti chega sozinha ao estúdio do InvestNews vestindo calça jeans, camiseta branca, blazer e tênis. Uma diretora da Pismo, a empresa que Daniela fundou em 2016 junto com o marido, a irmã e um ex-chefe, já a esperava. Nada de ostentação, estrelismo ou assunto proibido. O cheque de US$ 1 bilhão que a Visa fez há menos de um ano para comprar a Pismo em nada mudou o jeitão pé no chão de Daniela, uma paulistana nascida na Zona Leste da capital que estudou em escolas públicas, fez faculdade com 80% de bolsa de estudos e que montou sua startup com quase 40 anos de idade.

“Todo mundo fala muito das histórias de sucesso, mas fala-se pouco do quão difícil é o processo e do que é preciso se submeter até chegar a esse ponto”, diz Daniela nessa entrevista exclusiva em vídeo ao InvestNews

Em pouco mais de meia hora, ela explicou o processo de criação da Pismo, a venda à empresa global de pagamentos Visa, o acelerado processo de expansão internacional e o selo de segurança que a empresa acabou recebendo, sem querer, quando o mundo viveu o apagão tecnológico provocado por um erro da firma de cibersegurança Crowdstrike. Mas também abordou as crises de pânico pelas quais passou, as decisões difíceis na pele de empreendedora – como quando o casal vendeu o único carro para pagar a escola das duas filhas –, preconceitos, inseguranças e desafios.

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A Pismo não é super conhecida do brasileiro, embora esteja presente na vida de muitos deles.  Como diz Daniela, a empresa de tecnologia bancária e de pagamentos fica debaixo do capô. Quando alguém usa um cartão emitido por um banco que tem contrato com a Pismo, é a empresa que grava o cadastro do consumidor, registra o saldo, as transações, aprova a operação, monta o extrato e a fatura, por exemplo. Os bancos já faziam isso. O pulo do gato da empresa foi o de levar tudo isso para a nuvem, com sistemas modulares e integrações.

No Brasil, hoje, a Pismo tem como clientes o Itaú (primeiro grande banco a fechar contrato com a fintech), BTG, B3 e, depois de anunciado o acordo com a Visa, já fechou contratos com Stone, a fintech Cora e o banco BV. Importante: no país, ao aprovar o negócio com a Visa, em janeiro deste ano, o Cade (conselho de defesa econômica) deixou claro que por aqui a companhia não pode fazer negócios junto com a Visa – é a regra de neutralidade. 

A empresa segue crescendo em terras brasileiras, mas está no exterior o maior vetor de expansão. A internacionalização começou no fim de 2021, quando foi instalado o escritório em Bristol, no Reino Unido, com apoio do governo britânico. O Citi anunciou no ano passado que usará a plataforma da empresa como seu core bancário em 70 países.

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Na Índia, onde a Pismo também tem escritório, há importantes negociações em andamento, segundo apurou o InvestNews. O país é um dos principais casos mundiais de pagamentos em tempo real – quase 90% dos 1,4 bilhão de habitantes usam alguma forma de carteira digital. Há ainda conversas com grandes players na Europa e na Austrália.

Juliana, Daniela, Ricardo e Marcelo – os quatro fundadores da Pismo/ Foto: divulgação

“No processo de expansão internacional, ter uma empresa de meio trilhão de dólares como a Visa nos apoiando nas questões jurídicas, de contrato e na abertura de portas, facilita muito a nossa chegada em alguns mercados”, diz Daniela, sem revelar os nomes dos novos clientes. 

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Na internacionalização, as negociações mais difíceis são com os bancos tradicionais europeus e norte-americanos, em que os sistemas são complexos, com retalhos e legados. “Nos países menos desenvolvidos, a abertura a testar soluções novas é maior”, diz a cofundadora da Pismo, que diz ver o potencial transformador da inteligência artificial, mas alerta para o gap que ainda há na adoção de tecnologias modernas em instituições tradicionais. “Precisamos preparar a fundação para que o poder da inteligência artificial possa ser usado em soluções mais centrais.”

Vida pessoal

Daniela tem 47 anos e é a mais velha de três irmãs. Os pais vieram da roça. Ela fez faculdade no Mackenzie com 80% de bolsa e trabalhou por 16 anos na antiga Conductor, empresa de processamento de pagamentos. Seu marido, Marcelo Parise, também trabalhou lá, assim como a irmã do meio, Juliana Binatti Motta, e o ex-chefe, Ricardo Josuá – o quarteto se uniu para fundar a Pismo.

Os quatro têm características e habilidades complementares. Daniela é estudiosa, entende muito de arquitetura e estratégia. Marcelo é bom de engenharia, Juliana, de produto, e Ricardo é o professor que sabe os detalhes dos sistemas de pagamento.

Com duas filhas, Júlia e Lívia, hoje com 16 e 14 anos, Daniela deixou a Conductor em 2014 porque estava difícil conciliar a vida de executiva, com responsabilidades sete dias por semana, e a criação das meninas. A ideia era trabalhar com consultoria e ter um pouco mais de flexibilidade. Mas ela foi estudar e acabou vislumbrando o potencial de uma solução de pagamentos na nuvem.

Pouco antes de deixar a Conductor, ela também havia passado por uma fase difícil, com crises de pânico. Em 2011, depois de sair nervosa de uma reunião, teve falta de ar e taquicardia e associou os sintomas a uma certa ansiedade. No hospital descobriu que estava com embolia pulmonar e chegou a ficar na UTI. A partir daí, sempre que sentia algo, não sabia se era ansiedade ou não e passou a ter as crises.

Daniela com as filhas Livia e Júlia em Pismo Beach, cidade na Costa da Califórnia que deu origem ao nome da empresa

“Foi minha fase mais difícil. Às vezes eu ia para o hospital de madrugada, ficava tomando calmante até 6h e às 9h tinha que estar impecável, no salto, como se nada tivesse acontecido”, afirma Daniela. Ela diz que conversar com outras pessoas que tinham passado por aquilo e ver histórias de superação ou de como as pessoas lidaram com o assunto a ajudou no processo. Por isso, fez questão de que o tema fosse tratado abertamente na Pismo.

Os aprendizados são passados também para as filhas. Elas são ensinadas a não desistir nos momentos difíceis, mas também a não se deslumbrarem nos momentos bons. “Tudo passa.”

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Quanto custa abrir uma franquia nos Estados Unidos? https://investnews.com.br/off-work/quanto-custa-abrir-uma-franquia-nos-estados-unidos/ Wed, 07 Aug 2024 21:00:00 +0000 https://investnews.com.br/?p=606561 As franquias podem ser o caminho mais seguro para quem deseja empreender fora do país. Nos Estados Unidos, esse segmento cresceu 4,1% no último ano, e atingiu um faturamento de quase US$ 900 milhões. Não é à toa que o país é a referência no franchising.

Além da pujança do mercado, optar por uma franquia nos Estados Unidos é uma forma de garantir um parceiro de peso em seus primeiros passos nos negócios. Isso porque as franqueadoras já possuem relevância no mercado, conhecem o público-alvo e ajudam na parte burocrática. Atualmente, franquias ligadas a pets, limpeza e saúde têm caído no gosto do consumidor americano.

Também é importante lembrar que quem deseja abrir uma franquia no país precisa ter visto para isso ou ter o green card. Os investimentos iniciais para abrir uma franquia nos EUA envolvem o pagamento de uma taxa ao franqueador, o custo do aluguel do imóvel, reforma, equipamentos, estoque inicial, licenças e capital de giro.

Não existe um número-chave. Mas o Passaporte InvestNews desta semana traz detalhes sobre alguns grandes exemplos, como McDonald’s a Starbucks. E explica como é a dinâmica desse mercado nos Estados Unidos.

Confira os detalhes no vídeo abaixo:

Entre os temas abordados na série estão:

Todas as quartas, 18h, você confere um novo episódio em nosso canal no YouTube.

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Planilha de controle de estoque: 8 modelos grátis para baixar https://investnews.com.br/economia/planilhas-controle-de-estoque/ Thu, 01 Aug 2024 11:00:00 +0000 https://investnews.com.br/?p=491111

Ter uma boa gestão do seu negócio é imprescindível para manter a empresa de portas abertas. Por isso, existem diversas ferramentas como a planilha de controle de estoque para auxiliar o empreendedor nesta jornada.

O controle de estoque, como o próprio nome diz, serve para gerenciar os produtos que entram e saem do estoque da empresa. Ele é necessário para acompanhar a movimentação do que é comercializado e evitar desperdício de mercadoria, além de prevenir que o estoque fique vazio e permitir um melhor aproveitamento dos recursos financeiros da companhia.

A ferramenta também pode ser utilizada para gerenciar os produtos de almoxarifado e escritório.

Confira abaixo alguns modelos gratuitos de planilha de controle de estoque para baixar e imprimir.

Planilha de controle mensal de estoque – Sebrae

Fonte: Sebrae

O Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) define controle de estoque como “saber exatamente a quantidade ideal de cada item no seu estoque”. Segundo a entidade, significa controlar todo o movimento de produtos e matérias-primas na sua empresa, além de gerenciar bem as entradas e saídas. O estoque representa custos para a empresa, mas, ao mesmo tempo, é responsável pelas vendas da empresa”.

A instituição disponibiliza alguns modelos para tal, como a planilha de controle de estoque mensal. Ela possui campos de controle de data, quantidade e custo das mercadorias (entradas e saídas), bem como uma parte gerencial que informa a situação de estoque (se é necessário comprar algum produto ou se ele está em excesso), além da validade do último lote de produto adquirido.

Para baixar o arquivo, acesse este link.

Lista de estoque com destaque – Excel

Reprodução Microsoft

Essa planilha faz parte dos modelos disponibilizados pelo próprio Excel.

Ela possui identificação de mercadorias em estoque, necessidade de repô-las informações do valor total e de novas encomendas usando a formatação condicional, além de incluir produtos descontinuados.

Nem muito avançada, nem muito simples. Essa é uma boa escolha para o pequeno empreendedor.

Para ter acesso à página de download, clique neste link.

Estoque do depósito – Excel

Fonte: Microsoft

Um pouco mais completa que a planilha anterior, também disponibilizada pela Microsoft entre os templates gratuitos do programa, a planilha de estoque do depósito oferece mais organização ao usuário, contando com campos para preenchimento do código SKU (em português, Unidade de Manutenção de Estoque), descrição e local de armazenagem dos produtos, além da própria quantificação do estoque.

Segundo a Microsoft, ela permite que “rastreiem e mantenham as posições do compartimento do estoque dentro de um depósito”. “Este modelo de estoque de armazém inclui a capacidade de imprimir uma lista de seleção, ser sinalizado quando for hora de reordenar, recuperar informações sobre caixas específicas e controlar o valor do estoque”, diz a Microsoft.

Para ter acesso à página de download, clique neste link.

Controle de estoque e inventário – Sebrae

Fonte: Sebrae

Outro exemplo acessível de planilha de controle de estoque é o modelo do Sebrae que inclui até mesmo o conceito e explicação de uso.

Ela conta com uma aba de descrição de produtos, além do inventário (ficha de movimentação de estoques) que inclui a validade das mercadorias, informações do estoque consolidado (produtos e matérias-primas em estoque mensal) e um relatório automático de evolução do estoque ao longo dos meses do ano.

Para baixar o arquivo, acesse este link.

Lista de estoque com novas encomendas em destaque – Excel

Reprodução Microsoft

Mais um modelo disponibilizado pela Microsoft, a planilha de estoque com novas encomendas em destaque do Excel conta com algumas ferramentas a mais que a primeira lista de estoque citada.

“Ela inclui informações de reordenação e valor total usando formatação condicional. Use este modelo de controlador de inventário para tabular seu estoque, detalhes de preços unitário, quantidades, descrições e muito mais”, diz o site da empresa.

Essa planilha conta com diversas fórmulas e campos para facilitar a organização e o trabalho do setor logístico da empresa.

Para ter acesso à página de download, clique neste link.

Controle de Estoque – Excel

Controle de estoque. Fonte: Microsoft

Uma versão mais simples das planilhas apresentadas, esse modelo da Microsoft possui uma configuração intuitiva de tabelas, fórmulas de referência e somas condicionais.

Ele possui abas para fornecedores, clientes, as unidades de medida utilizadas para cada produto, além do controle de itens de estoque e suas entradas e saídas.

Para ter acesso à página de download, clique neste link.

Lista de inventário – Excel

Lista de inventário. Fonte: Excel

Apesar de simples, a lista de inventário do excel possui campos que permitem incluir, além de nome, descrição e preço unitário do produto, também ajuda a controlar o nível de reabastecimento de estoque, o tempo, a quantidade a ser reabastecida e se o item foi descontinuado. 

Para ter acesso à página de download, clique neste link.

Planilha de controle de estoque – Fecomércio

Controle de estoque. Fonte: Fecomércio.

Uma opção um pouco mais simplificada, há também a planilha da Fecomércio (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo).

Essa planilha possui uma aba para cadastrar os produtos em estoque, bem como a unidade de medida utilizada para quantificá-los, quantidade em estoque e valor, além de uma aba com o controle geral de compras e vendas de cada um separadamente.

Para ter acesso ao arquivo, faça login na página (caso não tenha cadastro, basta ir em “quero me cadastrar” e selecionar a opção de “membro básico”, que não exige pagamento) e pressione o botão “Clique aqui para baixar: CONTROLE DE ESTOQUES

Procurando planilhas para organizar suas finanças pessoais? Confira:

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Empreendedorismo: Como montar uma empresa nos Estados Unidos https://investnews.com.br/off-work/empreendedorismo-como-montar-uma-empresa-nos-estados-unidos/ Thu, 18 Jul 2024 17:51:25 +0000 https://investnews.com.br/?p=601165 Mais da metade (55%) dos americanos adultos já empreenderam alguma vez na vida. E apenas 8% dizem se arrepender de ter aberto um negócio. Os dados do Global Entrepreneurship Monitor corroboram com a tese de que os Estados Unidos são aliados do empreendedor – o que nem sempre é uma realidade em outros países.

Em uma lista do Banco Mundial (Doing Business), os Estados Unidos ocupam a 6ª colocação como o melhor lugar do mundo para o empreendedor. Enquanto isso, o Brasil ocupa a 124ª posição.

Para avaliar os países mais promissores, o Banco Mundial levou em consideração alguns aspectos como, inovação, produtividade, infraestrutura, acesso a capital, eficiência, facilidade para começar um negócio, entre outros pontos. Mas há duas características indiscutíveis nos EUA para empreender: a economia e a mentalidade.

O primeiro ponto se dá pela força da economia americana, já que 26% do PIB mundial estão concentrados no país.

O segundo tem a ver com a crença profunda no “american dream” (sonho americano), que leva milhões de pessoas a tentarem prosperar nos EUA – e não precisa ser americano para isso.

Uma análise do American Immigration Council revelou que entre as 500 empresas listadas pela revista Fortune, 45% foram fundadas por imigrantes ou seus descendentes.

Neste episódio no Talk InvestNews, Dony De Nuccio fala como montar uma empresa em território americano, quais as dificuldades, taxas de sucesso, entre outros pontos.


Confira mais informações no vídeo abaixo:

O episódio sobre como empreender nos Estados Unidos é o décimo da série Passaporte InvestNews.

Entre os temas abordados na série estão:

Todas as quartas, 18h, você confere um novo episódio em nosso canal no YouTube.

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Para Camila Farani, IA é a quinta Revolução Industrial https://investnews.com.br/negocios/para-camila-farani-inteligencia-artificial-e-a-5a-revolucao-industrial/ Thu, 30 May 2024 21:00:00 +0000 https://investnews.com.br/?p=582990 O ecossistema de startups e tecnologia no Brasil tem sido palco de transformações significativas, com a Inteligência Artificial (IA) assumindo um papel cada vez mais central no desenvolvimento de novos negócios e na otimização de processos. E segundo Camila Farani, entrevistada de Dony De Nuccio neste episódio do TalkInvestNews, a IA já pode ser considerada a quinta Revolução Industrial.

Ex-tubarão do Shark Tank Brasil e autora do livro ‘Desistir não é opção’, Farani aponta que a “nova” tecnologia vem sendo uma aliada nas tomadas de decisão, além de ser uma otimizadora de processos. A executiva é uma das poucas mulheres a liderar uma boutique de investimentos em tecnologia no âmbito nacional. Ela é também uma das maiores investidoras-anjo da América Latina.

Dado sua experiência quanto a esse último ponto, Farani aponta os maiores erros das startups que buscam aportes, quais as melhores táticas de negociação e como otimizar ganhos e minimizar perdas em venture capital.

O Talk InvestNews é apresentado por Dony De Nuccio e conta com a participação de Leandro Guissoni. Todo episódio um convidado conta a sua trajetória no mundo dos negócios.

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