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O que é a ‘Artificial General Intelligence’? Veja vantagens e ameaças

Atualmente, não há nenhuma empresa que esteja liderando o desenvolvimento da tecnologia.

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A “Artificial General Intelligence” (AGI) refere-se a sistemas de inteligência artificial que podem realizar uma ampla variedade de tarefas cognitivas em diferentes domínios, de forma autônoma e flexível, assim como um ser humano. Diferente de sistemas de inteligência artificial especializados, que são programados para executar tarefas específicas, os sistemas AGI devem ser capazes de adaptarem-se e aprenderem por conta própria, sem necessidade de programação prévia.

Aplicações

Exemplos de aplicação de AGI ainda são limitados, uma vez que a criação funcional é um desafio técnico muito grande.

Robôs AGI poderiam ser programados para realizar tarefas complexas em ambientes desconhecidos, ou mesmo para aprender novas tarefas por conta própria, sem a necessidade de programação prévia.

Sistemas AGI poderiam ser treinados para identificar diagnósticos complexos e ajudar médicos no desenvolvimento de tratamentos personalizados, além de serem usados para personalizar o ensino e o treinamento, identificando as necessidades de aprendizagem individuais de cada aluno e adaptando o conteúdo de acordo.

Impactos

Os impactos sociais da AGI ainda são difíceis de prever, uma vez que estamos em estágios muito iniciais de sua implementação. Porém, é evidente que haverá mudanças no mercado de trabalho, pois a adoção generalizada de sistemas AGI poderá afetar negativamente empregos em diversas áreas, especialmente aqueles que envolvem tarefas repetitivas.

Começamos a ver também que mudanças na educação e na formação profissional em função da rápida evolução da tecnologia AGI exigirá novas habilidades e competências de profissionais em diferentes áreas.

E ainda deve haver Impactos na privacidade e na segurança. Os sistemas AGI poderiam coletar e analisar grandes quantidades de dados pessoais, levantando questões de privacidade e segurança de dados.

Quando teremos a AGI?

Não é possível prever com precisão quando a AGI será desenvolvida. A criação de uma AGI funcional é um desafio técnico muito grande e, até o momento, não existe uma abordagem clara ou consenso na comunidade científica sobre como alcançar essa meta. Algumas previsões otimistas sugerem que a AGI poderia ser alcançada em algumas décadas, enquanto outras previsões mais conservadoras argumentam que poderia levar muito mais tempo ou mesmo nunca acontecer. Além disso, a AGI é uma tecnologia que levanta questões éticas e de segurança, e muitos argumentam que devemos garantir que sua implementação seja feita com responsabilidade e segurança. 

Não há nenhuma empresa que esteja liderando atualmente o desenvolvimento da AGI, no entanto, há várias empresas de tecnologia que estão trabalhando em inteligência artificial de forma geral e em áreas específicas relacionadas à AGI, como a Google, a Microsoft, a IBM e a OpenAI. 

É possível legislar a AGI?

A criação de leis e regras para a AGI é um desafio complexo, mas necessário para garantir que sua implementação seja ética e segura. Para isso acontecer é necessário o envolvimento de especialistas em ética e direito, estabelecer padrões de certificação e regulamentações para garantir que a AGI seja desenvolvida e usada de forma segura e responsável.

É necessário também o desenvolvimento de algoritmos éticos para ajudar a garantir que a AGI tome decisões éticas e justas.

As empresas e organizações que desenvolvem e usam a AGI podem ser responsabilizadas pelos impactos que suas tecnologias têm na sociedade e no meio ambiente.

A transparência e a auditoria podem ser implementadas para garantir que a AGI esteja em conformidade. 

‘Renda Básica Universal’

Semana passada eu postei um vídeo do Elon Musk falando sobre a necessidade da criação de uma ‘Renda Básica Universal’ – Universal Basic Income (UBI), na sigla em inglês – e fiz uma enquete para ver se o público concordava ou não. O resultado foi bem equilibrado, mas com ligeira vantagem para os que são a favor da criação da UBI.

Se a AGI substituir milhões de empregos, uma possível solução para criar uma renda básica universal seria a implementação de um sistema de transferência de renda que fornecesse uma quantia mínima de dinheiro a todos os cidadãos de um país ou região, independentemente de sua renda ou situação de emprego. Esse sistema poderia ser financiado por meio de impostos progressivos sobre as empresas e indivíduos que se beneficiassem da AGI.

A UBI pode ajudar a garantir que as pessoas tenham acesso aos recursos necessários para viver e permitir que elas busquem outras formas de trabalho que não possam ser automatizadas pela AGI. Além disso, a UBI pode ajudar a reduzir a desigualdade social e econômica, proporcionando mais oportunidades para os indivíduos que são marginalizados pelo mercado de trabalho atual.

No entanto, a implementação de uma UBI é um desafio complexo que requer um amplo debate político e social, além de recursos financeiros significativos.

Não seria melhor investir em educação?

Sim, programas que visem elevar o nível educacional das pessoas são importantes para prepará-las para as novas profissões que surgirão com o avanço da tecnologia, incluindo a AGI. Investir em educação pode permitir que as pessoas desenvolvam habilidades e competências que as tornem mais resilientes às mudanças no mercado de trabalho e mais adaptáveis a novas profissões que surgirão.

Além disso, programas de treinamento e requalificação podem ajudar a garantir que os trabalhadores não sejam deixados para trás pela automação e possam encontrar novas oportunidades de emprego em áreas que não podem ser automatizadas pela AGI, como a educação, a saúde e os serviços pessoais.

No entanto, é importante lembrar que nem todas as pessoas têm acesso igual a oportunidades educacionais e de treinamento. Será que estaríamos aumentando a desigualdade?

Como evitar fraudes numa eventual UBI?

A blockchain é uma tecnologia que pode ser utilizada para criar a UBIl, pois oferece segurança e transparência nas transações financeiras, o que pode ajudar a evitar fraudes e garantir que o dinheiro seja distribuído de forma justa.

Um exemplo é o projeto da criptomoeda “GoodDollar”. Esse projeto utiliza a tecnologia blockchain para criar uma criptomoeda que é distribuída de forma gratuita para as pessoas, permitindo que elas troquem essa criptomoeda por dinheiro fiat ou outros bens e serviços.

O programa é financiado por meio de doações e taxas de transação, o que garante que o dinheiro seja distribuído de forma transparente e justa, sem a necessidade de intermediários financeiros. Além disso, o uso do blockchain garante que as transações sejam seguras e protegidas contra fraudes, permitindo que o dinheiro chegue às mãos de quem realmente precisa.

Tão importante quanto acompanhar a evolução das tecnologias é conseguirmos entender as suas aplicações e impactos, como utilizá-la da melhor forma possível em nossos negócios, conseguir nos adaptar de forma rápida, mas também ter a ciência que poderemos aumentar cada vez mais a desigualdade se não for utilizada de forma correta e ética. Por mais que a inteligência artificial evolua, é sempre um ser humano que está por trás das decisões. 

Pelo menos por enquanto! Nos vemos no outro lado!

As informações desta coluna são de inteira responsabilidade do autor e não do InvestNews e das instituições com as quais ele possui ligação. 

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