Fusões e aquisições – InvestNews https://investnews.com.br Sua dose diária de inteligência financeira Fri, 22 Nov 2024 16:19:33 +0000 pt-BR hourly 1 https://investnews.com.br/wp-content/uploads/2024/03/favicon-96x96.ico Fusões e aquisições – InvestNews https://investnews.com.br 32 32 Polimix compra Cimentos Maranhão e confirma momento aquecido do setor https://investnews.com.br/negocios/polimix-compra-cimentos-maranhao-e-confirma-momento-aquecido-do-setor/ Fri, 22 Nov 2024 16:19:30 +0000 https://investnews.com.br/?p=632560 Uso de cimento na construção civil
Uso de cimento na construção civil (CNI/Divulgação)

Enquanto a novela da compra da InterCement pela CSN Cimentos segue sem desfecho, seus concorrentes vão se movimentando nos bastidores para aproveitar a demanda aquecida da construção civil por cimento. A transação mais recente é a compra da Cimentos do Maranhão (Cimar), dona da marca “Bravo”, pelo grupo Polimix, da Mizu Cimentos. O valor do negócio, que ainda depende de autorização do Cade, não foi revelado.

A Cimar faz parte da holding Cimento Portland Participações (CPP), que reúne duas famílias importantes da construção civil: os grupos Cornélio Brennand e Queiroz Galvão. A fábrica da empresa, localizada em São Luís, entrou em operação há 10 anos e deverá ser a 14º planta da Mizu Cimentos no país, adicionando 500 mil toneladas por ano às 8,25 milhões de toneladas anuais que a empresa da Polimix é capaz de produzir.

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O mercado de cimentos no país vive um ano de forte atividade. De janeiro a outubro, as vendas do produto cresceram mais de 4%, superando a expectativa do setor, que projeta um avanço de 3% nas vendas neste ano em relação a 2023, o que elevaria o volume para 64 milhões de toneladas.

“O cimento tem futuro certo no Brasil”, disse à analistas Benjamin Steinbruch, controlador da CSN Cimentos, que renovou nesta semana mais uma vez a exclusividade para fechar a compra da InterCement, da família Camargo Corrêa, o que poderia levar a CSN à liderança nas vendas de cimentos no país. “É um produto que está faltando, e só não vendemos mais porque falta capacidade de produção.”

No caso da CSN Cimentos, Steinbruch afirmou que a CSN opera hoje praticamente com a capacidade de produção plena. E que o crescimento do segmento de construção de moradias populares (leia-se Minha Casa Minha Vida) tem tudo a ver com isso, relatou o Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (Snic). 

Além da construção de moradias, são aguardados vários projetos de infraestrutura – como saneamento, estradas e transmissão de energia –  para o próximo ano. Até 2033, estão previstos pelo governo projetos que somam investimentos de R$ 1,6 trilhão. Tudo isso vai exigir muito cimento. A expectativa para 2025 é de que o PIB da construção civil continue crescendo e dando mais oportunidade para as empresas.

Em outra frente, a Votorantim Cimentos (VC), líder do mercado, registrou recentemente o melhor trimestre de sua história, com lucro líquido de R$ 1 bilhão. A empresa da família Ermírio de Moraes é uma das favoritas para acabar com a seca de IPOs de companhias brasileiras, com boatos de que uma listagem poderia ocorrer em Nova York – o que é negado pela VC. Com uma eventual entrada de recursos, a Votorantim teria novo fôlego para abrir fábricas e voltar aos M&As no exterior.

Mas, enquanto nem a venda da InterCement sai e menos ainda o IPO da Votorantim Cimentos, o grupo Polimix vem comendo pelas beiradas. Além da aquisição da Cimar, a companhia do empresário Ronaldo Moreira Vieira vem se aproveitando da reestruturação do Queiroz Galvão e comprou também duas pedreiras do grupo, localizadas nos Estados do Ceará e Rio de Janeiro.

Os ativos irão aumentar a capacidade da Polimix de produzir os chamados agregados para a concretagem: basicamente brita e areia industrial para diversos usos na construção civil. Atualmente, a Polimix possui 18 pedreiras no país, com capacidade de entregar até 20 milhões de toneladas de agregados por ano. 

Criada no fim da década de 1970 no Espírito Santo com o nome de Concaprex, o grupo Polimix opera negócios na área de concreto, cimento, energia e logística, com o Porto Central, um terminal portuário localizado no sul do Estado. O grupo está presente em mais de 20 Estados e em mais seis países (Estados Unidos, Argentina, Bolívia, Colômbia, Peru e Panamá).

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Polimix compra pedreiras da Queiroz Galvão no Ceará e Rio de Janeiro https://investnews.com.br/negocios/polimix-compra-pedreiras-da-queiroz-galvao-no-ceara-e-rio-de-janeiro/ Wed, 06 Nov 2024 13:00:00 +0000 https://investnews.com.br/?p=628153 Enquanto o mercado aguarda uma definição sobre a venda da InterCement, outros negócios no setor começam a ser destravados. O grupo Polimix, uma das maiores empresas de concreto do país e dona também da Cimento Mizu, encaminhou a compra de duas pedreiras do grupo Queiroz Galvão, localizadas nos Estados do Ceará e Rio de Janeiro. Os valores não foram informados e a transação ainda depende de aval do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

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Os ativos em questão são a Pedreira Ponta da Serra, localizada em Caucaia, e que já atende a região metropolitana de Fortaleza, e a Pedreira Itaboray, na cidade de Itaboraí (RJ), que ainda não está operação e, segundo previsão da Polimix, deverá iniciar as atividades em até 18 meses. As duas plantas são controladas hoje pela Áyla Construtora, uma das subsidiárias da Queiroz Galvão.

Pedreira da Polimix
Pedreira da Polimix (Divulgação)

As pedreiras deverão aumentar a capacidade da Polimix de produzir os chamados “agregados” para a concretagem: basicamente brita e areia industrial para diversos usos na construção civil. Atualmente, a Polimix possui 18 pedreiras no país, com capacidade de entregar até 20 milhões de toneladas de agregados por ano. 

O InvestNews tenta contato com a Polimix,. O grupo Queiroz Galvão disse que não vai comentar.

Nos últimos anos a empresa tem intensificado a compra de pedreira de concorrentes. Em 2022, a Polimix já havia comprado a Pedreira Campo Grande, em Mato Grosso do Sul, da Votorantim Cimentos. A Polimix chegou a ser uma das interessadas na compra da InterCement, fortalecendo a produção da Mizu – no entanto, hoje a favorita para levar a cimenteira dos Camargo Corrêa é a CSN, de Benjamin Steinbruch.

Criada no fim da década de 1970 no Espírito Santo com o nome de Concaprex, o grupo Polimix opera negócios na área de concreto, cimento, energia e logística, com o Porto Central, um terminal portuário localizado no sul do Estado. O grupo, controlado pelo empresário Ronaldo Moreira Vieira, opera em mais de 20 Estados e em mais seis países (Estados Unidos, Argentina, Bolívia, Colômbia, Peru e Panamá).

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Gerovital com Engov: EMS propõe fusão com a Hypera para criar maior farmacêutica do Brasil https://investnews.com.br/negocios/ems-dona-do-gerovital-faz-proposta-de-fusao-com-a-hypera-do-neosaldina/ Mon, 21 Oct 2024 17:12:09 +0000 https://investnews.com.br/?p=623801 A EMS sugeriu nesta segunda-feira (21) uma combinação de negócios com a farmacêutica Hypera, em proposta que envolve uma oferta pública de aquisição (OPA) de até 20% das ações da Hypera por R$ 30 e o restante em troca de ações. O valor representa um prêmio de 16,9% em relação ao preço de fechamento da ação da Hypera na sexta-feira (18), de R$ 25,67. A Hypera informou que seu conselho de administração irá estudar a proposta.

Em carta à Hypera, a EMS diz que a oferta será lançada diretamente por seus acionistas controladores e que, após a combinação de negócios, a nova empresa será listada no Novo Mercado.

A EMS, que afirma ser “o maior conglomerado farmacêutico do Brasil”, propõe um conselho de administração com nove membros para a empresa combinada, sendo cinco indicados pela EMS. A operação daria à EMS o controle de ao menos 60% do grupo farmacêutico, podendo ultrapassar 70% conforme a adesão à OPA.

“Com base em estudos preliminares, a transação deverá resultar em ganhos expressivos de eficiência operacional e de capacidade de produção, ao mesmo tempo que reduzirá custos, expandindo as margens operacionais e aumentando a geração de caixa”, afirmou a EMS em carta divulgada pela Hypera.

Caso a fusão avance, poderá criar uma farmacêutica com faturamento anual de R$ 15,9 bilhões, com lucro operacional (Ebitda), estimado em R$ 5 bilhões, sendo a maior parte disso vindo da EMS, que hoje é uma empresa menos endividada.

LEIA MAIS: Hypera faz ajustes em busca de R$ 2,5 bilhões a mais de caixa

As conversas para uma eventual fusão ocorrem há mais de um ano, segundo indicam as apurações, com conversas diretas entre Carlos Sanchez, o dono da EMS, com João Alves de Queiroz Filho e a mexicana Maiorem, os principais acionistas da Hypera, que juntos possuem 36% das ações da companhia. Além da dupla, o grupo Votorantim tem uma fatia de 5,1% na farmacêutica.

A avaliação de pessoas envolvidas na negociação é de que a combinação poderá gerar sinergias robustas e uma empresa com 17% de participação de mercado, mais que o dobro da Eurofarma, a segunda maior do país.

A EMS é mais conhecida pelos medicamentos Gerovital, Lacday e Balsamo Bengué, enquanto a Hypera é dona de rótulos como Engov, Neosaldina e Benegripe. A Hypera é dona também da Neo Química, marca que dá nome ao estádio do Coritnhians.

Namoro antigo

Esta não é a primeira vez que notícias em torno de uma possível consolidação envolvendo os maiores laboratórios farmacêuticos do país surgem na mídia.

Em 2022, a Reuters apurou junto a uma fonte com conhecimento do assunto que a Hypera discutiu a venda da companhia para o Grupo NC, controlador da EMS. Na época, a Hypera também chegou a discutir uma venda para a Eurofarma, acrescentou a fonte.

A Hypera é dona de algumas das principais marcas de medicamentos que não precisam de receita do país, como Buscopan, Coristina e Neosaldina. Nos últimos anos, a empresa tem investido para ampliar sua base de moléculas de medicamentos genéricos e tem planos de ter uma fábrica piloto de medicamentos oncológicos em 2026.

A Hypera teve lucro líquido em 2023 de R$ 1,65 bilhão, sob receita líquida de R$ 7,9 bilhões. Na oferta, o grupo NC afirma que a EMS teve faturamento líquido de R$ 7,95 bilhões no ano passado. Em 2022, a EMS teve lucro líquido consolidado de R$ 311,3 milhões, sob receita líquida de R$ 5,7 bilhões.

Pouco antes das negociações das ações da Hypera serem suspensas para divulgação do fato relevante, os papéis da farmacêutica caíam cerca de 2,3%, após oscilarem entre altas e baixas influenciadas pelo anúncio da estratégia de otimização de capital e, posteriormente, notícia sobre a EMS.

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As opções da Azul: fusão com a Gol, emissão de ações ou recuperação judicial; ação cai mais de 20% https://investnews.com.br/negocios/as-opcoes-da-azul-fusao-com-a-gol-emissao-de-acoes-ou-recuperacao-judicial/ Thu, 29 Aug 2024 13:26:06 +0000 https://investnews.com.br/?p=611336 A companhia aérea brasileira Azul (AZUL4) está avaliando diversas opções para lidar com suas obrigações de dívida iminentes, incluindo uma possível oferta de ações ou até mesmo um pedido de recuperação judicial, segundo fontes próximas ao assunto.

A empresa, que enfrenta dificuldades financeiras, também está trabalhando ativamente para concluir a fusão com a Gol Linhas Aéreas (GOLL4). O objetivo é convencer os credores de que a nova entidade combinada teria níveis de dívida mais baixos e melhores perspectivas de crescimento, conforme relatou uma das fontes. No entanto, essa abordagem é vista como menos atrativa, dado que a Azul enfrenta necessidades de caixa imediatas e resultados financeiros fracos.

Embora o pedido de recuperação judicial esteja sendo considerado, a Azul está empenhada em evitá-lo e está trabalhando com o Citigroup para uma potencial oferta subsequente de ações, de acordo com uma das fontes. A empresa também contratou o Citi como consultor no possível acordo de fusão com a Gol, e está perseguindo essa potencial fusão como uma opção estratégica separada da atual crise de dívida.

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Outra opção que está sendo considerada é a emissão de dívida através da unidade de carga da Azul. Após a publicação da reportagem, a Azul se manifestou. A companhia reafirmou uma série de negociações que havia divulgado anteriormente envolvendo ações para melhoria de sua estrutura de capital.

“A companhia está em negociações ativas com seus principais ‘stakeholders’ para otimizar a estrutura de equity acordada no plano de otimização de capital do ano passado. Em linhas gerais, os ‘stakeholders’ estão demonstrando apoio e as negociações estão avançando na direção de melhores resultados para todas as partes”, afirmou a Azul no fato relevante.

A Gol entrou com um pedido de recuperação judicial em janeiro, após enfrentar US$ 2,7 bilhões em passivos de curto prazo e realizar uma dúzia de trocas de dívida. Outras três das maiores companhias aéreas da região — Avianca Holdings, Latam Airlines e Grupo Aeromexico — também pediram recuperação judicial em 2020, com seus respectivos processos se arrastando por anos. Desde então, companhias menores como a Interjet, no México, e a Viva Air, na Colômbia, encerraram suas operações.

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A Azul foi a única entre o trio de grandes companhias aéreas do Brasil que não entrou com pedido de recuperação judicial após a pandemia de Covid-19, que devastou o setor de viagens. Em vez disso, a empresa conseguiu postergar vencimentos através de uma troca de títulos em junho de 2023. No entanto, a Azul ainda enfrenta dificuldades com obrigações de arrendamento e altos pagamentos de juros sobre sua dívida.

Azul permanece como única grande companhia aérea brasileira a não pedir recuperação judicial após a pandemia

A desvalorização do real brasileiro aumentou as despesas da Azul, incluindo os pagamentos de arrendamentos denominados em dólares e os custos de combustível atrelados ao dólar. A companhia aérea tem R$ 382 milhões em pagamentos de dívida local vencendo neste ano, além de US$ 550 milhões em notas com vencimentos em parcelas trimestrais ao longo dos próximos quatro anos.

As ações da Azul despencaram após a empresa reportar prejuízos líquidos de R$ 3,87 bilhões no segundo trimestre e aumentar sua dívida líquida. O nível de alavancagem da empresa subiu para mais de quatro vezes seu lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA), em comparação com três vezes anteriormente. A companhia aérea atribuiu o aumento da dívida à desvalorização da moeda e às enchentes catastróficas que paralisaram o principal aeroporto do estado do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, que permanece fechado.

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Parlamentares brasileiros aprovaram na quarta-feira uma aguardada proposta de auxílio financeiro ao setor aéreo. O plano prevê a disponibilização de R$ 5 bilhões em crédito para companhias aéreas em dificuldades. Isso poderia aliviar a pressão sobre a Azul, que se qualificaria para o auxílio desde que evite o pedido de recuperação judicial.

Recuo na Bolsa

As ações da Azul desabavam mais de 20% na B3 nesta quinta-feira (29), renovando mínimas históricas, em meio a preocupações de investidores com eventuais estratégias que a companhia aérea possa buscar para lidar com suas dívidas.

As ações da Azul acabaram fechando a sessão em queda de mais de 24%, cotadas a R$ 5,50, enquanto o Ibovespa recuou 0,95%.

Analistas do UBS BB lembraram em relatório a clientes nesta quinta-feira que um plano de reestruturação da ordem de US$ 800 milhões foi fechado com arrendadores, com parte do pagamento ocorrendo com emissão de ações a R$ 36.

Ao mesmo tempo, Alberto Valerio e equipe acrescentaram que a Azul tem feito esforços para lançar uma nova debênture e aumentar sua liquidez.

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Votorantim Cimentos vende operação na Tunísia para companhia chinesa https://investnews.com.br/negocios/votorantim-cimentos-vende-operacao-na-tunisia-para-companhia-chinesa/ Fri, 26 Jul 2024 19:06:45 +0000 https://investnews.com.br/?p=603307 A Votorantim Cimentos anunciou nesta sexta-feira (26) a venda de suas operações na Tunísia por valor não revelado, em estratégia de gestão de riscos entre mercados maduros e emergentes.

A companhia ingressou naquele país em 2010, depois de comprar as operações do grupo português Cimpor. A capacidade da maior fabricante de cimento do Brasil na Tunísia é de 1,6 milhão de toneladas por ano.

As operações, que ficam em Zaghouan, na região norte da Tunísia, foram compradas pela empresa chinesa de materiais de construção Sinoma Cement, informou a Votorantim em comunicado à imprensa.

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(Por Alberto Alerigi Jr.)

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Unilever, dona da Ben & Jerry’s, inicia discussões para venda da unidade de sorvetes avaliada em US$ 19,4 bi https://investnews.com.br/negocios/unilever-dona-da-ben-jerrys-inicia-discussoes-para-venda-da-unidade-de-sorvetes-avaliada-em-us-194-bi/ Fri, 19 Jul 2024 17:43:35 +0000 https://investnews.com.br/?p=601584 A Unilever (ULEV34) iniciou discussões preliminares com empresas de private equity sobre a possível venda de sua unidade de sorvetes, que pode valer até £ 15 bilhões (US$ 19,4 bilhões), de acordo com pessoas familiarizadas com o assunto. A empresa de bens de consumo começou a realizar apresentações de gestão para potenciais compradores sobre o negócio, que inclui marcas como Ben & Jerry’s e Magnum, disseram as fontes. As empresas de private equity Advent International, Blackstone Inc., Cinven e CVC Capital Partners Plc estão entre as que demonstraram interesse preliminar, segundo as mesmas fontes.

Outras empresas de private equity, como Clayton Dubilier & Rice e KKR & Co., também têm estudado o ativo, disseram as fontes. Um processo formal de venda provavelmente começará no segundo semestre do ano. As deliberações estão em estágios iniciais e nenhum acordo final foi alcançado com qualquer uma das partes, de acordo com as fontes.

Representantes das empresas de private equity e da Unilever não quiseram comentar.

Em março, o novo CEO da Unilever, Hein Schumacher, apresentou um plano ambicioso para impulsionar o crescimento e reverter anos de desempenho medíocre, incluindo a separação da unidade de sorvetes. O novo chefe, que foi nomeado após o investidor ativista Nelson Peltz adquirir uma participação e entrar para o conselho da empresa, também planejou cortar 7.500 empregos — quase 6% do total de 128.000 funcionários da fabricante do sabonete Dove. Na semana passada, o conglomerado anunciou que está cortando um terço de seu pessoal de escritório na Europa como parte de um programa de produtividade anunciado anteriormente.

Potes de sorvete Ben & Jerry’s no freezer de uma loja em Londres, Reino Unido – Foto:Hollie Adams/Bloomberg

A divisão de sorvetes teve vendas de € 7,9 bilhões em 2023, mas sua margem de lucro é menos da metade da unidade de cuidados pessoais da empresa, segundo dados compilados pela Bloomberg. É também um negócio sazonal e intensivo em capital, que requer uma logística de cadeia fria mais complexa. A Unilever afirmou que uma cisão que cria uma entidade de capital aberto é a opção mais provável para a unidade, embora anteriormente tenha vendido outros negócios de crescimento lento para empresas de private equity.

Grandes fundos de private equity estão ansiosos para adquirir ativos de grandes corporações, pois podem melhorar operacionalmente o negócio e alocar quantias significativas de seus crescentes pools de capital. Várias empresas de investimento fizeram ofertas iniciais pela divisão de saúde do consumidor da Sanofi SA, com algumas ofertas avaliando o negócio em até € 15 bilhões, informou a Bloomberg News no início desta semana. Separadamente, a empresa de private equity PAI Partners está em negociações para criar um novo fundo para deter sua participação de 50% em uma joint venture de sorvetes com a Nestlé, avaliada em cerca de $10 bilhões, disseram pessoas familiarizadas com o assunto em maio.

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Se desfazer da unidade vai remover um problema para a Unilever, que teve que lidar com controvérsias sobre as posições políticas adotadas pela Ben & Jerry’s. Em dezembro de 2022, a Unilever resolveu uma batalha judicial com o conselho independente da marca de sorvetes após a objeção da marca à venda de seus produtos na Cisjordânia ocupada por Israel.

A separação da unidade de sorvetes é a mais recente de uma série de movimentos da Unilever para simplificar seu portfólio desde que afastou uma tentativa de aquisição não solicitada da Kraft Heinz, em 2017. Mais tarde naquele ano, vendeu seu negócio de margarinas e cremes para a KKR. Quatro anos depois, concordou em vender sua unidade de chá para a CVC.

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Dona da Ray-Ban coloca a Supreme em seu ‘outfit’ por US$ 1,5 bilhão https://investnews.com.br/negocios/dona-da-ray-ban-coloca-a-supreme-em-seu-outfit-por-us-15-bilhao/ Wed, 17 Jul 2024 13:56:08 +0000 https://investnews.com.br/?p=600775 A EssilorLuxottica fechou acordo para comprar a marca de streetwear Supreme, da concorrente VF Corp., por US$ 1,5 bilhão em dinheiro, adicionando mais uma marca de estilo de vida ao portfólio da empresa franco-italiana de óculos, que já inclui Ray-Ban e Oakley.

A Supreme foi fundada em Nova York por James Jebbia em 1994, vendendo roupas e calçados voltados para o skateboarding e tendências urbanas. Ela passou de um favorito cult, com seu distinto logotipo vermelho e branco, para um sucesso mainstream e agora possui um negócio online, além de 17 lojas nos EUA, Ásia e Europa.

Jebbia disse que apoia a venda para a Essilor, pois permitirá que a Supreme se concentre em sua marca, produtos e clientes.

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O crescimento da Supreme foi impulsionado pelo chamado marketing de “hype“, incluindo colaborações de edição limitada com parceiros que vão desde relojoeiros até músicos, e lançamentos frequentes de novos produtos. Entre outros, a marca já fez parcerias com Louis Vuitton e The North Face.

A VF adquiriu a Supreme em 2020 como parte de um acordo de US$ 2,1 bilhões com a empresa de private equity Carlyle Group e investidores, incluindo a Goode Partners.

A EssilorLuxottica foi formada a partir da fusão de duas das mais proeminentes empresas de óculos da Europa — a italiana Luxottica e a francesa Essilor. Ela é líder global na produção e venda de óculos de prescrição, óculos de sol e lentes de contato.

Separadamente, a EssilorLuxottica também anunciou a compra de uma participação majoritária de 80% na Heidelberg Engineering — uma empresa alemã especializada em soluções de diagnóstico, tecnologias cirúrgicas digitais e TI de saúde para oftalmologia clínica.

Esse acordo aumentará o negócio de tecnologia médica da EssilorLuxottica, que está ao lado do braço focado na moda, vendendo óculos de sol e acessórios.

© 2024 Bloomberg L.P.

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Suzano anuncia compra de duas fábricas da Pactiv Evergreen nos Estados Unidos https://investnews.com.br/negocios/suzano-esta-perto-de-acordo-para-comprar-ativo-da-pactiv-evergreen/ Fri, 12 Jul 2024 20:36:21 +0000 https://investnews.com.br/?p=599778 A Suzano (SUZB3) anunciou nesta seta-feira (12) a aquisição de duas fábricas da Pactiv Evergreen nos Estados Unidos. O acordo, de US$ 110 milhões, inclui as fábricas de Pine Bluff, no estado do Arkansas, e Waynesville, na Carolina do Norte, onde são produzidos papelcartão para embalagens de líquidos e copos de papel. 

Com a transação, a Suzano amplia sua presença na América do Norte e ingressa no mercado de embalagens para consumo e food service na região.

Sujeita a aprovações regulatórias, previstas para ocorrerem até o final deste ano, a transação adicionará aproximadamente 420 mil toneladas integradas de papelcartão à capacidade anual de produção da Suzano. Com o acordo, a multinacional brasileira se tornará uma grande fornecedora de papéis utilizados na produção de Liquid Packaging Board, material amplamente difundido no mercado alimentício norte-americano, além de possibilitar a ampliação de sua posição de fornecedora no segmento de copos de papel.

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Além da aquisição das fábricas, a Suzano formalizou um acordo de longo prazo com a Pactiv Evergreen para continuar fornecendo o papelcartão usado em embalagens de líquidos nas unidades de conversão da empresa norte-americana. 

Os ativos adquiridos têm como diferenciais a grande disponibilidade de madeira na região, o baixo custo da energia e o acesso privilegiado a ferrovias, portos e rodovias.

A compra da fábrica de Pine Bluff ocorre semanas depois de a Suzano ter desistido da oferta pela gigante norte-americana International Paper Co., uma transação que teria permitido à empresa brasileira, a maior produtora mundial de papel, expandir-se internacionalmente e diversificar as operações no setor de embalagens.

A Pactiv Evergreen, sediada em Lake Forest, Illinois, tem explorado alternativas estratégicas para sua fábrica em Pine Bluff, Arkansas, e disse, de acordo com o último documento público disponível, que não havia definido um cronograma em relação a esse processo.

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Acordo de fusão entre Paramount e Skydance encerra era Redstone https://investnews.com.br/negocios/acordo-de-fusao-entre-paramount-e-skydance-encerra-era-redstone/ Mon, 08 Jul 2024 14:31:23 +0000 https://investnews.com.br/?p=598659 A Skydance Media e a Paramount Global chegaram a um acordo de fusão, anunciaram as empresas no domingo (7), escrevendo um novo capítulo para um dos estúdios mais antigos de Hollywood.

As empresas concordaram com um processo de duas etapas no qual a Skydance e seus parceiros vão adquirir a National Amusements, que detém a participação de controle da família Redstone na Paramount, por US$ 2,4 bilhões em dinheiro.

Posteriormente a Skydance se fundirá com a Paramount, oferecendo US$ 4,5 bilhões em dinheiro ou ações aos acionistas e fornecendo um adicional de US$ 1,5 bilhão pelo balanço patrimonial da Paramount.

LEIA MAIS: Paramount troca CEO por trio de executivos enquanto negocia fusão com Skydance

Antes de uma apresentação para investidores nesta segunda-feira (8), a Paramount divulgou em slides que o acordo produzirá US$ 2 bilhões em economias de taxa de execução, com metade disso entregue no primeiro ano. Os custos de reestruturação e integração chegarão a US$ 1,6 bilhão, de acordo com os slides.

A receita da Paramount em 2025 chegará a US$ 32,6 bilhões e a receita de 2027 deverá aumentar em 2%, para US$ 33,5 bilhões, de acordo com os slides.

O acordo representa o fim de uma era para Shari Redstone, cujo pai e falecido patriarca, Sumner Redstone, transformou a cadeia de cinemas drive-in da família em um império de mídia que incluía a Paramount Pictures, a emissora CBS e as emissoras a cabo Comedy Central, Nickelodeon e MTV.

“Dadas as mudanças no setor, queremos fortalecer a Paramount para o futuro, garantindo que o conteúdo continue sendo o rei”, disse Redstone, presidente da Paramount e da National Amusements, em um comunicado, citando uma frase cunhada por seu pai.

A fusão combinará a Paramount, responsável por filmes clássicos como “Chinatown”, “O Poderoso Chefão” e “Bonequinha de Luxo”, com seu parceiro financeiro em vários filmes recentes importantes, incluindo “Top Gun: Maverick”, “Missão: Impossível — Acerto de Contas” e “Star Trek — Além da Escuridão”.

David Ellison, o empresário de tecnologia de 41 anos que fundou a Skydance, se tornará presidente do conselho e presidente-executivo da nova Paramount. Jeff Shell, ex-presidente-executivo da NBCUniversal, será seu novo presidente.

Ellison herdará uma empresa de mídia que tem uma série de desafios, enquanto navega em uma indústria de entretenimento impactada pela revolução do streaming de vídeo.

A Paramount perdeu quase US$ 17 bilhões em valor desde o final de 2019, uma vez que seu negócio tradicional de televisão sofreu uma erosão mais rápida do que seu serviço de streaming Paramount+ poderia gerar lucro.

Ellison se comprometeu a trazer a “melhor tecnologia da categoria” e uma infraestrutura moderna para a Paramount+ e o serviço de streaming gratuito, Pluto TV, mesmo que tenha aprimorado as emissoras de televisão tradicionais da Paramount.

“Estamos comprometidos em energizar o negócio e reforçar a Paramount com tecnologia contemporânea, nova liderança e uma disciplina criativa que visa enriquecer as gerações futuras”, disse a Skydance em um comunicado preparado para o anúncio do acordo.

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Acionistas da Discovery recebem US$ 125 milhões em processo sobre fusão com a Warner https://investnews.com.br/negocios/acionistas-da-discovery-recebem-us-125-milhoes-em-acordo-de-fusao-com-a-warner/ Sat, 06 Jul 2024 16:29:32 +0000 https://investnews.com.br/?p=598498 Investidores da Discovery que contestaram os termos da fusão de US$ 43 bilhões da empresa com a WarnerMedia, da AT&T, chegaram a um acordo de US$ 125 milhões, colocando fim às acusações de que o negócio os prejudicou e que teria proporcionado benefícios impróprios a acionistas relevantes e executivos das empresas.

O acordo prevê que uma empresa de propriedade da família bilionária Newhouse, que era um grande acionista na operadora do Discovery Channel, pague US$ 100 milhões do acordo, enquanto o ex-presidente da Discovery, Robert Miron, e seu filho, Steven, devem cobrir os US$ 25 milhões restantes, de acordo com documentos judiciais.

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Um grupo de fundos de pensão detentores de ações da Discovery processou no Tribunal de Chancelaria de Delaware, alegando que insiders da empresa colheram benefícios impróprios no valor de mais de US$ 1 bilhão no negócio. 

O acordo foi divulgado na sexta-feira (5). Os réus — que incluíam os Mirons — faziam parte das parcerias Advance/Newhouse que anteriormente possuíam ações preferenciais na Discovery antes da fusão ser concluída em 2022, mostram os documentos judiciais.

Os Mirons argumentaram que não cometeram irregularidades e concordaram em resolver a questão para evitar o “fardo substancial, despesa, inconveniência e distração de um litígio contínuo”, de acordo com os documentos. Advogados dos fundos disseram nos documentos judiciais que o acordo é “justo, razoável” e no melhor interesse dos investidores.

Logo da Warner Bros. Discovery em Nova York (Yuki Iwamura/Bloomberg)

Os advogados dos Mirons e dos fundos não estavam imediatamente disponíveis para comentar na sexta-feira fora do horário comercial regular.

Os fundos, que incluíam o Bricklayers Pension Fund of Western Pennsylvania, acusaram os Mirons e outros de negociar um acordo de fusão que era “não totalmente justo” para os acionistas minoritários. O fundo da Pensilvânia acusou as parcerias Advance/Newhouse de “extorquir” um pagamento paralelo de nove dígitos depois que ficou claro que “a fusão era importante demais para a Discovery” para ser cancelada.

A combinação criou a Warner Bros Discovery, um dos maiores conglomerados de mídia do mundo, cujo portfólio inclui Discovery Channel, Warner Bros. Entertainment, CNN, HBO e Cartoon Network, juntamente com os serviços de streaming Discovery+ e HBO Max.

O juiz Travis Laster, do Tribunal de Chancelaria de Delaware, ainda deve aprovar o acordo e os honorários legais dos advogados dos investidores. Esses virão do fundo de acordo de US$ 125 milhões.

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