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China responde a Elon Musk e lança satélites rivais da Starlink

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Quem precisa da internet da Starlink quando você pode lançar os seus próprios satélites? A China deu o primeiro passo nessa direção nesta terça-feira (6), ao colocar em órbita os primeiros 18 satélites da Spacesail Constellation.

Trata-se de uma iniciativa estatal para montar uma constelação de satélites capazes de circundar o planeta e fornecer internet de alta velocidade à moda da conhecida empresa de Elon Musk. Hoje, dos 9,7 mil satélites operacionais orbitando a Terra, 5,4 mil são da Starlink, 56% do total.

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Agora, os satélites da Spacesail também vão trafegar nessas “rodovias espaciais”. E pode dar congestionamento: a China pretende colocar 15 mil desses aparelhos em órbita ao longo dos próximos anos, sendo 648 até o fim do ano que vem.

Os satélites operam a altitudes entre 300 km e 2000 km da superfície terrestre e têm a vantagem de serem mais baratos e eficientes na transmissão de dados do que os equivalentes de órbitas mais altas.

Os 18 satélites alcançaram a órbita da Terra à bordo de um foguete da série Longa Marcha 6. Com essa operação, essa série de foguetes completou 530 missões.

Foguete carregando grupo de satélites chineses que devem concorrer com a Starlink, de Elon Musk. Foto: Zheng Bin/Xinhua

O anúncio desta terça mostra como a China não quer mesmo ficar para trás na corrida tecnológica, seja ela qual for – e seja ela contra um país ou contra um empresário bilionário.

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Em 2020, a segunda maior economia do mundo terminou de compor a rede de satélites Beidou, que fornece um sistema global de navegação nos mesmos moldes do conhecido – e amplamente usado mundo afora – GPS. Só que o Global Positioning System é propriedade do governo dos Estados Unidos. Logo, a China fez o dela.

A China investe pesado a depender de tecnologias controladas pelo Ocidente. Assim, tenta garantir sua autonomia industrial e militar.

* com informações da Reuters e da Xinhua

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