Economia
5 fatos para hoje: R$ 30 bi de fora entram na bolsa; Black Friday e e-commerce
Fluxo de capital estrangeiro é o maior para o mês de toda a série histórica; analistas justificam a tendência pelo otimismo com o desenvolvimento de vacinas.
1 – Vendas no varejo na Black Friday recuam 14,5%, mostra ICVA; e-commerce cresce 21%
O faturamento nominal das vendas no varejo mostrou retração de 14,5% na sexta-feira da ‘Black Friday’, em relação a período equivalente do ano anterior, de acordo com o Índice Cielo de Varejo Ampliado (ICVA), que monitora 1,5 milhão de varejistas credenciados à empresa de meios de pagamentos.
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Tal desempenho refletiu principalmente o declínio de 25,5% nas vendas no varejo físico, ainda afetado pela pandemia de Covid-19, enquanto o comércio eletrônico apurou alta de 21,2% ano a ano, conforme números divulgados neste sábado pela Cielo.
Na visão do superintendente-executivo de Inteligência da Cielo, Gabriel Mariotto, o crescimento das vendas online está relacionado com a maior familiaridade das pessoas em comprar pela internet.
“Desde o início da pandemia, com as medidas de isolamento, as pessoas buscaram o e-commerce para realizar compras. Essa mudança de comportamento se reflete nos resultados da Black Friday, uma data tradicionalmente mais forte nesse canal” afirmou Mariotto, em nota.
2 – Estrangeiros põem R$ 30 bi na bolsa brasileira este mês
A Bolsa brasileira nunca viu tanto dinheiro estrangeiro como neste mês de novembro. O otimismo global provocado pela eleição de Joe Biden nos Estados Unidos e, principalmente, as boas notícias relacionadas ao avanço das vacinas contra a covid-19 levaram os investidores de fora a colocarem na B3, neste mês, R$ 30 bilhões, o maior valor desde 1995, quando esse dado começou a ser computado. O índice Ibovespa chegou ontem a uma alta de 18% no mês, um dos maiores crescimentos entre as principais Bolsas mundiais.
Nem a segunda onda da covid-19 e o retorno de países da Europa aos lockdowns reduziu o otimismo dos investidores. A leitura dos estrategistas tem sido a de que a vacina torna possível olhar para um horizonte mais longo, de cerca de seis meses, em que se espera que ao menos uma das diferentes imunizações que já se mostraram eficazes tenha sido aplicada em larga escala. Por isso, essa alta nas Bolsas tem sido espalhada em todo o mundo: em novembro, o principal índice da Bolsa do México sobe 13%. Na Coreia do Sul, o ganho é de 16%. Nos Estados Unidos, o S&P 500, da Bolsa de Nova York, avança 11,3%.
3 – Atividade industrial da China expande no ritmo mais forte em mais de 3 anos, mostra PMI oficial
A atividade industrial da China expandiu no ritmo mais rápido em mais de três anos em novembro, enquanto o crescimento no setor de serviços chegou a uma máxima de vários anos, conforme a recuperação do país da pandemia de coronavírus ganha força.
Os dados divulgados nesta segunda-feira sugerem que a segunda maior economia do mundo está a caminho de se tornar a primeira a se livrar completamente do peso das paralisações na indústria, com recentes dados de produção mostrando que o setor está agora em níveis pré-pandemia.
O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) oficial de indústria da China subiu a 52,1 em novembro de 51,4 em outubro, mostraram dados da Agência Nacional de Estatísticas.
Foi a leitura mais alta desde setembro de 2017 e permaneceu acima da marca de 50 que separa crescimento de contração. Também ficou acima da expectativa de 51,5 em pesquisa da Reuters com analistas.
4 – Preços da gasolina e diesel nos postos caem na semana; etanol volta a subir, diz ANP
Os preços médios da gasolina e do diesel recuaram nos postos de combustíveis do Brasil ao longo desta semana, enquanto o valor médio do etanol voltou a subir, mostraram dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) publicados nesta sexta-feira.
De acordo com a reguladora, o preço da gasolina comum nas bombas registrou, em média, queda de 0,13% no período, atingindo 4,428 reais por litro.
Já o diesel, combustível mais utilizado do Brasil, recuou 0,56% na semana, com o litro custando em média 3,518 reais.
Os preços de ambos, porém, haviam avançado na semana imediatamente anterior, em comparação com a semana encerrada no dia 14 de novembro, segundo a ANP.
5 – BC eleva oferta de swaps em rolagem e sinaliza venda líquida de dólares mirando overhedge
O Banco Central aumentou o volume ofertado em leilão de rolagem de swap cambial tradicional previsto para esta segunda-feira, para um ritmo que, se mantido até o fim do mês, representará colocação líquida de dólares no mercado futuro, algo já sinalizado pelo BC diante da expectativa de compra bilionária de dólares na virada do ano relacionada ao overhedge.
O BC anunciou na sexta-feira que, entre 11h30 e 11h40 desta segunda, disponibilizaria 16 mil contratos de swap cambial, ou 800 milhões de dólares, para rolagem do vencimento 4 de janeiro de 2021.
A autarquia vem fazendo operações de rolagem desse vencimento deste o último dia 17. Até então, vinha ofertando 12 mil contratos de swap (US$ 600 milhões) em cada leilão, período em que vendeu US$ 5,4 bilhões nesses papéis.
*Com Estadão Conteúdo e Reuters