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5 fatos para hoje: lucro da Eletrobras cai 87%; Covid-19 e demanda por petróleo

De acordo com a AIE, a segunda onda de Covid-19 rebaixou a previsão de demanda global de petróleo.

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1 – AIE piora previsão de queda na demanda global por petróleo em 2020

A Agência Internacional de Energia (AIE) piorou suas perspectivas para a demanda por petróleo neste ano diante dos impactos futuros da segunda onda de covid-19. A entidade, com sede em Paris, revisou para baixo em 400 mil de barris por dia (bpd) a projeção para a queda do consumo global da commodity, que deve ser de 8,8 milhões de bpd (ante 8,4 milhões), conforme relatório mensal publicado hoje.

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Para 2021, porém, a AIE está mais otimista. Espera que a demanda por petróleo ao redor do globo cresça em 5,8 milhões de bpd ante 5,5 milhões no mês passado. “É improvável que as vacinas aumentem significativamente a demanda até o próximo ano”, justificou a AIE, no documento.

A oferta global por petróleo cresceu 200 mil de barris por dia em outubro, para 91,2 milhões de bpd. De acordo com a AIE, a produção dos países participantes da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) manteve-se praticamente estável. O cumprimento do acordo de corte da produção de petróleo ficou em 103%, mesmo patamar de setembro.

2 – Eletrobras tem lucro líquido de R$ 96 milhões no 3º trimestre

A Eletrobras (ELET3) teve lucro líquido de R$ 96 milhões no terceiro trimestre de 2020, queda de 87% na comparação com os R$ 716 milhões apurados no mesmo intervalo de 2019.

De acordo com a estatal de energia, os resultados do trimestre foram impactados, principalmente, pela redução de receita de geração, em R$ 866 milhões, refletindo, principalmente, à provisão de desvio negativo de energia das Usinas Nucleares de Angra I e Angra II, no valor R$ 216 milhões, referente a não geração de energia em comparação ao total de garantia física, ocasionada pela extensão da parada de Angra I e II além do período previsto, ao ressarcimento por não atendimento de inflexibilidade da Usina Candiota III, no valor total de R$ 52 milhões e ao término, em 2019, de contratos no Ambiente de Contratação Regulada (ACR), de cerca de 672MW médios, por Furnas e Eletronorte.

A Eletrobras destaca ainda que o resultado também foi pressionado pelo aumento de provisões contingências de R$ 941 milhões, com destaque para R$ 377 milhões relativos às contingências judiciais que discutem a correção monetária de empréstimo compulsório, especialmente em decorrência de reclassificação de risco de um processo específico de R$ 219 milhões.

3 – JBS registra lucro líquido de R$ 3,132 bilhões no 3º trimestre

A JBS (JBSS3) encerrou o terceiro trimestre de 2020 com lucro líquido de R$ 3,132 bilhões, ou R$ 1,17 por ação, valor 778,2% maior do que o lucro de R$ 356,7 milhões verificado no mesmo período de 2019, informou a empresa. A receita líquida ficou em R$ 70,081 bilhões, aumento anual de 34,3%. Já o Ebtida ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 7,996 bilhões, alta de 35% ante o terceiro trimestre do ano passado, com margem de 11,4%.

A dívida líquida da companhia somou R$ 51,464 bilhões, 14,1% superior ao reportado em igual trimestre de 2019, de R$ 45,099 bilhões, em virtude da desvalorização do real frente ao dólar. Em dólares, entretanto, a dívida líquida caiu 15,8%, de US$ 10,829 bilhões para US$ 9,123 bilhões. Já a alavancagem, medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda, ficou em 1,83 vez em reais e 1,60 vez em dólares no terceiro trimestre, contra 2,56 vezes e 2,39 vezes, respectivamente. O resultado financeiro líquido no trimestre ficou negativo em R$ 1,069 bilhão, ante resultado negativo de R$ 3,700 bilhão no mesmo trimestre de 2019.

Em comunicado, a JBS informou também ter gerado R$ 7,7 bilhões em caixa operacional, crescimento de 27% na comparação com o terceiro trimestre de 2019. O fluxo de caixa livre, por sua vez, subiu 36,9% na mesma base comparativa, após a adição de ativo imobilizado (Capex), juros pagos e recebidos, para R$ 5,2 bilhões no período.

4 – Via Varejo reverte prejuízo e tem lucro líquido de R$ 590 milhões no trimestre

A Via Varejo (VVAR3) registrou lucro líquido contábil de R$ 590 milhões no terceiro trimestre de 2020, revertendo prejuízo de R$ 346 milhões apurado no mesmo período de 2019. O resultado não recorrente teve lucro de R$ 490 milhões, ante prejuízo de R$ 138 milhões na mesma base de comparação.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da Via Varejo entre julho e setembro ficou em R$ 1,120 bilhão, ante resultado negativo de R$ 97 milhões de um ano antes. No critério ajustado, o indicador somou R$ 1,196 milhões, um crescimento de 443,6% ante os R$ 220 milhões do terceiro trimestre do ano passado. A margem Ebitda ajustada saiu de 3,9% no ano passado para 15,3% neste ano.

“A melhora significativa da performance foi resultado da excepcional venda do canal online, da evolução das vendas nas lojas físicas e das ações de redução de despesas fixas e variáveis refletindo ganhos de alavancagem operacional”, afirma a empresa em comentário que acompanha os números.

5 – MRV tem lucro líquido de R$ 158 milhões no trimestre, queda de 1,6%

A MRV Engenharia (MRVE3) apresentou lucro líquido de R$ 158 milhões no terceiro trimestre de 2020, o que representa uma leve queda de 1,6% na comparação com o mesmo período de 2019, quando teve lucro de R$ 160 milhões.

O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) somou R$ 253 milhões, avanço de 1,9% na mesma base de comparação. A margem Ebitda diminuiu 1,5 ponto porcentual, para 14,4%.

A receita líquida atingiu o recorde de R$ 1,760 bilhão, alta de 12,2%.

Apesar do aumento da receita devido às vendas recordes, a companhia teve um recuo de 1,2 pontos na margem bruta, para 28,3%, o que proporcionou o recuo no lucro. A MRV concedeu descontos para acelerar a venda dos imóveis e agora, com a melhora do mercado, tem reduzido esses descontos progressivamente.

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