Economia

3 fatos para hoje: oferta de ações do Assaí; prejuízo da Eletrobras e Natura

Casino lança oferta secundária de ações do Assaí; Eletrobras tem prejuízo de R$ 479 milhões no 4º tri e Natura de R$ 890,4 milhões.

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1 – Casino lança oferta secundária de ações do Assaí

O grupo francês Casino lançou uma oferta pública secundária de ações do atacarejo Assaí (ASAI3) que pode movimentar até R$ 4,2 bilhões se considerado lote adicional e os preços de fechamento dos papéis na segunda-feira.

O Casino, que é pressionado a reduzir volume de dívida, possui 30,5% de participação na rede brasileira de atacarejo e a oferta envolve inicialmente 174 milhões de ações, ou 12,9% da fatia detida na empresa. A ação do Assaí encerrou na véspera cotada a R$ 16,69.

Um lote adicional de 80 milhões de ações, ou 5,9% de participação, pode ser ofertado “a depender das condições de mercado”, afirmou o Assaí em fato relevante ao mercado.

m meados de fevereiro, o presidente-executivo do Assaí, Belmiro Gomes, afirmou que a rede estava caminhando para se tornar uma “corporation”, empresa de capital pulverizado, diante da redução gradual da participação do Casino. Na ocasião, Gomes indicou que novas alterações no estatuto da companhia devem ser anunciadas nos próximos meses para consolidar essa nova governança. Segundo ele, o Assaí trabalha com duas consultorias para avaliação dessas medidas.

Caso o grupo francês consiga vender todas as ações, incluindo o lote adicional de papéis, a participação da empresa no Assaí encolherá para 11,7%, enquanto as ações em circulação serão 88,2% do capital da companhia.

O Assaí afirmou ainda que diante da oferta do Casino, descontinuou suas projeções financeiras, mas manteve a projeção de abertura de lojas.

O Casino, que também controla no Brasil o GPA, que possui a rede Pão de Açúcar, afirmou este mês que continuaria a vender ativos na América Latina em 2023.

2 – Eletrobras tem prejuízo de R$ 479 mi no 4º trimestre

A Eletrobras (ELET6) registrou um prejuízo líquido de R$ 479 milhões no quarto trimestre de 2022, revertendo o resultado positivo em 610 milhões de reais observado um ano antes.

Segundo a elétrica, o desempenho da última linha do balanço foi impactado principalmente pela contabilização de 1,26 bilhão de reais referentes ao Plano de Demissão Voluntária (PDV) do ano passado, além de uma provisão de recebíveis da distribuidora Amazonas Energia, no montante de 2,52 bilhões de reais. Também houve piora do resultado financeiro em 946 milhões de reais.

Com isso, a Eletrobras fechou o ano passado com um lucro líquido de 3,63 bilhões de reais, queda de 36% ante o resultado de 2021.

Já o lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) somou 1,42 bilhão de reais de outubro a dezembro de 2022, 30% inferior ao de igual período do ano anterior. Além da provisão por crédito de liquidação duvidosa (PCLD), também houve redução da receita de Transmissão e aumento dos custos com pessoal, material e serviços (PMSO), disse a Eletrobras.

No acumulado de 2022, o Ebitda da companhia somou 11,4 bilhões de reais, recuo de 18% no comparativo anual.

3 – Natura tem prejuízo com encolhimento de receita

 A fabricante de cosméticos Natura&Co (NTCO3) divulgou no final da noite de segunda-feira prejuízo líquido de R$ 890,4 milhões no quarto trimestre, pressionada em parte por receitas menores em todas as linhas de negócios.

O resultado se compara com lucro líquido de R$ 695,5 milhões apurado no ano anterior.

A Natura teve queda de 11% na receita líquida, para R$ 10,39 bilhões, arrastada por Avon International e The Body Shop, que registraram uma queda de mais de 20% no faturamento. No entanto, em termos de moeda constante, a receita líquida cresceu 3%.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado encolheu 29%, para R$ 1,1 bilhão, atingido por um encargos de 383 milhões vinculado principalmente à Avon International e, em menor grau, à The Body Shop, onde a companhia também registrou algumas despesas de reestruturação.

O presidente-executivo da Natura&Co, Fabio Barbosa, disse em comunicado que a empresa está “redimensionando” a The Body Shop, com foco em eficiências e principais canais de varejo. O executivo afirmou que a companhia está focada em melhorar rentabilidade, fluxo de caixa e na retomada do crescimento.

“Embora esperemos que 2023 seja mais um ano desafiador, nosso foco na geração de caixa e na melhoria da estrutura de capital da empresa nos permitirá investir em nossas prioridades”, afirmou Barbosa.

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