Economia
5 fatos para saber hoje: desemprego gera filas para cadastro em apps de entrega
Nas redes sociais e em sites de atendimento ao consumidor, há inúmeros relatos de quem espera até mais de seis meses para começar a trabalhar como entregador.
1 – Trabalhador enfrenta fila de espera para se tornar entregador em aplicativos
O aumento no desemprego por conta da crise provocada pela covid-19 levou uma legião de trabalhadores a buscar, em aplicativos de entrega, uma espécie de “plano B” para conseguir uma renda. Mas a procura intensa “entupiu” as empresas desses serviços com pedidos de cadastro. O resultado é uma enorme fila de espera em várias cidades do País. São brasileiros que aguardam meses a fio para conseguir acesso às plataformas e ganhar algum tostão que lhes ajude a sobreviver.
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A falta de vagas para entregadores é a face mais perversa da lei da oferta e da procura. Com estabelecimentos fechados (temporária ou definitivamente) e consumidores gastando menos, é preciso calibrar o número de motoboys ou ciclistas nas ruas para assegurar que haja trabalho para todos. Se um contingente grande de entregadores é aceito nas plataformas, muitos ganham pouco e ninguém fica com o suficiente para pagar as próprias contas.
No iFood, a fila de espera de entregadores registrou seu pico nos últimos 60 dias. De março a junho deste ano, a plataforma recebeu 480 mil novos cadastros e não deu conta de absorver todo mundo. O número é mais de três vezes a quantidade de entregadores que estavam habilitados em fevereiro (131 mil), antes da pandemia. Em março, os entregadores passaram a 170 mil.
A Rappi não divulgou sua quantidade de entregadores. Disse apenas ter registrado em abril um aumento de 128% no número ante igual mês de 2019, mas informou que em julho os números voltaram ao patamar anterior e que “neste momento não está com tempo de espera para ingressar na plataforma”. Procurado, o Uber não respondeu.
2 – BCE: queda do PIB da zona do euro no 2º tri deverá ser menor do que se previa
O vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Luis de Guindos, disse nesta segunda-feira, 20 que a queda do Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro no segundo trimestre deverá ser um pouco menor do que se previa. De acordo com Guindos, o BCE estimava um recuo de 13% do PIB no período e agora prevê contração “um pouco melhor”, com base nos últimos dados macroeconômicos.
O vice-presidente do BCE, que falou durante evento sobre a resposta europeia à crise do coronavírus, em Madri, Espanha, destacou também o “alto nível de incertezas” do cenário atual, dizendo que é preciso acompanhar a evolução da pandemia, do desenvolvimento de possíveis vacinas para a covid-19 e do mercado de trabalho na Europa.
3 – Iguatemi anuncia reabertura parcial de shoppings no interior de SP
O Iguatemi informou na noite de ontem, em fato relevante, que está reabrindo duas unidades, no interior de São Paulo, devido à reclassificação do governo estadual da região de Sorocaba e Votorantim à fase 2, laranja, do Plano São Paulo de reabertura em meio à evolução da pandemia de covid-19.
Segundo o texto do Iguatemi, considerando o decreto do município de Votorantim, desde ontem, dia 18 de julho, as lojas do shopping Iguatemi Esplanada podem reabrir em horário reduzido, das 15h às 19h.
No caso de Sorocaba, também considerando um decreto municipal, as lojas do Iguatemi Esplanada poderão reabrir a partir do dia 20 de julho, segunda-feira, em horário reduzido, sendo que de no período de 20 a 26, poderão abrir das 15h às 19h, de segunda a sexta, continuam fechadas no sábado e domingo; a partir de 27/07, o funcionamento pode ocorrer de segunda a sábado, das 15h às 19h, com fechamento aos domingos.
O Iguatemi completa o fato relevante dizendo que “restaurantes e praça de alimentação de todo o empreendimento poderão operar somente por delivery e take away“. “Reforçamos que a operação especial de drive thru, que tem o objetivo de apoiar os varejistas nesse momento com uma alternativa de venda via Whatsapp, está mantida das 12h às 20h, diariamente”, continuou.
4 – Oi afirma ter recebido mais de uma proposta vinculante pela Oi Móvel
Em comunicado à imprensa, a Oi afirma que recebeu “mais de uma proposta vinculante” de interessados na aquisição da Oi Móvel. Segundo a tele, uma das propostas foi a realizada em conjunto por Claro, TIM e Telefônica Brasil. A respeito de outras propostas, a empresa afirma que não dará mais detalhes, por motivos de confidencialidade e interesse comercial, até o fim do processo competitivo.
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A empresa ressalta ainda que a venda do ativo, que será feita por meio da formação de uma unidade produtiva isolada (UPI), depende da aprovação por parte de seus credores do aditamento ao plano de recuperação judicial da tele. Esse aditamento foi divulgado pela Oi em junho. Caso seja aprovado pelos credores em assembleia geral, precisará ainda ser homologado pelo juízo da recuperação judicial da companhia.
“A Oi esclarece que a estratégia da companhia é se tornar a maior provedora de infraestrutura de telecomunicações do país, a partir da massificação da fibra ótica e internet de alta velocidade, do provimento de soluções para empresas e da preparação para a evolução para o 5G, conforme determinado no seu Plano Estratégico”, diz a companhia na nota. A Oi ressalta ainda que as operações em curso não alteram a prestação de serviços aos clientes, dentro dos padrões exigidos pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
5 – Ser Educacional avalia potencial compra de ativos da Laureate no Brasil
A Ser Educacional informa que avalia uma potencial transação envolvendo os ativos do Grupo Laureate no Brasil, mas afirma que até o momento “não há qualquer acordo firmado a esse respeito”. Em fato relevante, a empresa se pronuncia sobre informações publicadas pelo colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, de que teria avançando para fechar compra da concorrente Laureate.
Um fato relevante para o setor: o plenário da Câmara dos Deputados deve iniciar nesta segunda-feira (20) a votação da proposta de emenda à Constituição que torna o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) permanente (PEC 15/15).
*Com Estadão Conteúdo e Agência Brasil