5 fatos para hoje: greve de petroleiros, inflação global e ‘caso GameStop’

1 – Greve dos petroleiros suspensa

Petroleiros da Bahia suspenderam uma greve iniciada nesta quinta-feira (18), para pressionar a Petrobras por respostas diante da venda de uma refinaria no Estado, após a estatal propor retomar negociações, afirmou em nota a Federação Única dos Petroleiros (FUP).

O movimento teve a adesão de cerca de mil trabalhadores, de acordo com a federação, além de contar com atos em outras unidades do país. A petroleira, no entanto, não deu mais detalhes sobre a manifestação realizada, como, por exemplo, se confirmava a adesão anunciada pela federação.

2 – Bolsonaro quer dólar a R$ 5 com reformas

Em transmissão ao vivo pelas redes sociais nesta quinta-feira (18), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que o dólar está com cotação alta e que, na sua visão, a moeda americana teria de baixar para o nível de R$ 5. Segundo o presidente, isso aconteceria com reformas estruturantes que possam “despertar, mais do que atenção, a segurança do investidor”.

O mandatário ainda fez, como já havia feito em outras lives, um apelo para agentes do mercado financeiro que apostam na desvalorização do real em relação ao dólar. “É melhor esse pessoal todo ganhar um pouco menos por mais tempo do que ganhar muito por pouco tempo, que o prejuízo vai ser enorme”, disse.

Bolsonaro também apontou que a inflação do preço de produtos da cesta básica bateu, segundo ele, 20% no ano passado, o que ele considerou “um número enorme”. Na sequência, o presidente se dirigiu a pessoas que o criticam nas redes sociais pela alta nos preços e disse que quem reclama deveria “ir primeiro na página do seu governador”.

3 – Aumento de impostos nos EUA

A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, disse nesta quinta-feira que um aumento de impostos seria necessário para pagar parte de um grande pacote de modernização de infraestrutura que o presidente do país, Joe Biden, planeja apresentar ainda neste ano.

Em entrevista à CNBC, Yellen disse que detalhes ainda estão sendo elaborados em relação ao pacote de infraestrutura e energia limpa, que viria depois de um plano de alívio ao coronavírus no montante de 1,9 trilhão de dólares, atualmente em tramitação no Congresso.

4 – Medo da inflação

O crescente receio de que a escalada das commodities contaminará índices de preços pelo mundo esfriou o apetite de investidores por ativos de risco, arrastando o principal índice da Bovespa para baixo.

Nos Estados Unidos, a divulgação de um aumento surpreendente dos pedidos de seguro-desemprego, enquanto o Congresso do país ainda discute a aprovação de um novo pacote de estímulo de 1,9 trilhão de dólares, foi a senha para ordens de vendas de ações, enquanto o cenário não fica mais claro. Em Wall Street, o S&P 500 caiu 0,44%.

Por aqui, o anúncio de que a Petrobras vai reajustar preços do diesel e da gasolina a partir desta sexta-feira (19) deu força aos argumentos de que a Selic, hoje em 2% ao ano, terá que subir logo, mesmo com a atividade econômica ainda patinando.

5 – Câmara dos EUA e ‘caso Gamestop’

A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos realizou nesta quinta-feira (18) uma audiência sobre a volatilidade causada nos mercados acionários americanos por movimentos especulativos de investidores de varejo no final de janeiro, o que ficou conhecido como “caso GameStop”.

Ao final da sessão, a presidente do Comitê de Serviços Financeiros, Maxime Waters, informou que serão marcadas novas audiências sobre o tema. De acordo com ela, órgãos reguladores como a Securities and Exchange Commission (SEC), equivalente à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), também serão convocados.

Segundo Waters, o objetivo das audiências na Câmara é avaliar as mudanças que estão ocorrendo nos mercados acionários, proteger os investidores e “fazer Wall Street prestar contas”. A avaliação de analistas é de que o aumento do número de pequenos investidores está relacionado ao surgimento de corretoras online que não cobram taxas, como a Robinhood, e a um ambiente de ampla liquidez fiscal e monetária.

*Com Reuters e Estadão Conteúdo