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Livro de Arianna Huffington ensina a ser um líder de sucesso
Arianna Huffington apresenta uma métrica da felicidade que vai além do dinheiro e poder.
“A busca do sucesso profissional tem nos levado ao fracasso como seres humanos”, diz a fundadora do HuffPost, Arianna Huffington, em seu livro “A Terceira Medida do Sucesso“, best seller na lista do New York Times. Em tempos de pandemia da covid-19 recomendo a leitura dessa obra, que nos ensina os caminhos e sonhos para a nossa realização, em todos os sentidos da vida.
O estilo de vida que nos empobrece
Depois de desmaiar de exaustão no próprio escritório – por excesso de trabalho, falta de sono e sobrecarga emocional –, a autora se deu conta de uma verdade perturbadora: nosso estilo de vida está nos deixando doentes, infelizes e pobres de espírito. E, ironicamente, nossa busca por sucesso profissional tem nos levado ao fracasso como seres humanos.
Reconecte-se consigo mesmo
Enquanto lemos este excelente livro, Arianna nos traz uma reflexão: “mais importante do que saber se o seu negócio vai bem é saber se você está bem”.
Aí, nesse ponto, lembro-me do Steve Jobs, que colocou em dúvida também o significado real entre sucesso e poder. “Cheguei ao auge do sucesso no mundo dos negócios. Nos olhos de outros, minha vida é um epítome do sucesso. No entanto, além do trabalho, tenho pouca alegria. No final, a riqueza é apenas um fato da vida ao qual estou acostumado”, avaliou Jobs, em uma de suas belas citações sobre a vida.
Existe uma métrica da felicidade
Huffington comenta que para viver a vida que realmente queremos e merecemos, e não apenas a vida com a qual nos contentamos, precisamos de uma Terceira Medida, um terceiro indicador de sucesso que vai além de dinheiro e poder. Ele consiste em quatro pilares: bem-estar, sabedoria, admiração e doação.
Elementos da Terceira Medida
Bem-estar
“Ouvimos dizer que o excesso é a chave do sucesso. Se um pouco de algo é bom, muito deve ser melhor ainda”. Você concorda?
Assim, trabalhar oitenta horas por semana deve ser melhor do que trabalhar quarenta. Estar conectado 24 horas por dia é considerado uma condição fundamental em quase todo emprego atual – o que significa que dormir pouco e exercer múltiplas tarefas é um elevador expresso para o topo da carreira.
Certo ou errado? O dilema do excesso.
Para a autora, é chegada a hora de examinarmos essa ideia. Quando consideramos a maneira como estamos vivendo, fica evidente que o preço cobrado é alto demais. Precisamos de uma reforma urgente na arquitetura da nossa rotina. “A mudança mais básica que podemos fazer está ligada ao nosso relacionamento conturbado com o sono”, lembra Arianna Huffington.
Sabedoria
Sabedoria é justamente o que está faltando quando insistimos em manter um velho estilo de vida que já não nos satisfaz. Quando vivemos com mais consciência, a sabedoria nos liberta da realidade que nos aprisiona – aquela que busca o dinheiro e o poder. Mas, continuamos fazendo tudo igual, mesmo quando sabemos que isso está prejudicando nossa saúde, nossos relacionamentos e nossa paz de espírito.
“A sabedoria nos ajuda a reconhecer aquilo de que realmente precisamos: conexão e amor. Contudo, para encontrá-los, precisamos substituir nossa procura incessante pelo “sucesso” por algo mais genuíno, significativo e gratificante, que nos deixa alegre”, enfatiza Arianna Huffington.
Admiração
A admiração não é o mero produto do que vemos – de quão bonito, misterioso, singular ou incompreensível algo pode ser. É também o produto do nosso estado mental, da perspectiva com a qual olhamos para o mundo.
Doação
Bem-estar, sabedoria, admiração: todos são cruciais para redefinir o sucesso e prosperar, mas são incompletos sem o quarto elemento da Terceira Medida: doação. Doar, amar, cuidar, ter empatia e compaixão, abandonar o egoísmo e sair da zona de conforto para ajudar a servir aos outros – eis a única resposta viável para os problemas que o mundo está enfrentando.
Se bem-estar, sabedoria e admiração são nossas respostas ao grito de alerta pessoal, o serviço voluntário é a resposta ao grito de alerta pela humanidade. Estamos em meio a múltiplas crises – econômicas, ambientais, políticas, sociais e pandemia – e não podemos aguardar que apareça um líder montado num cavalo branco para nos salvar.
O líder está no seu espelho
Precisamos encontrar o líder no espelho e dar os passos necessários para fazer a diferença, tanto na comunidade quanto do outro lado do mundo.”Dispomos, em média, de uns 30 mil dias para jogar o jogo da vida. Mas insisto que não vivam apenas para tomar seu lugar no topo do mundo, mas para mudar o mundo” conclui Arianna Huffington.
Confesso que este livro promoveu um “reset” na forma de medir o sucesso. Por isso, experimento agora a alegria de praticar a participação em atividades pro bono! Convido a todos a um “novo reset” em tempos do novo normal dessa longa pandemia.
Auguro uma boa leitura e grande reset!
*Aloisio Sotero é professor e mentor em Precificação e Gestão de Negócios na era digital. Vice-diretor da Faculdade Central do Recife e membro associado do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa. |
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