Economia

Após morte no Carrefour, empresas fecham acordo por equidade racial

BRF, Coca-Cola, Danone, General Mills, Heineken, Kelloggs, LOreal, Mars, Mondelez, Nestlé e Pepsico, anunciaram compromisso e se solidarizaram pela morte de João Alberto.

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Um grupo de indústrias formado por BRF, Coca-Cola, Danone, General Mills, Heineken, Kelloggs, LOreal, Mars, Mondelez, Nestlé e Pepsico, anunciou na manhã desta segunda-feira (23), um compromisso pela equidade racial, no qual se solidarizam com a morte de João Alberto Silveira Freitas, assassinado por seguranças em uma loja do Carrefour, na cidade de Porto Alegre (RS).

“Nós, empresas do setor de bens de consumo, nos solidarizamos com a dor de familiares e amigos de Freitas. Juntos, somamos quase 235 mil colaboradores no Brasil. Acreditamos que devemos ser agentes de transformação e evoluir coletivamente na jornada que iniciamos individualmente, em cada uma de nossas companhias, na luta pela equidade racial”, dizem as empresas em nota.

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As marcas afirmam que o primeiro passo é assumir a realidade do racismo e admitir “que ainda ocorrem diariamente atitudes que perpetuam o preconceito, a exclusão, as desigualdades e a violência”.

“Vamos fortalecer o compromisso das nossas empresas com ações concretas para combater o racismo estrutural. Criaremos um plano de ação em parceria com organizações e especialistas que possuem conhecimento legítimo dessa causa. Tornaremos o documento público o mais rápido possível – e prestaremos contas regularmente”, dizem.

Ambev, Minerva e JBS

Não é dito nada, porém, em relação ao Carrefour, especificamente. A Ambev, por sua vez, publicou em sua conta oficial no LinkedIn uma nota na qual cobra do Carrefour “medidas imediatas e efetivas” que impeçam novos episódios de discriminação como o que levou ao assassinato de Freitas.

A Minerva Foods e a JBS, ambas também fornecedoras do Carrefour, enviaram à reportagem notas separadas. “Nos solidarizamos com a família de João Alberto Silveira Freitas neste momento de profunda dor. Repudiamos veementemente todo e qualquer ato violento e discriminatório por cor, raça, gênero, etnia, religião e/ou cultura. Junto com a sociedade em geral, todas as empresas têm um papel fundamental na luta contra o preconceito e na valorização da diversidade”, disse a Minerva.

Já a JBS, além de repudiar o ato e prestar condolências à família, disse acreditar que o setor produtivo e a sociedade devem atuar em conjunto para derrotar toda forma de discriminação ou violência.

“Na JBS, estamos reforçando medidas para promover uma sociedade mais justa e inclusiva. Como parte desse esforço, decidimos assinar o ‘Compromisso Público Pela Equidade Racial’, em conjunto com diversas empresas do setor de bens de consumo, para reforçar nossas ações de combate ao racismo estrutural. Juntos, criaremos, ao lado de organizações e especialistas no assunto, um plano de ação efetivo e transparente para promover a equidade racial”, afirmou na nota.

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