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Por que as taxas do Tesouro prefixado são sempre menores que a Selic?

Na renda fixa, é comum que a precificação dos ativos ocorra de acordo com as expectativas de juros futuros.

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A taxa do Tesouro Prefixado atualmente encontra-se abaixo da Selic, a taxa básica de juros da economia, em vigor, pois ela reflete as projeções futuras da Selic conforme o vencimento do título.

De acordo com o relatório Focus da última semana, publicado em 25 de julho, as expectativas para a Selic são de 12% ao ano para o fechamento de 2023, de 9,5% ao ano para o final de 2024, de 9,0% ao ano para 2025 e de 8,75% ao ano para 2026.

Como resultado, o Tesouro Prefixado para esses vencimentos tende a incorporar essas expectativas, e, por esse motivo, os investidores não encontram mais a taxa atual da Selic refletida na rentabilidade do título, que atualmente até o final de julho era de 13,75% ao ano.

Essa situação não representa um problema. No mercado de renda fixa, é comum que a precificação dos ativos ocorra de acordo com as expectativas de juros futuros. Isso vale tanto para emissões públicas quanto para emissões privadas e também influencia o mercado secundário.

É uma prática comum e esperada, considerando que os investidores buscam estimar a trajetória das taxas de juros para tomar decisões mais informadas sobre seus investimentos. Portanto, essa dinâmica faz parte do funcionamento natural do mercado financeiro.

Luciana Ikedo. Crédito: Divulgação

*Educadora financeira e autora do livro “Vida financeira, descomplicando, economizando e investindo”. É palestrante e assessora de investimentos, reconhecida como autoridade nas áreas de finanças e investimentos, com mais de 25 anos de experiência profissional. É sócia do escritório RV4 Investimentos, em São Paulo.

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