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Compass, Corolla Cross e Taos agitam segmento dos SUVs médios nos próximos meses

Atual líder, Jeep anunciou mudanças em seu produto. Toyota e Volkswagen trazem modelos inéditos para tentar tomar o posto.

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Volkswagen Taos/Divulgação

Entra ano, sai ano, o mercado tem lançamentos importantes. Apesar do agravamento da pandemia, da falta de peças e das vendas em baixa, 2021 não será uma exceção.

A preferência dos consumidores por SUVs vai, novamente, ditar o ritmo das novidades. Essa movimentação pôde ser vista nos últimos meses, quando três dos principais lançamentos desse segmento começaram a ter os detalhes revelados.

No início de março, a Toyota lançou oficialmente o Corolla Cross, modelo de porte médio que aposta na boa fama do nome Corolla para fazer o sucesso que o RAV4 nunca conseguiu.

Corolla Cross, da Toyota/Divulgação

Além do nome, o Corolla Cross terá como arma uma versão híbrida, que deve atrair aqueles que buscam uma pegada um pouco (só um pouco) mais ecológica.

Já a Volkswagen vai apostar suas fichas no espaço interno e na tecnologia para tentar emplacar o Taos, que já foi apresentado no Brasil e já está à venda na Argentina, onde é produzido.

O lançamento em terras brasileiras será entre esse mês de abril e junho. Porém, praticamente todos os detalhes já foram revelados. Falta apenas o preço. Minha aposta? Algo entre R$ 150 mil e R$ 180 mil.

O que Corolla Cross e Taos têm em comum?

Fácil. Além de ocuparem uma faixa de preço com volume crescente em vendas (de R$ 130 mil a R$ 200 mil), ambos querem derrubar o líder disparado dessa categoria, Jeep Compass.

Só que nessa “guerra de SUVs”, o movimento mais recente foi da própria Jeep, que lançou o Compass 2022 com muitas novidades mecânicas, tecnológicas e visuais.

A principal delas é um novo motor 1.3 turbo de 185 cv. Ele vai substituir um 2.0 de 166 cv, e deve tornar o Compass o SUV médio mais potente desse trio.

Junto com o novo motor, a Jeep está lançando novos serviços de conectividade, que incluem uma central multimídia com Wi-Fi a bordo e assistentes de emergência, que avisam o dono e as autoridades se o veículo sofrer um furto, por exemplo. 

O design foi levemente retocado, e inclui um interior mais moderno.

A Jeep ainda não detalhou todas as versões e preços, mas vai vender uma série especial alusiva aos 80 anos da marca por R$ 162.990. As entregas começam em maio.

Quem leva a melhor?

Com essas três novidades, o segmento de SUVs médios deve ter a disputa mais acirrada dos últimos anos. Desde que foi completamente renovado, em 2016, o Jeep Compass não tem enfrentado resistência de qualquer rival, liderando com folga essa categoria.

Em 2020, foram mais de 50 mil unidades emplacadas, segundo a Fenabrave, a associação das concessionárias. Volkswagen Tiguan e Chevrolet Equinox, os concorrentes mais próximos, somados, tiveram 13 mil exemplares vendidos no mesmo período.

Assim, o desafio da Jeep daqui pra frente será manter a ponta.

Se tivesse que fazer uma aposta em qual dos três será líder de vendas daqui um ano, diria que o Compass vai manter a posição atual.

Aqui, é preciso reforçar que não estou dizendo que ele é melhor ou pior do que Taos ou Corolla Cross.

Esse palpite é baseado na oferta dos modelos e projeções das próprias fabricantes.

A Toyota, por exemplo, espera emplacar 3.500 unidades do Corolla Cross todos os meses. Em um ano, isso representa pouco mais de 40 mil exemplares – menos do que o Compass vendeu em 2020.

A Volkswagen não divulgou suas expectativas. Mas é preciso considerar que a gama do Volkswagen Taos é mais limitada. São apenas em 2 configurações, com uma única motorização (1.4 turbo). Assim, vai atuar em uma faixa mais restrita de preços.

A vantagem do Compass é exatamente ser mais versátil. A Jeep oferece motores flex e diesel e tração 4×2 ou 4×4, divididos em 7 versões. O Corolla Cross tem 4, e o Volkswagen Taos terá 2.

Além disso, sua faixa de preços é mais ampla. Hoje, antes da mudança para a linha 2022, os preços vão de R$ 138 mil a R$ 236 mil. Quando mudar, podemos esperar uma tabela variando entre R$ 145 mil e R$ 250 mil.

* André Paixão é jornalista automotivo e editor do Primeira Marcha

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