
O mercado financeiro vai muito além das notícias sobre a cotação do dólar ou dos indicadores econômicos divulgados diariamente. Ele está presente em diversos aspectos da sua vida, desde decisões simples, como deixar dinheiro na poupança, até projetos de longo prazo, como investir para a aposentadoria. Pessoas físicas, empresas e governos participam desse ambiente, movimentando recursos que impulsionam a economia e possibilitam a realização de sonhos e objetivos.
Confira o que é mercado financeiro, como ele funciona e de que forma você pode usá-lo a seu favor.
O que é mercado financeiro?
O mercado financeiro é o ambiente onde são negociados diversos ativos, como ações, títulos públicos e privados, commodities e linhas de crédito. Ele conecta dois lados fundamentais: os investidores, que aplicam recursos financeiros, e os tomadores de dinheiro, que buscam capital para financiar seus projetos.
O investidor pode ser uma pessoa física, uma empresa ou até mesmo um governo que empresta dinheiro esperando um retorno, seja por meio de juros, dividendos ou valorização dos ativos. Por exemplo: quando um banco concede um empréstimo, ele cobra juros que remuneram o capital emprestado, o risco da operação e o tempo até o pagamento.
O tomador de recursos, por sua vez, é quem recebe o dinheiro para financiar uma compra, um investimento ou um projeto. No caso de um financiamento imobiliário, por exemplo, o valor total pago pelo imóvel será maior que o preço à vista, pois inclui o custo do dinheiro antecipado, representado pelos juros.
Governos também atuam no mercado financeiro ao emitir títulos públicos, que são adquiridos por investidores que recebem a garantia de devolução do valor investido acrescido de juros em um prazo determinado.
Instituições como bancos, corretoras, financeiras, securitizadoras, a bolsa de valores e órgãos reguladores viabilizam e supervisionam essas operações, garantindo segurança e transparência.
Como funciona o mercado financeiro?
O mercado financeiro é o ponto de encontro entre quem tem recursos disponíveis e quem precisa deles para realizar seus objetivos, sejam eles pessoais, empresariais ou governamentais. Por meio dele, o dinheiro circula, possibilitando investimentos, consumo, inovação e crescimento econômico.
Quem monitora o mercado financeiro?
No Brasil, o mercado financeiro é organizado dentro de um sistema amplo e estruturado chamado Sistema Financeiro Nacional (SFN), que reúne instituições públicas e privadas em diferentes funções e níveis de atuação.
O SFN é regulado e coordenado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), o principal órgão normativo do sistema, responsável por formular as diretrizes e políticas para o funcionamento do mercado financeiro brasileiro. O CMN estabelece as regras que garantem a estabilidade, o desenvolvimento e a eficiência do sistema financeiro, permitindo que qualquer cidadão possa investir, comprar e vender ativos com segurança jurídica.
O CMN é composto por três membros: o ministro da Economia (que preside o conselho), o presidente do Banco Central do Brasil e o secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia. Essa composição foi atualizada em 2019 para refletir a reorganização dos ministérios.
Para que serve o mercado financeiro?
O mercado financeiro constitui um pilar fundamental em qualquer economia aberta e orientada pelo capitalismo. Tanto indivíduos quanto empresas recorrem às instituições financeiras e seus variados serviços para gerir, alocar e potencializar recursos monetários em múltiplas esferas do cotidiano econômico.
No âmbito do comércio internacional, a existência de um mercado financeiro sólido e bem estruturado é indispensável para viabilizar acordos de cooperação econômica de grande relevância, como o Mercosul ou a Zona do Euro. Sem essa infraestrutura, a coordenação e a confiança necessárias para tais parcerias multilaterais seriam inviáveis.
A relevância do mercado financeiro transcende o universo das pessoas físicas, alcançando entidades de maior envergadura, como governos e corporações globais. Qualquer transação financeira, independentemente de sua escala, está intrinsecamente ligada às complexidades e especificidades desse mercado dinâmico e multifacetado.
A credibilidade internacional de um país está diretamente condicionada à solidez e transparência de seu mercado financeiro. Mercados financeiros frágeis ou excessivamente submetidos a interferências governamentais arbitrárias podem comprometer a reputação do país perante investidores e parceiros globais, impactando negativamente seu acesso a capitais e sua posição estratégica no cenário econômico mundial.
O mercado financeiro, portanto, não é apenas um mecanismo de circulação de recursos, mas um elemento estruturante que sustenta a confiança, a estabilidade e o desenvolvimento econômico em todas as suas dimensões.
Quais são os principais mercados financeiros?
Existem outros mercados sob o guarda-chuva do mercado financeiro. A seguir, você confere quais são eles e quais as principais características de cada um.
Mercado de câmbio
O mercado de câmbio é o ambiente onde ocorrem as operações de conversão de moedas, regulamentado e supervisionado pelo Banco Central. Essas operações envolvem a troca de uma moeda nacional por uma estrangeira, ou vice-versa, e são realizadas por agentes autorizados, como bancos, corretoras e instituições financeiras.
Por exemplo: quando um brasileiro viaja ao exterior e compra dólares ou euros, ele participa do mercado de câmbio. Da mesma forma, empresas exportadoras e importadoras realizam operações cambiais para pagar ou receber em moedas estrangeiras.
Além da simples troca de moedas, o mercado de câmbio engloba diversas operações financeiras, incluindo investimentos em fundos cambiais e contratos futuros de câmbio.
Mercado monetário
Os agentes desse mercado são apenas instituições financeiras e o Banco Central. Mas, afinal, o que é mercado monetário?
O mercado monetário é um ambiente para operações de curtíssimo prazo, de menos de 24 horas. O principal objetivo dele é garantir a oferta de dinheiro para pessoas e empresas.
Para manter o funcionamento do mercado financeiro, o Banco Central criou algumas regras para as instituições financeiras operarem. Uma delas é de que elas terminem o dia com o caixa positivo, ou seja, com dinheiro em caixa.
Um banco pode fazer muitos pagamentos no dia e ficar descoberto. Se todo mundo que tiver poupança na instituição for tirar o seu dinheiro, ele não terá como entregar. Se o banco operar no negativo, as chances de ele quebrar um dia serão grandes.
É por isso que o Banco Central usa esse mecanismo. Para ter dinheiro em caixa, os bancos fazem empréstimos entre si diariamente. Eles usam títulos do Tesouro Direto ou títulos privados (Certificados de Depósito Interfinanceiro, o CDI) como garantia das operações.
A taxa média de juros quando a garantia é feita com títulos privados é conhecida como CDI. Essa taxa virou um indicador financeiro de referência de rentabilidade em alguns investimentos em renda fixa, como veremos mais abaixo.
Mercado de crédito
Pessoas físicas e empresas recorrem ao mercado de crédito em busca de empréstimos e financiamentos para diversas finalidades. Produtos comuns, como cartão de crédito e cheque especial, também fazem parte desse mercado.
Quem acessa o mercado de crédito tem o objetivo de obter capital, seja para manter as contas em dia, quitar dívidas ou investir no crescimento. Em momentos de crise econômica, o crédito é muito demandado para equilibrar o fluxo financeiro pessoal ou empresarial.
Já em períodos de economia favorável, com juros mais baixos, a procura por crédito aumenta para financiar projetos de expansão, como a compra da casa própria ou o investimento em novos negócios.
O mercado de crédito funciona como um sistema que conecta credores — instituições financeiras e investidores que disponibilizam recursos — a devedores, que podem ser pessoas, empresas ou governos. Essas operações envolvem a concessão de recursos financeiros com a expectativa de devolução acrescida de juros, que remuneram o risco e o custo da intermediação.
A diferença entre a taxa cobrada dos tomadores e o custo de captação dos recursos pelos credores é chamada de spread, que cobre riscos, despesas operacionais e margem de lucro das instituições financeiras.
Assim, o mercado de crédito é fundamental para o funcionamento da economia, pois viabiliza o consumo, o investimento e o crescimento, além de ser um termômetro do endividamento da população e das empresas.
Mercado de capitais
O mercado de capitais é o ambiente onde empresas, governos e investidores negociam ativos financeiros, como ações, títulos de dívida (debêntures) e derivativos. Diferente do mercado de crédito, que envolve empréstimos com obrigação de pagamento, aqui o foco está na compra e na venda de participações societárias e outros instrumentos financeiros.
Nesse mercado, empresas e governos captam recursos para financiar projetos e expansão, enquanto investidores buscam retorno por meio da valorização dos ativos ou do recebimento de dividendos e juros. O mercado de capitais é dividido em dois segmentos principais: o mercado primário, onde os ativos são emitidos pela primeira vez, e o mercado secundário, onde esses ativos são negociados entre investidores, garantindo liquidez. Instituições como a Bolsa de Valores, corretoras e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) regulam e facilitam essas operações, assegurando transparência e segurança.
Esse mercado é fundamental para o desenvolvimento econômico, pois canaliza recursos para investimentos produtivos, estimulando o crescimento e a geração de empregos. Além disso, oferece aos investidores diversas opções com diferentes níveis de risco e retorno, atendendo a perfis variados.
Mercado futuro
O mercado futuro faz parte do mercado de capitais e representa as negociações de compra e venda que serão feitas no futuro. Não existe troca de mercadoria aqui, apenas o direito sobre a variação do preço.
Ou seja, você investe em contratos e minicontratos acreditando no aumento ou na redução do preço do produto daqui a um tempo.
Os produtos, no caso, são:
- commodities (gado e itens agrícolas);
- moedas estrangeiras, como o dólar americano;
- índices (como o Ibovespa, da bolsa de valores brasileira).
Os produtos do mercado futuro sofrem com uma mudança de preços frequente. Isso acontece por causa da variação da oferta e da demanda. Se algum acontecimento influenciar os preços, esse investimento pode ser arriscado.
Por conta disso é que o mercado futuro é indicado para quem já tem mais familiaridade com as grandes oscilações do setor.
Quais são os tipos de investimentos do mercado financeiro?
Como vimos acima, as opções de investimentos estão distribuídas entre os tipos de mercado financeiro. Abaixo, dividimos essa variedade para você conhecer melhor na hora de investir.
Renda fixa
Na renda fixa, você empresta dinheiro para os bancos ou o governo e recebe juros em troca. É possível ter uma referência de quanto você vai ganhar ao investir em renda fixa.
Entre os principais produtos estão:
- Certificado de Depósito Bancário (CDB);
- Letras de Crédito Imobiliário (LCI);
- Letras de Crédito do Agronegócio (LCA);
- Letras de Câmbio (LC);
- Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI);
- Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA);
- Recebido de Depósito Cooperativo (RDC);
- Recibo de Depósito Bancário (RDB);
- Debêntures;
- Tesouro Direto.
Renda variável
Na renda variável, você não tem certeza ou uma referência de quanto ganhará no futuro. Como o próprio termo diz, a renda varia conforme os acontecimentos do mercado, do setor de cada empresa e etc.
Entre os principais tipos de investimentos em renda variável estão:
- Ações;
- fundos de investimentos (imobiliários, cambiais, de ações, multimercado, de derivativos, de índice);
- minicontratos;
- Exchange Traded Fund (ETFs);
- Opções.
Veja também: comparador de fundos de investimentos
Principais agentes do mercado financeiro
Há uma divisão bastante clara dentro do mercado financeiro, e quem quer se aprofundar no tema precisa saber as diferenças e o papel de cada tipo de agente. Vamos conhecer cada um deles a seguir.
Emissores de títulos
Quando vamos aplicar dinheiro em um certo investimento, que também pode ser denominado como título, há sempre uma palavra que deve ser bem observada: emissor. Um investimento não vem do nada. Alguma instituição precisa emitir uma dívida para virar um investimento.
Em outras palavras, os emissores de títulos são instituições ou empresas que pedem aos investidores dinheiro emprestado. Em troca, esses investidores podem receber uma remuneração.
Por exemplo: um emissor bastante conhecido é o próprio governo brasileiro, que, por meio do programa Tesouro Direto, emite títulos da dívida pública para angariar recursos dos investidores. Outro caso de emissor clássico são os bancos, que emitem CDBs, LCIs, LCAs, entre outros títulos, para captar dinheiro.
Bolsa de Valores
A bolsa de valores oficial do Brasil é a B3, agente financeiro responsável por proporcionar o ambiente de negociação dos investimentos de renda variável, como ações, ETFs, commodities, fundos imobiliários, entre outros.
Tomadores
Os tomadores são as pessoas ou empresas que estão na ponta de pedir dinheiro por meio de variados tipos de empréstimos. Em instituições como os bancos, os recursos que os tomadores pegam emprestado, geralmente, são usados, em parte, para remunerar a outra ponta da equação, que são os investidores.
Investidores
Ao contrário dos tomadores, os investidores aplicam dinheiro com o objetivo de obter rentabilidade em cima do que investiu.
Quais são as principais certificações do mercado financeiro?
O sistema financeiro abrange diversos mercados e suas mais variadas instituições. Isso significa que há muitas oportunidades de trabalho dentro do universo financeiro.
Diante disso, as certificações do mercado financeiro são portas de entrada e, muitas vezes, requisitos para bons empregos na área de finanças. Conheça abaixo as mais importantes.
CPA — Certificado Profissional da Anbima
As certificações CPA-10 e CPA-20, emitidas pela Anbima, são consideradas essenciais para quem deseja ingressar e atuar no mercado financeiro, especialmente em instituições como bancos, corretoras e financeiras.
A CPA-10 é voltada para profissionais que atuam no atendimento a clientes em agências bancárias e cooperativas de crédito, habilitando-os a oferecer produtos de investimento básicos.
A prova possui 50 questões de múltipla escolha, com duração de até 2 horas, e exige uma aprovação mínima de 70% (35 acertos). Essa certificação é uma porta de entrada para cargos como caixa, atendente e assistente de gerente. Para se inscrever, não é necessário ter formação acadêmica específica ou experiência prévia, o que torna a CPA-10 ideal para quem está começando no setor financeiro.
Já a CPA-20 destina-se a profissionais que atendem clientes de alta renda e precisam de um conhecimento mais aprofundado sobre produtos financeiros. A prova tem 60 questões, com duração de 2h30, e também exige 70% de acerto (42 questões). A CPA-20 permite atuar com uma gama maior de produtos e serviços financeiros, incluindo investimentos mais complexos. Não é obrigatório possuir a CPA-10 para prestar o exame da CPA-20, e também não há pré-requisitos acadêmicos ou de experiência.
Ambas as certificações são exigidas pelo Banco Central para profissionais que trabalham com a venda ou prospecção de produtos de investimento, garantindo um padrão mínimo de conhecimento e segurança para o mercado. O processo de inscrição é realizado no site da Anbima, mediante pagamento de taxa, e o candidato pode agendar a prova conforme sua disponibilidade.
Os conteúdos abordados nas provas incluem conceitos de economia, mercado financeiro, produtos de investimento, legislação, ética e análise do perfil do investidor. Não há necessidade de realizar cálculos complexos, o foco está na compreensão dos conceitos e das práticas do mercado.
CEA — Certificado de Especialista em Investimento Anbima
Outra certificação importante da Anbima é o CEA, que confere o título de especialista em investimentos a quem passar na prova.
É um nível acima do CPA-20, e o teste é composto por 70 questões. Para garantir, também é necessário 70% de acerto na prova.
Diferentemente das certificações introdutórias, no CEA já é previsto que os candidatos saibam fazer cálculos na HP12C, calculadora científica usada para fazer exercícios de matemática financeira, fluxos de caixa e rentabilidades de investimentos.
CFP® — Certified Financial Planner (Certificado de Planejador Financeiro)
A certificação CFP é uma credencial internacionalmente reconhecida, destinada a profissionais que desejam se especializar em planejamento financeiro e obter maior prestígio no mercado.
O exame CFP é composto por 140 questões distribuídas em seis módulos, abrangendo temas como investimentos, aposentadoria, planejamento fiscal e sucessório. A prova é mais exigente que outras certificações do mercado, como as da Anbima, exigindo preparo aprofundado.
Para obter a certificação, é necessário ter ensino superior completo, comprovar experiência profissional mínima de cinco anos na área e concluir um curso prático de planejamento financeiro. Além disso, o candidato deve aderir a um código ético rigoroso.
O CFP é amplamente valorizado no Brasil e no exterior, abrindo portas para oportunidades em consultoria financeira e gestão patrimonial, com reconhecimento pela qualidade técnica e ética do profissional certificado.
CNPI — Certificado Nacional do Profissional de Investimento
O CNPI é uma certificação mais específica em relação a outras, porque é destinado a analistas de investimentos, sobretudo aqueles que trabalham ou querem se inserir no mercado de capitais.
Analistas de ações que querem fazer uma recomendação de investimento precisam ter essa certificação para estarem de acordo com a lei e com as normas da CVM. Caso contrário, o profissional pode sofrer sanções e até ser banido de atuar no mercado financeiro, dependendo da infração.
Por isso, é uma prova muito importante a ser considerada na trajetória profissional dentro do mercado financeiro.
CFG — Certificação de Fundamentos de Gestão Anbima
Também bastante específica, a CFG é destinada para os profissionais que querem trabalhar especialmente com gestão de patrimônio de recursos.
Ou seja, para atuar como gestor de um fundo de investimento, por exemplo, ou atuar como um gestor independente, é necessário tirar essa certificação para estar em conformidade com a fiscalização da CVM.
Outros exemplos de certificações
A certificação CFA (Chartered Financial Analyst) é uma das credenciais mais prestigiadas e reconhecidas internacionalmente no mercado financeiro, destinada a profissionais que desejam atuar como analistas de investimentos e especialistas financeiros.
Considerada a certificação financeira mais desafiadora do mundo, o CFA exige um processo rigoroso de preparação e aprovação em três níveis consecutivos de exames, todos realizados em inglês. O programa abrange temas complexos como ética profissional, análise financeira, gestão de portfólio, investimentos em renda fixa e variável, derivativos, economia e planejamento patrimonial.
Para se candidatar ao exame, o profissional precisa comprovar pelo menos quatro anos de experiência relevante no mercado financeiro ou estar cursando o último ano da graduação. Além disso, é necessário possuir um passaporte válido, registrar-se no CFA Institute e aderir a um código de conduta ética rigoroso.
O custo total para realizar os três exames ultrapassa os 4 mil dólares, o que, somado à dificuldade das provas — que possuem taxa de aprovação inferior a 20% — torna o CFA uma certificação exclusiva, com pouco mais de 1.200 profissionais certificados no Brasil e cerca de 167 mil no mundo.
Os exames são aplicados anualmente, sendo o Level I oferecido em junho e dezembro, e os Levels II e III apenas em junho. Cada nível aumenta em complexidade e profundidade, exigindo meses de estudo dedicado.
Ao concluir o programa, o profissional recebe o título de CFA Charterholder, reconhecido globalmente como um padrão de excelência técnica e ética no mercado financeiro, abrindo portas para atuar em consultorias financeiras, gestoras de investimentos, fundos hedge, private equity, bancos e outras instituições.
Como começar a investir no mercado financeiro do zero?
Não basta só ter dinheiro para investir no mercado financeiro. O ponto de partida de quem quer ter sucesso com os investimentos é planejar os gastos, aumentar os ganhos e, claro, poupar continuamente.
Listamos abaixo os principais pontos para você considerar se deseja investir com segurança e sabedoria, depois de usar um simulador de investimento para visualizar possíveis ganhos com o título escolhido.
1. Faça um planejamento financeiro
Não adianta investir se você não sabe o que fazer com o dinheiro, nem quando usá-lo. Defina um planejamento financeiro com metas de curto, médio e longo prazo. Crie etapas sobre o que é preciso fazer para alcançá-las e liste os custos de cada uma.
2. Tenha um orçamento atualizado
Acompanhe quanto você ganha, como gasta e procure eliminar desperdícios.
3. Comece a poupar quanto antes
Quando o pagamento cair na conta, destine uma parte automaticamente para poupar. Use o restante do dinheiro para viver o mês.
4. Tenha uma reserva de emergência
Guarde pelo menos 12 meses do seu custo de vida mensal para custear suas despesas quando precisar.
5. Conheça o mercado
Acompanhe a economia e conheça os investimentos que se encaixem com o que você quer.
6. Defina o prazo
Combine os investimentos com as suas metas e tenha abertura para fazer ajustes, tanto para aproveitar oportunidades quanto para minimizar riscos.
7. Comece com investimentos em renda fixa
Avalie a rentabilidade, as taxas cobradas e os prazos. Em corretoras de valores você tem uma variedade maior de títulos para escolher do que nos bancos tradicionais.
8. Diversifique sua carteira
Cada um tem seu perfil, mas é importante variar os setores em que investe, bem como os tipos de aplicação. Você pode ter boa parte em renda fixa e experimentar algo em renda variável. Com o tempo, pode diversificar os tipos de investimentos.
9. Tenha sangue frio
Não é porque todo mundo fala que você deve sair investindo em algo que não conhece. Isso vale especialmente para quem ainda está começando a investir. A melhor referência de onde colocar seu dinheiro é o planejamento financeiro.
Últimas notícias sobre o mercado financeiro
Agora que você já tem um bom panorama sobre o mercado financeiro e sua importância para a economia e para o país, que tal acompanhar as últimas notícias relacionadas ao mundo das finanças?Para começar a ficar bem informado, com o mínimo de esforço, você pode receber notícias sobre investimentos no seu e-mail e aproveitar os melhores conteúdos sobre o mercado financeiro.