Economia

5 fatos para saber hoje: rodízio normal volta em SP e Selic a 2,25% no Focus

O prefeito Bruno Covas disse que a retomada do rodízio tradicional não deve servir de pretexto para que a população se sinta livre para transitar pela cidade.

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São Paulo volta ao rodízio de veículos por placa e dias da semana

A prefeitura de São Paulo decidiu suspender as restrições mais amplas de circulação de veículos a partir de amanhã (18). A medida deve ser publicada em edição extra do Diário Oficial, informou o prefeito Bruno Covas na manhã de hoje (17).

Com a mudança, o rodízio volta a ser como era antes da pandemia. A restrição é definida de acordo com o número final da placa do veículo e o dia da semana.

O prefeito Bruno Covas disse que a retomada do rodízio tradicional não deve servir de pretexto para que a população se sinta livre para transitar pela cidade, como se não estivesse no contexto da pandemia, que exige cuidados preventivos. Mais uma vez, Covas manifestou preocupação com o índice de isolamento social na capital, que nesta sexta-feira (15) foi de 48%.

Projeção do Focus para Selic em 2020 sai de 2,50% para 2,25%

Após o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) cortar os juros em 0,75 ponto porcentual no início do mês, para 3,00% ao ano, os economistas do mercado financeiro alteraram suas projeções para a Selic no fim de 2020. O Relatório de Mercado Focus trouxe nesta segunda-feira (18) que a mediana das previsões para a taxa neste ano passou de 2,50% para 2,25% ao ano. Há um mês, estava em 3,00%.

A mediana para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) neste ano foi de alta de 1,76% para 1,59%. Há um mês, estava 2,23%. A projeção para o índice em 2021 passou de 3,25% para 3,20%. Quatro semanas atrás, estava em 3,40%.

Com o avanço da pandemia do novo coronavírus e a perspectiva de retração global, a expectativa de evolução da economia brasileira em 2020 recuou novamente de 4,11% para 5,12%. Para 2021, o mercado financeiro manteve a previsão de alta do Produto Interno Bruto (PIB), em 3,20%. Quatro semanas atrás, estava em 3,10%.

Petrobras inicia teste de longa duração na área de Forno, na Bacia de Campos

A Petrobras anunciou que deu início neste domingo à fase de Teste de Longa Duração (TLD) na área do Plano de Avaliação de Descoberta (PAD) da área de Forno, no campo de Albacora, no pré-sal da Bacia de Campos. O teste está sendo realizado no poço 3-AB-125-RJS (3-BRSA-1123-RJS), localizado a aproximadamente 120 quilômetros da costa fluminense.

Segundo comunicado ao mercado divulgado pela petrolífera, as informações técnicas coletadas durante a fase de testes devem contribuir para o desenvolvimento complementar do campo, que faz parte do projeto de revitalização de Albacora.

O TLD é uma nova fase do Plano de Avaliação de Descoberta, que prevê a interligação do poço ao FPSO P-31, ancorado em lâmina d’água de aproximadamente 325 metros. A Petrobras é a operadora (100%) do campo de Albacora e dará continuidade ao PAD da área.

Sem serviço, 160 mil motoristas devolvem carros; locadoras já alugam por R$ 10

Responsáveis por terem puxado os ganhos das locadoras nos últimos anos, cerca de 160 mil motoristas de aplicativos devolveram os carros alugados por causa do baixo movimento após a crise do coronavírus. Sem ter espaço, empresas estão alugando áreas de estacionamento. Para frear devoluções, o preço da locação foi reduzido à metade. E para quem insiste na entrega do carro são oferecidas tarifas de R$ 10 por semana para mantê-lo, ainda que parado.

“É como se a empresa alugasse minha garagem e eu ainda tenho de pagar”, diz Daniel Marcílio, de 42 anos. Motorista do Uber desde outubro, ele aluga um modelo Fiat Argo da Localiza e pagava R$ 494 por semana, preço que caiu para R$ 247.

Ainda assim Marcílio quis devolver o carro, pois estava fazendo em média cinco corridas por semana. Antes da crise eram dez por dia. “Me ofereceram ficar com o carro por R$ 10 e decidi esperar mais um pouco. Mas, se a situação não melhorar, vou devolver na próxima semana.”

Paulo Miguel Junior, presidente do conselho da Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (Abla), confirma que os pátios estão lotados e muitas empresas tiveram de alugar pavilhões e fazer acordos com estacionamentos e supermercados que estão com áreas ociosas para guardar parte das frotas. O setor abriga cerca de 10 mil empresas, com 75 mil funcionários.

Cana perde espaço na lavoura para soja e milho

A cultura da cana-de-açúcar sofreu um forte baque com a pandemia do coronavírus. Reinando nos últimos anos nas lavouras do interior de São Paulo, a cana começou a perder espaço para os grãos – soja, milho e até amendoim. Afetada pelo derretimento do petróleo, que afundou os preços do etanol, a cana já não é vista mais como uma cultura tão atraente.

Assustado com o choque do petróleo, que derrubou os preços do etanol, Fernando Escaroupa, 34 anos, decidiu reduzir sua exposição à cana. Com uma área plantada de 535 hectares, já destinou 60 hectares para renovação de cultura e decidiu pelo plantio de soja, uma prática cada vez mais comum no setor.

Mas Escaroupa não parou por aí. Uma área degradada de suas terras, que ficam na região de Jaboticabal (interior de São Paulo), também vai ser preparada para o plantio de soja, somando 120 hectares somente para cultivo de grãos.

“Estou trocando o incerto pelo certo”, disse Escaroupa, que vê uma rentabilidade melhor para a oleaginosa que será colhida no início do ano que vem. Segundo ele, há outros fazendeiros que podem ir para o mesmo caminho. Desde o início da pandemia, o preço do petróleo caiu 40%, para abaixo de US$ 30 o barril. Isso derrubou o preço da gasolina – o que, por consequência, afeta diretamente o etanol.

*Com Estadão Conteúdo e Agência Brasil

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