Economia
3 fatos para hoje: investimentos da Petrobras; indústria na zona do euro
Petrobras divulgou nesta quarta-feira (30) seu Plano Estratégico para o período 2023-2027, que projeta investimentos de US$ 78 bilhões.
1 – Petrobras/Plano Estratégico 2023-2027: Capex sobe para US$ 78 bi, 15% maior
A Petrobras (PETR3, PETR4) divulgou nesta quarta-feira (30) seu Plano Estratégico para o período 2023-2027, que projeta investimentos de US$ 78 bilhões, alta de 15% em relação ao plano anterior (2022-2026), de US$ 68 bilhões.
A estatal manteve foco na área de Exploração e Produção (E&P), que ficará com 82% do total a ser investido. O pré-sal continua como o grande foco, representando 67% do total dos recursos de E&P.
A frente de exploração de petróleo e gás vai receber US$ 6 bilhões nos próximos cinco anos, sendo a metade disso, US$ 3 bilhões para a Margem Equatorial, nova fronteira que a companhia planeja explorar ainda a partir de 2022. Para isso, a empresa aguarda licenciamento ambiental do Ibama.
O investimento na área de refino e gás natural entre 2023 e 2027 totaliza US$ 9,2 bilhões. Metade do montante, informou a companhia, deve ser destinado à expansão e aumento de eficiência.
A estatal informou também o valor das despesas com afretamento e aquisição de plataformas. No total, serão investidos US$ 20 bilhões nessa frente nos próximos cinco anos. O recurso é contabilizado como dívida por regras contábeis, mas, na prática, não deixa de funcionar como investimento em serviços.
Já os desinvestimentos foram estimados entre US$ 10 bilhões e US$ 20 bilhões no quinquênio, abaixo da última estimativa, que mirava algo entre US$ 15 bilhões e US$ 20 bilhões.
2 – Desaceleração industrial da zona do euro diminui em novembro
A desaceleração na atividade manufatureira na zona do euro diminuiu em novembro, de acordo com uma pesquisa que sugere que, embora as fábricas do bloco ainda enfrentem um inverno duro, ele pode não ser tão ruim quanto se temia inicialmente.
O Índice de Gerentes de Compras (PMI) industrial final da S&P Global subiu para 47,1 ante 46,4 em outubro, mas ficou abaixo da leitura preliminar de 47,3 e abaixo da marca de 50 que separa crescimento de contração.
Um índice que mede a produção, que alimenta um PMI composto que será divulgado na segunda-feira e é visto como um bom guia para a saúde econômica, subiu para 46,0 de 43,8, marcando seu sexto mês de leituras abaixo de 50.
“O PMI sinaliza alguma moderação bem-vinda na intensidade da desaceleração manufatureira da zona do euro em novembro, o que alimentará as esperanças de que a região não esteja enfrentando uma desaceleração de inverno tão severa quanto anteriormente antecipado por muitos”, disse Chris Williamson, economista-chefe de negócios da S&P Global.
Sugerindo que não haverá uma recuperação rápida no setor, no entanto, os novos pedidos caíram drasticamente, permanecendo firmemente abaixo de 50 em 40,7, embora acima da leitura de 37,9 de outubro.
3 – Alckmin diz que Lula ‘não está com pressa’ de anunciar ministro da Fazenda
O vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), disse nesta quarta-feira (30) que o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), “não está com pressa de definir ministério”, após ser questionado sobre o anúncio do nome que deve ocupar a Fazenda.
“Eu acho que ainda demora um pouquinho mais. O presidente não está com pressa para definir ministério, agora é hora de ouvir bastante”, disse, questionado pelo Estadão se o anúncio do ministro da Fazenda será feito ainda nesta semana.
Segundo ele, Lula está “na fase de ouvir os partidos políticos”. A presença de Fernando Haddad em Brasília, com Lula, durante o início desta semana e sua participação na reunião de economia do grupo de transição aumentaram a expectativa de que o anúncio do petista na Fazenda se concretize. Haddad, no entanto, embarcou para São Paulo nesta quarta-feira à noite, para acompanhar a posse da esposa, Ana Estela, como professora titular da USP.
Envolvido nas articulações para aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição, Alckmin desconversou ao ser perguntado sobre a possibilidade de diminuir o valor a ficar fora do teto de gastos. “A proposta é o valor apresentado, é excluir o Bolsa Família”, disse.
Ele também disse “não ter ouvido” pressão de congressistas para liberar o orçamento secreto, na tramitação da PEC.
Como mostrou o Estadão, o Congresso quer agora usar a PEC, apresentada pela equipe de Lula para liberar recursos, com o objetivo de forçar o governo Bolsonaro a bancar o orçamento secreto no fechamento do ano. As verbas são tratadas como prioritárias para abastecer as campanhas de Lira e Pacheco no comando do Legislativo.
Além disso, o Centrão articula alterar a PEC para incluir uma regra que tornam as emendas secretas impositivas, o que obrigaria o Executivo a fazer os pagamentos e blindaria os repasses de cortes.
(*Com informações de Reuters e Estadão Conteúdo)
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