Economia

5 fatos para hoje: saque do FGTS para nascidos em julho; poupança bate recorde

Apesar de a Medida Provisória 946, que instituiu o saque emergencial, ter perdido a validade na semana passada, a Caixa manteve o calendário de saques.

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1 – Caixa credita saque emergencial do FGTS para nascidos em julho

Os trabalhadores nascidos em julho começam a receber hoje (10) o crédito do saque emergencial do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) de até R$ 1.045. O pagamento será feito por meio da conta poupança digital da Caixa Econômica Federal.

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Apesar de a Medida Provisória 946, que instituiu o saque emergencial, ter perdido a validade na semana passada, a Caixa manteve o calendário de saques, com base no princípio da segurança jurídica. Ao todo, o governo pretende injetar R$ 37,8 bilhões na economia, beneficiando cerca de 60 milhões de pessoas.

Anunciado como instrumento de ajuda aos trabalhadores afetados pela pandemia do novo coronavírus, o saque emergencial permite a retirada de até R$ 1.045, considerando a soma dos saldos de todas as contas no FGTS. O valor abrange tanto as contas ativas quanto as inativas.

2 – Com R$ 28 bi, poupança tem aporte recorde

A captação líquida de recursos na caderneta de poupança em julho foi de R$ 28,144 bilhões – acima dos R$ 27,144 bilhões divulgados na quinta-feira (6). O Banco Central alterou na sexta-feira (7) os dados referentes à poupança no mês passado, divulgados originalmente um dia antes, em função de correção feita nos números informados à instituição.

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Com isso, esse é o maior volume de depósitos líquidos para um mês de julho em toda a série histórica, iniciada em 1995, e também foi o quinto consecutivo em que houve registro de depósitos líquidos.

Em março, quando a pandemia do novo coronavírus fez com que o isolamento social se intensificasse, com reflexos sobre a atividade econômica, as famílias já haviam depositado R$ 12,169 bilhões líquidos na poupança. Em abril, foram R$ 30,459 bilhões.

3 – Crédito do BNDES tem alta de 247,8%

Após passar por um processo de encolhimento no governo de Michel Temer e no início do governo de Jair Bolsonaro, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) voltou a ser protagonista na liberação de crédito durante a pandemia do novo coronavírus.

Dados do Banco Central mostram que, apenas no segundo trimestre deste ano, o banco de fomento concedeu R$ 17,2 bilhões de crédito a empresas de todos os portes. O montante é 247,8% maior que o verificado no primeiro trimestre do ano, quando o surto de covid-19 ainda não havia se intensificado. Apenas nas linhas de capital de giro, o avanço foi de 4.040,5%.

O desempenho do BNDES marca uma diferença em relação ao verificado antes da crise. Depois de um período de forte expansão nos governos do PT, quando recebia injeções de recursos do Tesouro, o banco de fomento vinha nos últimos anos reduzindo seu tamanho e sua importância relativa no mercado de crédito brasileiro. Se no fim de 2015 – ainda no governo de Dilma Rousseff – o saldo das operações de crédito do BNDES somava R$ 633,4 bilhões, no fim de 2019 o valor já estava em R$ 382,4 bilhões.

4 – Saudi Aramco vê lucro cair 73,3% com menor demanda e queda do preço do petróleo

A estatal Saudi Aramco anunciou neste domingo (9) que seu lucro líquido desabou 73,3% no segundo trimestre deste ano, para US$ 6,6 bilhões, ante o mesmo período do ano passado, quando foi de US$ 24,7 bilhões. A queda está relacionada com a redução da demanda e dos preços do petróleo por conta da pandemia do novo coronavírus.

Na primeira metade de 2020, o lucro líquido da Saudi Aramco caiu pela metade e alcançou US$ 23,2 bilhões frente ao mesmo período do ano passado.

“Nossos resultados do segundo trimestre foram impactados por fortes ventos contrários vindos da redução da demanda e preços mais baixos do petróleo”, explicou o presidente da empresa saudita, Amin H. Nasser, em comunicado.

Bolsonaro edita MP para Caixa vender área de seguros e ‘setores não estratégicos’

O presidente Jair Bolsonaro editou Medida Provisória na sexta-feira (7) para permitir que a Caixa venda a área de cartões e “setores considerados não estratégicos”, segundo nota conjunta do Ministério da Economia e do banco estatal. O texto é o primeiro passo, de acordo com o governo, para um programa de alienação de ativos e Ofertas Públicas Iniciais (IPOs, na sigla em inglês).

Se aprovada pelo Congresso, a autorização será válida até 31 de dezembro de 2021, prazo em que o governo considera suficiente para a realização das reestruturações.

Segundo o Ministério da Economia, o plano de desinvestimento vai fortalecer o patrimônio do banco estatal, com ganho de especialização e melhora nos resultados.

*Com Estadão Conteúdo e Agência Brasil

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