Economia

5 fatos para hoje: entrega de vacina adiada; Maia negocia com a China

Atrasos e falta de insumos podem acabar cedo com o otimismo do início da vacinação no Brasil.

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1 – Fiocruz adia entrega de doses de vacina da AstraZeneca

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) adiou de fevereiro para março a entrega das primeiras doses da vacina da AstraZeneca a serem produzidas no Brasil devido ao atraso na chegada do insumo farmacêutico ativo (IFA) da China, o que limitará a quantidade de doses para a imunização dos grupos de risco e diminuirá o ritmo da campanha de vacinação iniciada nesta semana no país.

A informação sobre o atraso consta de ofício enviado pela Fiocruz ao Ministério Público Federal (MPF) no âmbito de apuração dos procuradores sobre o andamento dos trabalhos para a vacinação no país contra a Covid-19, informaram a Fiocruz e o MPF.

Inicialmente, a Fiocruz esperava entregar o primeiro 1 milhão de doses da vacina desenvolvida pela AstraZeneca e a Universidade de Oxford produzidas pela fundação entre 8 a 12 de fevereiro, mas esse calendário contava com a chegada em 9 dejaneiro do insumo a ser importado da China.

2 – Maia discute com embaixador chinês na quarta-feira sobre insumos para vacinas

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), terá reunião na manhã da quarta-feira com o embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, para discutir a situação de insumos para a produção de vacinas contra a Covid-19 no Brasil.

Segundo a assessoria da presidência da Câmara, o encontro será virtual e reservado.

Tanto o Instituto Butantan como a Fiocruz aguardam a chegada de insumos para a produção das vacinas CoronaVac, do laboratório chinês Sinovac, e da AstraZeneca, respectivamente.

Segundo fontes ouvidas pela “Reuters”, uma soma de questões burocráticas e necessidade de suprir seu próprio mercado com vacinas estaria segurando a liberação pela China dos insumos para a fabricação das vacinas no Brasil.

Nesta terça, o presidente do Butantan, Dimas Covas, disse esperar uma rápida solução para o atraso da vinda de insumos da China e cobrou que o presidente Jair Bolsonaro atue para agilizar a liberação do produto pelo governo chinês.

3 – Consumo de energia elétrica no Brasil cai 1,5% em 2020 com pandemia, diz CCEE

O consumo de energia elétrica no Brasil recuou 1,5% em 2020 na comparação com o ano anterior, impactado especialmente pelos efeitos da pandemia de coronavírus, disse nesta terça-feira a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

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Houve queda de 3,4% no mercado regulado, no qual os clientes são atendidos pelas distribuidoras de energia, segundo a CCEE. Mas o desempenho foi compensado pelo consumo no ambiente livre, em que grandes consumidores negociam diretamente com geradores e comercializadores, com alta de 2,8% no período.

O resultado final da demanda por eletricidade no ano frustrou expectativas mais otimistas– no começo de 2020, antes de a crise da Covid-19 emergir, a CCEE previa que o consumo no país cresceria 4,2%, maior alta desde 2013, impulsionado pelas previsões de melhor desempenho do Produto Interno Bruto (PIB).

4 – Trump pede orações para próximo governo em discurso de despedida

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em um discurso de despedida nesta terça-feira, pediu orações para o novo governo do presidente eleito Joe Biden, mas sem citar nominalmente o sucessor democrata.

“Esta semana, começaremos um novo governo e rezamos pelo seu sucesso em manter os EUA seguros e prósperos”, disse o presidente republicano em um vídeo. “Estendemos nossos melhores desejos e também queremos que eles tenham sorte — uma palavra muito importante”.

Trump se recusou a conceder a derrota a Biden, que venceu a eleição de 3 de novembro com 306 votos no Colégio Eleitoral contra 232 de Trump. O presidente em fim de mandato não se reunirá com Biden antes da posse do democrata, na quarta-feira, às 14h (horário de Brasília), e planeja viajar para a Flórida, onde deve morar depois de seu mandato na Casa Branca.

5 – Indicada de Biden ao Tesouro defende aumento do salário mínimo nos EUA

Indicada pelo presidente eleito dos Estados Unidos Joe Biden para assumir a secretaria do Tesouro, Janet Yellen defendeu nesta terça-feira (19) o aumento dos salários mínimos para US$ 15 por hora, proposto no pacote de recuperação da crise do próximo governo americano, que assumirá na quarta-feira (20). Segundo Yellen, o aumento não só ajudará os trabalhadores do país, como não deve ter grande impacto sobre o emprego nos EUA.

“Estudos recentes feitos em Estados que aumentaram o salário mínimo mostram pouco impacto posterior, se houve algum, sobre o nível de empregos sustentado pela economia”, explicou a ex-presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), durante audiência de confirmação no Senado dos EUA.

*Com Reuters e Estadão Conteúdo

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