Economia

3 fatos para hoje: EUA com rating em observação negativa; recessão alemã

Agência de classificação de risco Fitch colocou perspectiva negativa pra nota de crédito americana com teto de dívidas do país.

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Fitch coloca nota de crédito dos EUA em perspectiva negativa

A agência de classificação de risco Fitch colocou nesta quarta-feira (24) uma perspectiva negativa para a nota de crédito dos Estados Unidos, que é “AAA”, citando crescentes disputas políticas em torno do teto de dívida do país.

O governo do presidente norte-americano, Joe Biden, e representantes republicanos no Congresso estão em um impasse sobre o aumento do teto da dívida federal de US$ 31,4 trilhões, à medida que ambos os lados consideram as propostas um do outro como muito extremas.

A Fitch disse que a nota de crédito do país pode ser rebaixada caso os EUA não elevem ou suspendam o limite de endividamento dentro do prazo.

No entanto, a Fitch acrescentou que as chances dos EUA não pagarem as dívidas no prazo são muito baixas.

A Fitch agora estima que o governo dos EUA gastará mais do que arrecada, levando a um déficit de 6,5% da economia do país em 2023 e de 6,9% em 2024.

Berlim, Alemanha 14/12/2020. REUTERS/Michele Tantussi

Economia alemã entra em recessão no 1º trimestre

A economia alemã contraiu no primeiro trimestre de 2023 em comparação com os três meses anteriores, entrando assim em recessão, mostraram dados da agência de estatísticas nesta quinta-feira.

O Produto Interno Bruto caiu 0,3% no trimestre, quando ajustado pelos efeitos de preço e calendário, mostrou a segunda estimativa. Isso segue um declínio de 0,5% no quarto trimestre de 2022. Uma recessão é comumente definida como dois trimestres sucessivos de contração.

A primeira estimativa havia mostrado estagnação do PIB no primeiro trimestre, com a Alemanha contornando uma recessão.

Na comparação anual, o PIB caiu 0,5% quando ajustado pelos efeitos de preços e calendário.

“Sob o peso de uma inflação imensa, o consumidor alemão caiu de joelhos, arrastando toda a economia com ele”, disse Andreas Scheuerle, analista do DekaBank.

O consumo das famílias caiu 1,2% na comparação trimestral após ajustes de preço, sazonalidade e calendário. Os gastos do governo também diminuíram significativamente, 4,9%, no trimestre.

“O clima quente no inverno, uma recuperação na atividade industrial, ajudada pela reabertura chinesa e uma diminuição dos atritos na cadeia de suprimentos não foram suficientes para tirar a economia da zona de perigo da recessão”, disse o chefe global de macro do ING, Carsten Brzeski.

Em contrapartida, o investimento cresceu nos três primeiros meses do ano, após um segundo semestre fraco em 2022. O investimento em máquinas e equipamentos aumentou 3,2% em relação ao trimestre anterior, enquanto o investimento em construção cresceu 3,9% no trimestre.

Também houve contribuições positivas do comércio. As exportações subiram 0,4%, enquanto as importações caíram 0,9%.

“O forte aumento nos preços da energia cobrou seu preço no semestre de inverno”, disse o economista-chefe do Commerzbank, Joerg Kraemer.

Uma recessão não pôde ser evitada e agora a dúvida é se haverá alguma recuperação no segundo semestre.

“Olhando além do primeiro trimestre, o otimismo no início do ano parece ter dado lugar a um senso de realidade”, disse Brzeski, do ING.

A queda no poder de compra, carteiras de pedidos industriais reduzidas, um aperto monetário agressivo e a esperada desaceleração da economia dos Estados Unidos jogam a favor de uma atividade econômica fraca.

O banco central alemão, no entanto, espera que a economia cresça modestamente no segundo trimestre, já que uma recuperação na indústria mais do que compensa a estagnação do consumo doméstico e uma queda na construção, de acordo com um relatório econômico mensal publicado na quarta-feira.

Comida | Imagem de divulgação | Freepik

IPC-Fipe sobe 0,38% na 3ª quadrissemana de maio

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação na cidade de São Paulo, subiu 0,38% na terceira quadrissemana de maio, desacelerando em relação à alta de 0,44% observada na segunda quadrissemana deste mês, segundo dados publicados nesta quinta-feira, 25, pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).

Na terceira leitura de maio, cinco dos sete componentes do IPC-Fipe perderam força: Alimentação (de 0,82% na segunda quadrissemana para 0,50% na terceira quadrissemana), Transportes (de 0,55% a 0,49%), Saúde (de 1,31% a 1,05%), Vestuário (de 0,97% a 0,94%) e Educação (de 0,14% a 0,13%).

Por outro lado, houve aceleração de preços na categoria Despesas Pessoais (de 0,32% a 0,58%) de uma quadrissemana para a outra. Além disso, a deflação dos custos de Habitação perdeu intensidade no mesmo período (de -0,10% para -0,08%).

Veja abaixo como ficaram os componentes do IPC-Fipe na terceira quadrissemana de maio:

– Habitação: -0,08%

– Alimentação: 0,50%

– Transportes: 0,49%

– Despesas Pessoais: 0,58%

– Saúde: 1,05%

– Vestuário: 0,94%

– Educação: 0,13%

– Índice Geral: 0,38%

*Com Reuters e Estadão Conteúdo.

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