Inteligência Artificial

‘Dar um Google’ vai ser coisa do passado. E a culpa é da inteligência artificial, claro

A startup Perplexity.IA pode ser uma boa dica de como será o futuro – breve – das buscas na internet

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O Google como o conhecemos está com os dias contados. Esse modelo de digitar um termo, expressão ou fazer uma pergunta ali na caixinha e receber como resposta um mar de links – muitas vezes patrocinados – tem funcionado bem para as finanças do Google, mas não necessariamente para os usuários.

A Microsoft sabe disso, e já incorporou ao seu Copilot a função de resumir as informações buscadas em um texto só, coeso, personalizado e cujas origens aparecem listadas em notas de rodapé. O próprio Google sabe disso, e está ensaiando uma solução parecida com o seu Overview – embora algumas gafes tenham acontecido.

Mas, para o consultor em inteligência artificial Pedro Burgos, ninguém resolveu tão bem o “problema do Google” quando a startup Perplexity.AI – não à toa, ela é o tema deste vídeo da série “Inteligência Artificial: modo de usar“.

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A Perplexity.IA foi fundada por especialistas vindos do Google e da OpenAI – a criadora do ChatGPT – e mistura características dos principais produtos de ambas as empresas. A proposta da Perplexity é funcionar não como um “site de buscas”, mas como uma “ferramenta de respostas” mais completa, explica Burgos.

Por meio de um chatbot – nos moldes do ChatGPT –, buscas elaboradas podem ser feitas, com resultados personalizados e resumidos, tudo feito sob medida para suas questões.

O leitor mais versado em IA pode querer saber sobre as alucinações, sabendo da tendência que os modelos de linguagem têm de gerar informações falsas em algumas respostas. A questão é endereçada pela Perplexity com os links das fontes de todas as informações usadas na resposta. Dá pra checar tudo, sem problemas.

REUTERS/Francois Lenoir

“A Perplexity brilha de verdade quando a sua pergunta se desdobra em várias buscas”, explica Burgos. Vamos supor que você precise trocar de carro e queira saber qual a diferença de tamanho entre um Volkswagen Nivus e um GWM Haval H6.

“No Google eu poderia levar alguns minutos para pesquisar isso aqui. Entra em um site, anota, entra no outro, assiste um vídeo, compara. A Perplexity não, a coisa já vem mais ou menos pronta.”

Para o especialista em IA, a Perplexity dá boas dicas sobre o futuro das buscas na internet. E se o caminho for esse mesmo, algumas grandes mudanças podem acontecer. Há uma indústria bilionária baseada em como o Google funciona, que baseia a produção de conteúdo em texto e em vídeo.

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Se as respostas forem mais completas e personalizadas e a taxa de cliques nos links cair – afinal, não dá pra apostar que todo mundo vai checar tudo, né – como veículos jornalísticos sem paywall serão remunerados? Como a publicidade será (de novo) transformada? Por enquanto, ninguém sabe.

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