Economia
3 fatos para hoje: CPI da China; desembolsos da B3 e relação EUA-China
CPI da segunda maior economia do mundo subiu 1,6% em novembro ante igual mês do ano passado.
1 – Na China, taxa anual do CPI desacelera a 1,6% em novembro, mas supera expectativa
A taxa anual da inflação ao consumidor (CPI) da China desacelerou em novembro, à medida que surtos de covid-19 inibiram a demanda doméstica, segundo dados oficiais divulgados nesta sexta-feira (9) pelo horário local.
Pesquisa do escritório de estatísticas chinês, conhecido como NBS, mostra que o CPI da segunda maior economia do mundo subiu 1,6% em novembro ante igual mês do ano passado, depois de avançar 2,1% na comparação anual de outubro. O resultado de novembro, porém, ficou ligeiramente acima da expectativa de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam alta de 1,5%.
Já a inflação ao produtor (PPI) da China teve queda anual de 1,3% em novembro, repetindo a variação de outubro. O consenso no levantamento do WSJ era de recuo um pouco maior, de 1,5%. Em relação a outubro, o CPI chinês diminuiu 0,2% em novembro, enquanto o PPI aumentou 0,1%. Fonte: Dow Jones Newswires.
2 – B3 prevê desembolsos totais de até R$ 2,775 bilhões em 2023
A operadora de infraestrutura de mercado financeiro B3 (B3SA3) anunciou nesta quinta-feira (08) suas projeções de desempenho financeiro para 2023, período no qual prevê desembolsos totais de R$ 2,435 bilhões a R$ 2,775 bilhões.
Desse total, as despesas ajustadas no negócio principal devem consumir de R$ 1,4 bilhão a R$ 1,5 bilhão, além de R$ 180 milhões a R$ 230 milhões em investimentos.
Já as despesas com novos negócios devem tomar de R$ 595 milhões a R$ 665 milhões, mais 20 milhões a 60 milhões em investimentos.
Já a previsão para despesas atreladas ao faturamento no ano que vem é de R$ 240 milhões a R$ 320 milhões. A companhia ainda estimou depreciação e amortização de R$ 975 milhões a R$ 1,055 bilhão para o exercício, quando espera ter uma alavancagem financeira de 1,9 vez, medida pela relação entre dívida bruta e Ebitda recorrente.
A operadora de bolsa prevê distribuir aos acionistas de 110% a 140% do lucro líquido em 2023. A companhia reafirmou suas previsões anteriores de desempenho para 2022.
3 – Yellen se diz “aberta” a visitar a China, e quer envolvimento econômico mais profundo
A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, disse nesta quinta-feira (08) que está “aberta” à ideia de visitar a China, enquanto busca aprofundar o envolvimento econômico com Pequim depois que os líderes das duas maiores economias do mundo se reuniram no mês passado, sinalizando um possível alívio das tensões.
“Não tenho nenhum plano definido para visitar a China, mas certamente estou aberta a isso e espero interações mais intensas do que as que tivemos nos últimos dois anos”, disse.
Yellen disse a jornalistas após uma visita a uma unidade de impressão da moeda norte-americana, no Estado do Texas, que um tópico potencial para futuras reuniões com autoridades chinesas é a necessidade de a China participar mais plenamente das reestruturações de dívidas de países pobres e em desenvolvimento que tomaram empréstimos pesados de credores estatais chineses.
Yellen disse que levantou a questão da dívida com seu equivalente chinês, o vice-primeiro-ministro Liu He, e outras autoridades, mas não viu muito progresso.
“Tenho esperança de que eles entendam a necessidade de aliviar a dívida, reestruturar a dívida quando ela é insustentável, e isso pode ser um tema para reuniões futuras”, afirmou.
O presidente dos EUA, Joe Biden, se reuniu com o presidente chinês, Xi Jinping, por três horas no mês passado na cúpula dos líderes do G20 em Bali, uma discussão que contou com conversas contundentes sobre Taiwan e Coreia do Norte, mas que procurou evitar que as tensões se espalhassem para uma nova Guerra Fria.
* Com informações da Reuters e Estadão Conteúdo
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