O acordo avaliaria a BeatBox em cerca de US$ 700 milhões e pode ser fechado em breve, caso as negociações não desandem, disseram as fontes.
A BeatBox, conhecida por suas caixas Tetra Pak coloridas com tampas rosqueáveis, foi fundada em 2011 e ganhou força entre consumidores mais jovens. A marca, sediada em Austin e que tem Mark Cuban como um de seus primeiros investidores, estava a caminho de alcançar US$ 175 milhões em receita até o fim de 2024, conforme já havia informado o Wall Street Journal.
A AB InBev, com sede na Bélgica e dona de marcas como Bud Light, Budweiser, Stella Artois e Michelob Ultra, tem valor de mercado de cerca de US$ 111 bilhões.
O contexto
A AB InBev mira o negócio num momento em que a indústria de bebidas alcoólicas busca conquistar consumidores jovens que já atingiram a idade legal para beber. A BeatBox construiu uma base de fãs animada graças a parcerias em festivais de música.
O preço mais baixo — cerca de US$ 4 a US$ 5 por caixa — e o teor alcoólico entre 8% e 11% ajudaram a atrair esse público.
A compra reforçaria o portfólio de bebidas prontas para consumir (ready-to-drink) da AB InBev, que já inclui marcas como o coquetel enlatado Cutwater e a vodka seltzer Nütrl.
O possível acordo segue a venda da BuzzBallz, um coquetel pronto para beber com 15% de teor alcoólico que foi adquirido pela Sazerac no ano passado.
A Michelob Ultra tem sido um ponto positivo para a AB InBev, num momento em que os consumidores têm reduzido o consumo de cerveja em geral. A cerveja leve se posiciona como uma opção de baixas calorias e carboidratos para consumidores preocupados com saúde, ressaltando sua ligação com esportes e fitness.
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