Economia
5 fatos para hoje: IPO da LG adiado e Senado aprova prorrogar declaração do IR
O projeto prorroga de 30 de abril para 31 de julho o prazo para a apresentação da declaração do Imposto de Renda da Pessoa Física referente ao exercício de 2021.
1 – LG Informática confirma interrupção de IPO por 60 dias
A LG Informática confirmou na terça-feira (6) ter enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) pedido de interrupção por 60 dias do prazo de análise de registro de sua oferta de ações (IPO, na sigla em inglês), com a qual pretendia captar perto de R$ 900 milhões, considerando o preço de R$ 17,50, o meio da faixa de R$ 15,00 a R$ 20,00 por ação prevista.
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Segundo fontes anteciparam ao Broadcast, o adiamento do IPO foi decidido por conta das condições do mercado, que se tornaram adversas desde meados de fevereiro.
O agravamento da pandemia e a lentidão da vacinação, além da instabilidade na política e macroeconômica, deixaram investidores mais seletivos. Fontes disseram que, nas últimas semanas, alguns potenciais investidores foram sondados sobre eventual interesse na aquisição das ações em patamar ainda inferior ao piso. O Itaú BBA, UBS-BB e BTG Pactual atuam na operação.
2 – Bradesco afirma que continua em conversas com acionistas sobre operação com Elo
Em resposta a questionamento feito pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o Bradesco (BBDC4) se posicionou sobre a notícia sobre a aquisição da marca Elo pela própria bandeira de cartões, por R$ 400 milhões, dada pela Coluna do Broadcast.
Segundo o banco, as conversas com os demais acionistas sobre uma eventual operação envolvendo a Elo continuam, mas não há uma decisão até agora. “O assunto como um todo, incluindo eventual transferência de titularidade da marca ‘bandeira Elo’ para a Elo Serviços, depende de discussões e estudos que ainda estão sendo desenvolvidos”, diz o Bradesco.
No mesmo comunicado, a instituição financeira ressalta que um eventual recebimento de recursos pela venda da marca Elo caberia à Elopar, que detém a marca. O Bradesco receberia uma proporção do valor, mas que segundo o banco, não seria relevante.
3 – Senado aprova projeto que prorroga declaração do IR, mas governo avalia veto
O Senado aprovou, na terça-feira (6), um projeto prorrogando o prazo de entrega da declaração do Imposto de Renda para Pessoa Física até o fim de julho. Como houve alterações, a proposta voltará para a Câmara dos Deputados antes de ser encaminhada à sanção do presidente da República, Jair Bolsonaro. O Planalto avalia vetar a prorrogação em função do impacto financeiro.
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O projeto prorroga de 30 de abril para 31 de julho o prazo para a apresentação da declaração do Imposto de Renda da Pessoa Física referente ao exercício de 2021, ano-calendário de 2020, em função da pandemia de covid-19.
Como o pagamento do imposto pelos contribuintes poderá ser feito em até oito parcelas, as três primeiras quotas que venceriam em abril, maio e junho seriam prorrogadas para julho, agosto e setembro. Conforme cálculos do Ministério da Economia, a mudança adiaria o fluxo de arrecadação de um valor estimado em R$ 13,2 bilhões e pode afetar o cronograma das restituições.
4 – Câmara aprova texto principal de projeto que flexibiliza compra de vacinas por empresas
A Câmara dos Deputados aprovou na terça-feira (6) o texto principal de projeto que flexibiliza as regras para empresas comprarem vacinas contra a covid-19, reduzindo as exigências para a aquisição de imunizantes pelo setor privado.
A participação das empresas na compra de vacinas já é permitida pelas regras atuais, desde que as doses sejam doadas integralmente ao Sistema Único de Saúde (SUS). O novo projeto permite que pessoas jurídicas possam comprar imunizantes para seus funcionários, exigindo como contrapartida que quantidade igual à adquirida seja doada ao SUS.
Após a aprovação do texto-base, os deputados terão que analisar 10 destaques que alteram a proposta.
5 – Senado põe na pauta projeto que recria programa de corte de salário e jornada
O Senado decidiu pautar projeto que permite às empresas cortarem até o fim do ano jornada e salário dos funcionários ou suspenderem contratos, nos mesmos moldes do programa adotado em 2020. Como contrapartida, o governo complementaria a renda dos trabalhadores atingidos com o Benefício Emergencial para Preservação do Emprego e da Renda (BEm).
A equipe econômica discute reeditar o programa por meio de medida provisória (MP), mas ainda esbarra no impasse jurídico em torno da abertura de um novo crédito extraordinário, fora do teto de gastos, para bancar a rodada do benefício. O movimento dos senadores pressiona o governo a retomar a medida. Hoje, o presidente Jair Bolsonaro deve se encontrar com empresários em São Paulo. Eles devem reforçar o apelo pela volta do programa para que demissões sejam evitadas.
(* com informações da Reuters e Estadão Conteúdo)